Estudos Sociais da Ciência / Revista Brasileira de História da Ciência / 2013

Introdução [1]

O presente dossiê reúne artigos especialmente elaborados e redigidos em torno da questão – certamente necessária para alguns deles – relativa às interações entre science studies e filosofia da ciência, de um lado, e história da ciência de outro. Não nos parece incorreto afirmar que essas interações já foram mais fortes e isto num passado nem tão longínquo assim. Ainda na década de 1990, falava-se, em não poucos lugares, da necessidade de estreitarem os laços entre as diferentes disciplinas das chamadas ciências humanas de modo a que se produzisse uma imagem mais adequada, fiel ou mesmo verdadeira da ciência. Em favor dessa postura positiva, podemos mencionar os muitos resultados obidos por historiadores, sociólogos e filósofos, como Bruno Latour, Lorraine Daston, Ian Hacking, Peter Galison, Dominique Pestre, Mario Biagioli, entre muitos e muitos outros. Na virada do século XX para o XXI, contudo, esses discursos se enfraqueceram a ponto de serem, nos dias que correm, minoritários, praticamente inaudíveis.

Contrariamente ao que apregoa o “espírito” dos science studies, ocorreu um forte movimento de disciplinarização naquelas ciências que anteriormente se dedicavam à defesa de uma ciência organizada em torno de uma prática local. Essa disciplinarização levou, como já afirmado, a uma diminuição nos diálogos interdisciplinares. Esse quadro parecenos, por várias razões, inadequado e mesmo perigoso. A autossuficiência disciplinar é um mal a ser sempre evitado, principalmente quando ele pode descambar para atitudes regulatórias e, consequentemente, favoráveis à endogenia e ao insulamento.

Preocupados com essa disciplinarização, ou ainda, excessiva especialização, resolvemos organizar um dossiê que defendesse, por meio de argumentos e exemplos concretos, a posição favorável ao diálogo. A escolha pela Revista Brasileira de História da Ciência pareceu-nos óbvia, tendo em vista a sua natureza, bem como a prática da sociedade por ela responsável: a Sociedade Brasileira de História da Ciência. Tanto uma quanto outra, e desde os seus primórdios, se constituíram em torno de práticas interdisciplinares, atraindo e acolhendo profissionais e estudantes das mais diferentes áreas do conhecimento.

Os artigos aqui reunidos possuem, quase todos, uma “queda” para a filosofia. Em parte, isso se explica pelo fato de os seus autores atuarem principalmente nessa área. Mas não só por isso. Também a filosofia sofre de um certo isolamento. A sua presença numa revista de história da ciência, esperamos nós, deverá se prestar para a recuperação da atenção e do interesse dos filósofos por essa área do conhecimento, tal como já foi o caso. Traço comum a todos esses artigos encontra-se na sua caracterização da filosofia da ciência como sendo um domínio necessitado e desejoso de interação, seja com a ciência, seja com as suas parceiras das humanidades.

O artigo de abertura, escrito por James McGuire e Barbara Tuchanska, defende uma concepção de filosofia da ciência elaborada em torno da noção de entendimento contextual, a qual possibilitaria o recurso à forma de vida como elemento essencial para a compreensão da prática científica.

No segundo trabalho, Kenneth R. Camargo Jr. preocupa-se em analisar e descrever, tomando Kuhn como ponto de partida mas também fazendo uso de outras perspectivas teóricas, as práticas médicas, de modo a poder elaborar um modelo epistemológico adequado para o saber biomédico.

Em seguida, André Luís de Oliveira Mendonça critica, mostrando a sua inconsistência e donde o seu malogro, a tentativa de Joseph Rouse de deslegitimizar o projeto de legitimação da ciência. Ainda que Rouse tenha fracassado no seu objetivo maior, Mendonça acredita que suas ideias podem ser inspiradoras para todos aqueles que recusam divisões de todo e qualquer tipo, renovando, inclusive, a nova história da ciência presente, mas não apenas, no interior dos science studies.

