Ensino de História: tempos de crise, resistências e utopia | História Hoje | 2022

Serie Revolta dos Males de Belisario Franca e Jeferson De Imagem GirosSESC TV
Série “Revolta dos Malês”, de Belisario Franca e Jeferson De | Imagem: Giros/SESC TV

O Ensino de História, seja associado ao trabalho e ao cotidiano docente no chão da escola ou entendido como campo de pesquisas e investigações situado na interface com a educação e a história produzidas na Universidade, vem sendo atravessado, ao longo dos anos, por reflexões sobre crises que impactam sujeitos, práticas, saberes e culturas. Crises que provocam resistências, conflitos, confrontos, assim como alimentam sonhos e utopias. Neste dossiê temático, propomos abordar o Ensino de História a partir dessa perspectiva, reunindo resultados de pesquisas que refletiram a partir desse enfoque e que contemplaram a crise em seus mais variados aspectos: histórias do Ensino de História, formação de professores, materiais didáticos, memórias docentes e discentes; bem como as resistências de todos os tipos, tais como os questionamentos aos modelos curriculares, relações acadêmicas que geram narrativas uniformes, materiais didáticos com propostas restritas, cerceamento ao trabalho docente e perseguição a professores. Em todos há uma preocupação em inscrever a reflexão no tempo presente, que, em função da pandemia da Covid-19 e da crise da democracia brasileira, instaurou novos arranjos nos processos de ensino-aprendizagem de História. Leia Mais

Os 50 anos do 31 de março de 1964: resistências, cassações e violência no imediato pós-golpe | Temporalidades | 2013

RC Destaque post 2 15

No fim do ano passado fui convidada pelo Conselho Editorial da Revista Temporalidades para coordenar um dossiê que tratasse de temas relativos aos 50 Anos do Golpe no Brasil. A movimentação social em torno do tema, traduzida em seminários, cursos, revistas, exposições etc., indica quão certa é a tese de Steven Stern, o qual afirma que as datas redondas desempenham o papel de “nós convocantes”, agem como instrumentos que convocam a memória de vários setores da sociedade em relação a determinados marcos, associando as memórias soltas a um contexto amplo e coletivo, ensejando novos sentidos e interpretações [1].

Sim, já se passaram 50 anos do golpe, da implantação de uma ditadura civil-militar, de um marco da escalada da violência estatal no país. Uma efeméride que não traz nenhum conteúdo digno de comemoração, não há o que ser comemorado, apenas a ser pensado, estudado, resignificado. Muito ainda a ser debatido, inclusive se considerarmos que vivemos na atualidade um fenômeno de violência sistemática aos direitos civis e humanos, reconhecidos por “pessoas de bem”, como necessário para a manutenção da ordem. Um velho discurso por nós muito conhecido. Leia Mais

Africanizar: resistências, resiliências e sensibilidades | Revista Transversos | 2021

A Revista Transversos em sua 22a edição propõe-se em um pensamento-ação. O dossiê Africanizar: resistências, resiliências e sensibilidades. A concepção temática emerge do encontro de pesquisadoras e pesquisadores brasileiros e africanos. Ele parte dos trabalhos realizados pela linha de pesquisa África e suas diásporas do Laboratório de Estudo das Diferenças e Desigualdades Sociais (LEDDES) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) em contato com a Universidade Eduardo Mondlane (Moçambique), a Universidade Católica de Angola (UCAN), a Universidade Federal da Bahia (UFBA), a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e o Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES).

Africanizar como movimento é um imperativo de pensar as Áfricas para longe de cristalizações e essencializações redutoras. Africanizar surge como necessidade de ouvir as vozes do continente, as quais questionam os parâmetros fornecidos a partir do viés eurocêntrico, da branquidade, do androcentrismo, do heteronormativo, das metanarrativas nacionais homogeneizantes ou dos interesses dos dominantes, sejam eles, estrangeiros ou locais. Os conteúdos dos textos apresentados apontam para os agenciamentos e os saberes dos silenciados, dos invisibilizados e daqueles que foram colocados à margem. Leia Mais

Poderes politicos y resistencias en la monarquia hispanica (siglos XVI-XVIII)/Estudios de Historia de España/2021

Algunas décadas han pasado desde que la historia política se ha alejado de la visión tradicional -ciertamente estrecha y constrictiva- de pensar la articulación del poder político a través de las estructuras institucionales centralizadas en permanente avance y expansión que acabarán constituyendo las intricadas tramas institucionales de gobierno y administración de las monarquías Ibéricas en su tránsito a la modernidad. Leia Mais