Hippone Aix-en-Provence – DELESTRE (RHAA)

DELESTRE, Xavier (Ed.). Hippone Aix-en-Provence. [Sn]: Édisud, 2005. 471p. Resenha de: OLIVEIRA, Julio Cesar Magalhães de. Revista de História da Arte e Arqueologia, n.7, p.113-116, jan./jun., 2007.

Fruto de um trabalho coletivo de historiadores, arqueólogos e conservadores, esse livro é o primeiro resultado da recente cooperação científica e cultural franco-argelina para o estudo e a valorização do sítio arqueológico de Hipona (a antiga Hippo Regius, atual Annaba, na Argélia). Hipona é conhecida, sobretudo, por ter sido a cidade em que Santo Agostinho exerceu seu ministério como bispo, de 395 até sua morte em 430 d.C. Mas o sítio é também importante por se tratar de uma das principais cidades portuárias do Magreb antigo.

Fundada provavelmente pelos fenícios, Hipona tornou-se, desde o século II a.C., residência ocasional dos reis númidas, donde o epíteto de Regius associado ao seu nome púnico. Anexada à província romana da África Nova no final da República, a cidade foi promovida ao status de municipium já sob Augusto e de colônia romana honorária antes do final do século I d.C. Essa rápida promoção política refletia em grande medida a enorme importância econômica que a cidade conservaria durante todo o período romano como um dos principais portos exportadores das produções africanas.

Sede de um destacamento militar encarregado da guarda do litoral, residência de funcionários imperiais e de um dos legados do governador da província da Proconsular até o século V, Hipona tornar-se-ia, nos primeiros anos da conquista da África pelos Vândalos, a capital do novo reino até a tomada de Cartago em 439, conservando mesmo depois uma enorme importância estratégica para os conquistadores. A história de Hipona a partir da reconquista bizantina, em 533, é pouco conhecida, mas é certo que a cidade continuou sendo habitada por uma população, sem dúvida, reduzida. Após sua conquista pelos árabes, a cidade sobreviveu em seu sítio antigo pelo menos até o século XI, quando começou a ser abandonada em beneficio da aglomeração vizinha de Nova Bûna, que se tornaria a moderna Annaba.

A redescoberta do sítio antigo ocorreria apenas no século XIX, já sob a dominação francesa da Argélia, com as descobertas ocasionais de mosaicos e inscrições romanas. As primeiras escavações realmente importantes começaram em 1895, com o desenterramento das luxuosas casas do litoral. A maior parte dos trabalhos de escavação, porém, seria levada a cabo de 1947 a 1963 sob a direção de Erwan Marec, um oficial aposentado da marinha francesa. Os trabalhos arqueológicos desse período tiveram o mérito de trazer à luz os principais monumentos da cidade antiga e de salvaguardar o sítio em face do avanço progressivo do distrito industrial de Annaba. No entanto, o objetivo dos primeiros escavadores de expor a rede viária da cidade antiga e de desenterrar os monumentos públicos, as casas da elite e os edifícios cristãos contemporâneos de Santo Agostinho implicou necessariamente na perda de informações preciosas, uma vez que a estratigrafia foi completamente ignorada e os níveis mais tardios, simplesmente destruídos. Além disso, a tentativa de interpretar os vestígios materiais à luz dos princípios da arquitetura clássica definidos por Vitrúvio ou das informações contidas na documentação agostiniana sobre os edifícios cristãos levou freqüentemente a restaurações abusivas e a reconstituições equivocadas dos monumentos.

As primeiras sondagens estratigráficas em Hipona foram conduzidas apenas em 1963-1964 por Jean-Paul Morel, o que permitiu, sobretudo, uma datação segura do muro litorâneo (construído, sem dúvida, no século I a.C.) e das residências vizinhas.

A partir dos primeiros anos da independência da Argélia, porém, nenhuma pesquisa arqueológica realmente importante foi desenvolvida em Hipona. Na última década do século XX, a própria conservação do sítio viu-se prejudicada pelos anos de continuada guerra civil no país: abandonados, os monumentos de Hipona foram tomados pela água e pela vegetação.