Também recorrendo a Kuhn e a Rouse, Leticia Minhot discute os fundamentos da psicanálise freudiana tal como o próprio Freud os apresentou e empregou. Uma das suas conclusões aponta para a presença das matrizes disciplinares kuhnianas na obra de Freud.

O quinto artigo, de Cristina de Amorim Machado e Bruno Cava, assume uma identidade que se poderia classificar como prática, na medida em que pretende, recorrendo aos science studies, compreender a prática científica feita no Brasil. O recurso aos science studies se dá aqui de forma completa, ou seja, recuperando uma tendência presente entre os “pais fundadores” desse campo de pesquisa de que a compreensão da ciência deveria levar à sua avaliação crítica, perpetrada com o fim de aperfeiçoá-la e melhorá-la.

Finalmente, o último artigo descreve e discute “as ligações dissimuladas de caráter militar das expedições científicas organizadas pelo National Bureau of Standards e pela National Geographic Society para a observação do eclipse total do Sol de 20 de maio de 1947, em Bocaiuva (MG).” Em que pese o interesse pelo fenômeno astronômico, Heráclio Tavares afirma, baseando-se em documentos que encontrou em arquivos norte-americanos, que entre os autênticos objetivos dessas expedições científicas os militares eram os que de fato contavam, especificamente aqueles voltados para o aperfeiçoamento dos sistemas de controle de mísseis intercontinentais.

Antes de passarmos a palavra aos autores dos artigos aqui coligidos, permitimo-nos algumas observações históricas sobre os science studies. Estas palavras podem ser lidas como uma espécie de abertura ao dossiê.

A ciência é um dos muitos saberes produzidos pela humanidade, certamente o de maior prestígio na atualidade. Há controvérsias sobre uma série de questões, mas ninguém constestaria que ela é um produto coletivo, feito por pessoas reunidas em instituições científicas e que compartilham instrumentos, teorias, visões de mundo, metodologias, valores etc. Tendo em vista esse caráter social da ciência, uma das premissas dos science studies é justamente a prática científica.

Os science studies são estudos nos quais é possível perceber o predomínio de abordagens históricas, sociológicas e filosóficas sobre as ciências naturais, sobre as ciências da saúde e sobre as inúmeras “aplicações” tecnológicas “extraídas” destas mesmas ciências. As ciências são tomadas como práticas locais, condicionadas social, material e culturalmente, que também atuam no contexto social em que se encontram. As relações entre ciência e sociedade ganham uma dimensão de destaque. Os autores dos science studies pretendem sensibilizar os cientistas para as questões sociais e também aproximar a ciência do grande público, o chamado público leigo. Vejamos, de modo breve e superficial, como surgem os science studies no contexto da Filosofia da Ciência do século passado e no seu encontro com a História e a Sociologia da Ciência.

Grosso modo, a Filosofia da Ciência é inaugurada como disciplina acadêmica na Viena do fim da década de 1920. A principal preocupação, tanto dos positivistas lógicos do Círculo de Viena quanto de Karl Popper, era com o método científico, concebido como universal, atemporal e principal traço distintivo da ciência. Apesar de discordarem quanto ao método – indutivo para os primeiros e hipotético-dedutivo para o segundo –, podemos tomá-los como representantes de um modelo normativo-demarcacionista de Filosofia da Ciência.

Após algumas décadas de grande influência – principalmente em países anglo-saxões – a partir dos anos 1960, a insuficiência disciplinar desse modelo foi detectada por autores como N. R. Hanson, Thomas Kuhn, Imre Lakatos e Paul Feyerabend. Eles criticavam o positivismo lógico e o racionalismo crítico, que propunham critérios de demarcação muito estritos e puramente metodológicos entre os domínios científico e não-científico. Em resposta a esses modelos, Lakatos e Kuhn propuseram modelos orientados historicamente, e Feyerabend rompeu completamente com a ideia de critérios absolutos de cientificidade e de que o conhecimento científico era superior ou melhor que outros sistemas de pensamento. Pluralista teórico, metodológico e epistemológico, aproximou-se do relativismo, autodenominou-se anarquista e dadaísta, e preocupou-se com a relação entre ciência e democracia.

