Fundação Rockefeller e o desenvolvimento da Saúde Global: contornos locais e circulações internacionais | História Debates e Tendências | 2021

Fundacao Rockefeller undação Rockefeller

De tempos em tempos, a historiografia passa por transformações que impactam o trabalho dos historiadores e conduzem reavaliações em termos de perspectivas teóricas, conceituais e metodológicas. Tratam-se das reconfigurações nos modos de produção de conhecimento, que alteram os diálogos entre os integrantes de um campoi e produzem novas relações com outras áreas do saber.

O dossiê que apresentamos nesta edição da revista História: Debates e Tendências discute o papel da Fundação Rockefeller na saúde, em uma perspectiva histórica – com a contribuição de pesquisadores de diferentes gerações dos estudos sobre a agência internacional –, e sob a lente de dois conceitos que se impõem como desafios na atualidade: Saúde Global e Circulação. Leia Mais

História da saúde e das doenças: sujeitos/ saberes e práticas | Fênix – Revista de História e Estudos Culturais | 2021

Os anos de 2020 e 2021 marcaram profundamente a vida das pessoas de diferentes lugares do planeta. A pandemia de Sars-coV-2 (Covid-19) invadiu o espaço público, os corpos das pessoas e dizimou uma enorme parcela da população, especialmente a mais pobre.

A primeira grande pandemia do século XXI, embora precedida por outras manifestações epidêmicas como o Ebola e o H1N1, tomou proporções que só podem ser comparadas às da gripe “espanhola”, no início do século XX. Em 1918, a imprensa informava que o vapor Demerara, proveniente da cidade inglesa de Liverpool e que passou pelos portos do Recife, Salvador e Rio de Janeiro na primeira quinzena de setembro, registrou passageiros infectados a bordo, com cerca de cinco óbitos (SOUZA, 2009, p. 102). Era a chegada da doença ao Brasil. Leia Mais

Os mundos do trabalho e suas interfaces com a ciência, a saúde e a doença | Mundos do Trabalho | 2020

Vivemos um presente distópico, de pandemia e mudança repentina de hábitos, paradigmas, maneiras de compreender a realidade e lidar com suas consequências em nossa vida cotidiana. Uma realidade que foi pincelada, de maneira mais ou menos próxima ao que vivenciamos, por autores de ficção do século passado. O historiador Sidney Chalhoub se referiu ao momento que enfrentamos neste ano de 2020, com a pandemia da covid-19, como uma distopia neoliberal. Uma doença desconhecida, um vírus novo, e em poucos meses o mundo inteiro parou – e se trancou em casa. Ao menos quem pode. A pandemia obrigou os mercados a reduzir sua atividade, forçou o isolamento, encerrando viagens locais e internacionais, fechando fronteiras, na contramão da defesa exagerada do consumo e das propostas de um neoliberalismo privatista de extrema direita que se instalou em grande parte do mundo neste começo de século. A tão ovacionada globalização que, como descreveu Frederick Cooper, é sempre invocada para incentivar os países ricos a diminuir o Estado social e os países pobres a reduzir as despesas sociais, sofreu um forte abalo com a covid-19.1 Mais do que nunca, ficou explícita a importância de um sistema de saúde público e eficiente, de um Estado consistente que centralize a organização de todas as forças possíveis para salvar vidas. Leia Mais