Daí a importância da recente campanha de estudos arqueológicos patrocinada por autoridades francesas e argelinas e conduzida, de 2002 a 2005, pela equipe de Xavier Delestre, da Direção Regional dos Assuntos Culturais da Região da Provença, Alpes e Côte d’Azur.

Na expectativa de um trabalho mais aprofundado de escavações e prospecções arqueológicas, o presente projeto tem o grande mérito de promover uma releitura cuidadosa de muitos monumentos de Hipona e de lançar as bases para uma conservação perene de seus vestígios arqueológicos, hoje ameaçados.

O livro expõe os resultados preliminares desses estudos, mas é também muito mais que isso. Ao apresentar uma suma do conhecimento atualmente disponível sobre o sítio, ele se constitui numa obra de referência indispensável e no ponto de partida obrigatório para todo estudo futuro sobre Hipona. O livro está organizado em cinco partes, precedidas de uma introdução geral por Xavier Delestre e Marcel Tavé. A primeira parte apresenta um “Quadro histórico”, que resume a história da cidade a partir, sobretudo, das fontes textuais. Claude Lepelley discute a história social e política de Hipona nos períodos númida e romano.

Serge Lancel apresenta brevemente a carreira de Santo Agostinho em Hipona e trata dos mosteiros e igrejas da cidade, mencionados pelo bispo em seus textos, bem como das paróquias rurais de sua diocese. Sabah Ferdi estabelece uma relação interessante (embora deslocada em relação ao tema dos demais capítulos desta parte) entre um texto de Agostinho e um mosaico encontrado em uma das casas de Hipona. Jean-Pierre Laporte retoma em seguida a evolução geral da cidade, discutindo sua história política nos períodos vândalo e bizantino.

Saïd Dahmani trata das referências a Hipona nas fontes árabes e discute as condições de sua ocupação até o século XI. Abderrahman Khelifa conclui esta parte com uma discussão sobre a história política de Annaba durante a Idade Média.

A segunda parte, constituída de um único capítulo, redigido por Xavier Delestre, trata da história das pesquisas arqueológicas sobre o sítio de Hipona, do século XIX aos dias atuais. Na terceira parte, são reunidos capítulos sobre “Os monumentos públicos e a arquitetura privada”. Philippe Leveau discute o urbanismo de Hipona no contexto mais amplo da evolução geral das cidades africanas até o final do período romano. Frank Suméra faz uma excelente discussão sobre o esquema urbanístico de Hipona, a partir do levantamento topográfico efetuado pela recente campanha.

Xavier Delestre apresenta os materiais e as técnicas de construção empregados na cidade. Frank Suméra, novamente, expõe os resultados dos estudos recentes sobre o fórum, ao passo que Jean-Marc Mignon apresenta uma discussão mais específica sobre a colunata dessa praça. Bruno Bizot, David Lavergne e Jean-Marc Mignon discutem a planta e o estado atual do teatro. Xavier Delestre trata das características gerais do mercado, e Jean-Marc Mignon tece observações mais detalhadas sobre o pórtico desse edifício.

Nos dois capítulos seguintes, Xavier Delestre descreve o plano dos dois grandes edifícios termais revelados pelas escavações e discute brevemente o abastecimento hidráulico da cidade antiga, bem como os riscos representados pelas constantes infiltrações e inundações à conservação atual dos vestígios arqueológicos. David Lavergne apresenta uma discussão detalhada da evolução (entre os séculos III e V d.C.) de uma das luxuosas casas do litoral de Hipona, acompanhada de novas plantas elaboradas a partir das recentes observações.

Esse estudo é completado pela discussão de Michèle Blanchard-Lémée sobre os mosaicos das diversas fases de ocupação dessa propriedade. Xavier Delestre conclui esta parte com uma discussão sobre a conservação preventiva dos mosaicos de Hipona no próprio sítio.

A quarta parte reúne capítulos bastante diversos sobre “A arte e a vida quotidiana” em Hipona. François Baratte, tratando da escultura antiga, constata a raridade das obras descobertas durante as escavações, resultado da reutilização do mármore e dos metais durante a longa história da cidade após o período romano.

Xavier Delestre traça um quadro bastante impressionista da “vida quotidiana” em Hipona, onde os raros vestígios materiais do quotidiano da própria cidade servem mais de exemplos do que de base à discussão.