Ao longo das duas décadas seguintes, as relações entre filosofia, história e sociologia da ciência foram se modificando, às vezes com aproximações teóricas e institucionais, às vezes com afastamentos. A partir dos anos 1980, num movimento interdisciplinar, alguns autores começam a falar em science studies, agregando as três disciplinas, embora pendendo às vezes mais para um lado ou para outro. Há algumas características comuns que podemos identificar – foco na prática científica, concepção de ciência desunificada, relação entre ciência e sociedade etc. –, bem como questionamentos que se podem fazer – em que se diferenciam de outras correntes? – como veremos em alguma medida nos artigos que se seguem.

Um dado importante para definir um novo campo de pesquisa, além da formação de grupos de pesquisa, programas de pós-graduação e realização de eventos, é o material bibliográfico. Os science studies já contam com uma produção considerável, com textos e autores que podemos considerar clássicos. Muitos deles já foram citados e ainda aparecerão nas páginas que se seguem.

Nota

1. Agradecemos a acolhida das editoras da Revista Brasileira de História da Ciência.

Antonio Augusto Passos Videira – UERJ, CNPq.

Cristina de Amorim Machado – UEM.


VIDEIRA, Antonio Augusto Passos; MACHADO, Cristina de Amorim. Introdução. Revista Brasileira de História da Ciência, Rio de Janeiro, v. 6, n. 2, jul. / dez., 2013. Acessar publicação original [DR]

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História da Ciência em Portugal / Revista Brasileira de História da Ciência / 2009

Este número da Revista Brasileira de História da Ciência traz uma novidade importante com relação aos seus números anteriores, a saber: a publicação de um dossiê temático. No presente caso, trata-se de um conjunto de três artigos sobre temas diferentes, guardando eles um ponto em comum: o de discutirem aspectos do desenvolvimento científico e tecnológico em Portugal. Em outras palavras, trata-se de um dossiê com enfoque na recente produção historiográfica portuguesa.

Como deve ser conhecido por todos aqueles que se interessam e / ou atuam no domínio da história da ciência, essa área vem passando, desde a última década do século XX, por um intenso processo de renovação e ampliação temática e em seus quadros de investigadores profissionais. A recente decisão do governo português de oferecer um apoio à História da Ciência, questão que foi debatida em congresso em meados deste ano, é um sinal positivo de que essa área do conhecimento já alcançou uma certa visibilidade acadêmica, sem deixar de mencionar a inserção internacional que também é crescente.

Também é sabido que a história da ciência não é um tema que apareceu há pouco tempo no cenário científico-universitário de Portugal. O interesse e a produção de historiadores portugueses, ou que se interessam por questões ligadas àquele país, são antigas, podendo-se mencionar os nomes de Joaquim de Carvalho, Luís de Albuquerque e Joaquim Bensaúde como exemplos significativos da produção portuguesa. Além de serem relevantes no cenário lusitano, os três nomes acima, aos quais poderiam ser acrescidos muitos outros, têm uma outra característica importante: seus artigos e livros discutiram questões relativas aos descobrimentos náuticos portugueses.

Como é de se esperar, tendo em vista o lugar periférico de que Portugal desfrutou durante longo período de tempo no cenário intelectual e político mundial, a produção historiográfica portuguesa dedicou-se, e muito, a tentar compreender as razões que impediram a penetração no país das ideias modernizadoras da chamada Revolução Científica da Época Moderna. Associada ao declínio econômico vivido pelo país e à força exercida pelo catolicismo, prevaleceu a tese de que Portugal, além de atrasado sob o ponto de vista científico, seria um exemplo de que a ciência não poderia ser praticada em ambientes culturais com essas características. Aceitou-se a tese de que Portugal, a partir de meados do século XVII, e até muito recentemente, tivesse sido como um deserto de ideias e instituições científicas e acadêmicas.

Hoje em dia, pode-se dizer que a conclusão do parágrafo acima é errada. Para que sua inexatidão pudesse ser afirmada e disseminada, foi preciso que em Portugal, como também no Brasil, se abandonassem certos padrões de análise historiográfica mais afeitos ao universo europeu e anglo-saxão. Em outras, certamente rápidas, palavras, foi preciso que a história da ciência fosse percebida como algo mais do que a mera descrição das hipóteses verdadeiras. A ciência se caracteriza por ser uma prática específica e não apenas por ser “produtora” de um certo tipo de conhecimento.

A atual produção historiográfica portuguesa não se limita a estudar eventos diretamente relativos à ciência e à tecnologia no país. É possível encontrar temas ligados à química quântica do século XX, à física clássica no século XIX e à mecânica quântica também no século XX. Ao lado da diversificação temática, já se pode verificar a presença de alguns poucos centros de investigação inteiramente dedicados à história e à filosofia da ciência, ainda que se possa lamentar o fato de que haja pouca interação entre eles – que são relativamente bem distribuídos pelo país. Com o passar do tempo, é de se imaginar que aumente essa interação, o que resultaria em benefícios para todos.

Os três artigos que compõem esse dossiê são um exemplo significativo das recentes mudanças no cenário português em história da ciência. Mas, antes de passarmos a uma breve descrição do seu conteúdo, gostaria de mencionar que, pelo menos desde a década de 1990, Portugal e Brasil têm fortalecido os seus laços de investigação em história da ciência. Penso que o exemplo mais relevante desse fortalecimento é constituído pelos três encontros luso-brasileiros ocorridos em Évora (2000) e no Rio de Janeiro (2003 e 2009). Além disso, pesquisadores dos dois países já atuam em conjunto produzindo livros e artigos sobre o desenvolvimento da ciência e da tecnologia.

Os autores dos artigos desse dossiê já possuem larga trajetória no cenário da história da ciência, sendo, inclusive, bem conhecidos da comunidade brasileira. Um deles (Luís Miguel Carolino) trabalhou durante dois períodos no Museu de Astronomia e Ciências Afins (MCT). Os outros autores são nossos frequentes visitantes, o que mostra o interesse que têm em preservar os laços com o Brasil.

O artigo de Carolino, presentemente no Museu de Ciência da Universidade de Lisboa, será o primeiro analisado. Tendo por título “Cristoforo Borri e o impacto da nova astronomia em Portugal no século XVII”, o seu objetivo consiste em entender o papel desempenhado por Cristoforo Borri no cenário da ideias cosmológicas nesse país. Para isso, acentua-se a análise das teses e concepções que Borri apresentou em seu texto sobre a nova astronomia. Sinalizando a maturidade alcançada pelos historiadores portugueses, Carolino discute criticamente a historiografia existente, mostrando as suas limitações, ao mesmo tempo em que apresenta e sugere saídas renovadoras para pensar a ciência e o conhecimento em Portugal no século XVII.

O segundo texto – “A vida privada e o carácter do físico João Jacinto de Magalhães (1722-1790)” – é escrito por pessoa com visível presença no contexto acadêmico português, o físico de origem Manuel Fernandes-Thomaz – pertencente aos quadros da Universidade de Aveiro, que chegou a desempenhar importante papel no cenário português de ciência e tecnologia. Em seu trabalho, Fernandes-Thomaz retoma o assunto sobre o qual ele mesmo já tinha se pronunciado, além de ter sido muito debatido e comentado por outros historiadores, a saber: a vida e a obra de João Jacinto de Magalhães, filósofo natural português que acabou seus dias longe de seu país de origem. É objetivo de Fernandes-Thomaz discutir a historiografia conhecida sobre o seu “objeto” de estudo, revisando-a e corrigindo-a quando necessário.