David Lavergne, numa brevíssima contribuição, apresenta um inventário dos marcos miliários presentes no museu de Hipona. Finalmente, Michel Bonifay tece considerações interessantes sobre a minúscula coleção de cerâmicas do museu, notando, mesmo nessa amostra reduzida, um padrão muito semelhante ao que é revelado pelas escavações em Cartago.

A quinta e última parte, intitulada “Os homens, os deuses, a morte”, trata da epigrafia, das sepulturas, dos vestígios materiais da vida religiosa e dos edifícios do culto cristão. Jean Gascou discute a importância da epigrafia do período imperial para a compreensão de diversos aspectos da história, da organização e das funções administrativa e econômica da cidade durante o Império Romano. Jean-Pierre Laporte trata da epigrafia da época vândala e bizantina e de suas particularidades gráficas. Bruno Bizot apresenta uma releitura minuciosa da basílica cristã e de seu entorno, fruto da pesquisa recente. David Lavergne trata dos cultos representados em Hipona em inscrições, placas votivas e outros ex-votos. Por fim, Xavier Delestre trata do “mundo dos mortos”, inventariando os epitáfios e os tipos de sepultura identificados no sítio de Hipona. Uma breve conclusão do editor encerra o volume, que inclui ainda, em apêndice, um catálogo do acervo arqueológico do museu.

Por se tratar de uma obra de síntese, o livro naturalmente não apresenta interpretações inéditas, exceto nos capítulos que resumem os resultados da recente campanha, e, mesmo neste caso, a natureza da intervenção e o estado atual de conservação do sítio não permitiram mais que uma releitura relativamente modesta dos vestígios materiais. Apesar disso, algumas conclusões novas devem ser mencionadas. No estudo dos cerca de 7 hectares do tecido urbano de Hipona já escavados, Frank Suméra constata certa especialização das insulae, ou, pelo menos, uma diferenciação social das habitações entre os diferentes bairros da cidade, com uma maior concentração das habitações populares nas partes mais antigas, na proximidade do fórum, e das luxuosas casas da elite nos bairros mais distantes, próximos ao mar. O estudo do pavimento do fórum permite também observar alguns elementos de cronologia relativa que revelam uma construção complexa da esplanada, em diversas etapas, ao passo que a ausência de estruturas destinadas ao comércio e ao artesanato e o isolamento da praça em relação ao seu entorno implicam uma especialização estrita do fórum na época imperial em sua função cultual e política. Ao mesmo tempo, a pesquisa levada a cabo na basílica cristã e em seu entorno, apresentada por Bruno Bizot, permitiu a identificação de três grandes conjuntos topográficos originais (senão propriedades particulares) nessa insula, amputados pela construção da igreja. A planta publicada por Marec pôde também ser questionada, limitando-se os supostos anexos da basílica ao batistério e a um edifício vizinho.

Esse trabalho minucioso de releitura limitou-se, porém, nesta campanha, ao fórum, à basílica cristã, ao teatro e a algumas casas de elite, o que apenas retoma as prioridades dos primeiros escavadores. Não há no livro nenhuma contribuição, nem mesmo superficial, para uma melhor compreensão das casas mais modestas, dos locais profissionais ou da vida econômica de Hipona. É verdade que as condições de escavação impedem atualmente um estudo aprofundado dessas questões, mas os vestígios materiais conservados não são completamente silenciosos a esse respeito. Xavier Delestre cita, por exemplo, à p. 169, uma “possível oficina de molhos de peixe (garum)” na proximidade do mercado, mas esse estabelecimento não é sequer situado num mapa. Da mesma forma, a provável tinturaria identificada por Marec na vizinhança da basílica não foi objeto de nenhuma discussão particular e nem mesmo de uma nova planta. Esperemos que as campanhas futuras possam responder a esse desafio.

O livro é abundantemente ilustrado com belas fotos do sítio de Hipona. Fotos aéreas e reproduções de mapas, plantas e notas dos primeiros escavadores facilitam também a compreensão do texto, tornando acessível uma documentação de outro modo dispersa.