O terceiro e último texto, resultado da colaboração de três investigadores, trata de um tema ainda pouco explorado não somente em Portugal, mas em muitos outros sítios: a ciência forense. Assim, esse artigo não é apenas importante por se tratar de uma colaboração, prática ainda pouco comum entre os historiadores da ciência, mas também por chamar a nossa atenção para um tema ausente do nosso campo de visão e análise. Em “António da Costa Simões e a génese da química forense em Portugal”, António José Leonardo, Décio Ruivo Martins e Carlos Fiolhais – todos da Universidade de Coimbra – partem da valorização de uma fonte ainda pouco usada, a revista O Instituto, para mostrar como António da Costa Simões, médico e professor da faculdade de Medicina, inovou no campo da detecção de substâncias tóxicas. Além das contribuições de Costa Simões, atenta-se para a decisiva transformação perpetrada por Macedo Pinto, igualmente médico, e que foi o responsável pela organização de um laboratório químico devidamente equipado.

São três os séculos (XVII, XVIII e XIX) focados pelos trabalhos presentes nesse dossiê. Se quisesse arriscar uma característica comum a eles, creio que diria que é a capacidade de mostrar, contra uma historiografia ainda dominante, que havia em Portugal, mesmo naqueles momentos vistos e entendidos como críticos, uma rica e interessante circulação de ideias, pessoas e visões de mundo. Como ex-editor da RBHC e profundamente interessado nos rumos da história da ciência em Portugal, é com muita satisfação que saúdo a decisão da atual editoria em nos dar a conhecer alguns dos mais recentes produtos da historiografia portuguesa. Que esse dossiê contribua para a criação de novos laços entre os nossos países, bem como para o fortalecimento e a consolidação dos atualmente existentes.

Antonio Augusto Passos Videira – Departamento de Filosofia / IFCH. Universidade do Estado Rio do Janeiro.


VIDEIRA, Antonio Augusto Passos. Introdução. Revista Brasileira de História da Ciência, Rio de Janeiro, v. 2, n. 2, jul. / dez., 2009. Acessar publicação original [DR]

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História da ciência | Fênix – Revista de História e Estudos Culturais | 2007

O presente dossiê foi concebido com o propósito de apresentar à comunidade brasileira de história, bem como aos interessados pela disciplina, um pouco do que atualmente se faz, em nosso país, no domínio da história da ciência. De modo algum, alimentou-se o objetivo de preparar um dossiê exaustivo e completo. A partir da escolha de certos temas, procuramos mostrar os assuntos, as perspectivas, tanto teóricas quanto metodológicas, que animam alguns dos profissionais que atuam nesse campo de investigação. As escolhas dos autores são deste editor. Já os temas abordados nos artigos foram escolhidos livremente por seus respectivos autores e, acreditamos, oferecem uma pequena mostra da diversidade de interesses intelectuais de nossa comunidade.

É antiga e ainda pouco conhecida a história da ciência em nosso país. Em parte, esse desconhecimento é causado por nossa ignorância sobre a história do Brasil. Mas ele também pode ser creditado ao fato de os trabalhos em história da ciência sofrerem (e muito) com a perspectiva (certamente ainda dominante entre nós) que aborda a ciência a partir de sua atual configuração universal, ou seja, a história da ciência preferencialmente investiga ou os resultados obtidos em cada uma das disciplinas científicas que constituem o cenário acadêmico de nossos dias, ou a constituição da própria ciência como disciplina autônoma ao longo dos séculos. Num país como o nosso, essa posição pode implicar conclusões equivocadas e mesmo prejudiciais, sendo talvez a mais notória aquela que defende que, durante o chamado período colonial, não teria existido ciência entre nós, como foi o caso de Fernando de Azevedo e seus colaboradores na obra seminal As Ciências no Brasil, editada pela primeira vez em 1955. Leia Mais