Enfim, os novos mapas e plantas elaborados durante a campanha constituem um instrumento de trabalho inestimável para todo estudo futuro sobre o sítio. Obra de referência indispensável sobre Hipona, esse livro será certamente do interesse de todos os estudiosos da África do Norte na Antigüidade e, de um modo mais geral, de todo interessado na história urbana do mundo antigo.

Julio Cesar Magalhães de Oliveira – Doutor em História Antiga pela Universidade de Paris X Nanterre. Pesquisador associado ao Núcleo de Estudos Estratégicos (NEE/Unicamp).

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From Stonehenge to las Vegas; Archaeolog y as Popular Culture – HOLTORF (RHAA)

HOLTORF, Cornelius. From Stonehenge to las Vegas; Archaeolog y as Popular Culture. Oxford: Altamira Press, 2005. 185p. Resenha de: ZARANKIN, Andrés. Revista de História da Arte e Arqueologia, Campinas, n.6, p.176-177, dez., 2006.

Por que la popularidad y la atracción que la arqueología ejerce en nuestra sociedad? Esa es una de las preguntas de partida del libro compuesto por un Prologo y 9 capítulos, que le permiten a Holtorf un recorrido por algunas cuestiones centrales de la practica arqueológica, y los estudios que tienen eje en el pasado y sus vestigios. Sus propuestas resultan polémicas, pero al mismo tiempo permiten al lector reflexionar de una manera diferente sobre el tema. Por este motivo este trabajo resulta de interés especial para estudiantes y profesores en arqueología o antropología así como a profesionales que trabajan con patrimonio.

Holtorf, ya en el prologo nos muestra que estamos ante un libro diferente, que se opone a los convencionalismos a los que estamos acostumbrados en cualquier trabajo académico. En la misma el autor efectúa una auto-presentación que permitirá, según él, entender quién es, y por lo tanto la naturaleza de su trabajo.

Dónde nació, sus estudios, sus profesores, así como algunos aspectos de su vida sentimental, dan a la obra un toque informal y diferente. Al mismo tiempo Holtorf elige escribir su trabajo en primera persona del singular.

De esta manera queda claro que no intenta ofrecer una visión escencialista y verdadera del problema tratado, sino por el contrario, su enfoque particular.

Precisamente la estética y la organización del libro también son novedosas. Además de fotos de obras de arte, de sus vacaciones, de casinos en las vegas o dibujos hechos por él, utiliza continuamente para reforzar sus argumentos comparaciones y ejemplos que a simple vista poco tienen que ver con la arqueología (Zoológicos, parques de diversiones, casinos, biología, cine, TV entre otros). También cada capitulo posee una o más ideas centrales (o tesis) que Holtorf destaca, incluso colocándolas en apartados.

A lo largo de los primeros 7 capítulos – (1) Archaeology as popular culture, (2) Below the surface, (3) The archaeologist in the field, (4) Interpreting traces, (5) Past meanings, (6) Contemporaneous Meanings, (7) Authenticy –, Holtorf desarrolla una discusión general sobre algunos conceptos centrales de la arqueología y su practica. A través de la misma cuestiona algunos de los principios sagrados de la disciplina, tales como que es le pasado, como es construido y por tanto como estudiarlo, cuales son sus significados, a que llamamos autentico, el rol del arqueólogo entre otros puntos.

En estos capítulos Holtorf’s, siguiendo algunos de los planteos de su maestro Michael Shanks y de la arqueología radical, asume y explicita cuestiones como por ejemplo, que el pasado es construido en cada presente y por lo tanto es relativo. También que las personas participan activamente en la construcción de sentidos y significados asociados a la cultura material – y por lo tanto estos significados también son relativos.

Para justificar estas ideas utiliza casos de todo el mundo, aunque especialmente de la prehistoria europea y de sus própios trabajos de campo en Alemania.

Dentro de estas discusiones destaco 3 cuestiones:

A) Su análisis sobre la “biografía de los objetos y los sitios arqueológicos” y como su sentido y significado se transforma a través del tiempo (utiliza como ejemplos el caso de las hachas de piedra, y los monumentos megalíticos – capítulo 5).

B) Su propuesta sobre los significados actuales que los sitios arqueológicos tienen para el publico (diferencia 14, entre ellos recuerdos (rembrance), identidad (identity), reflexiones (reflections), aventuras (adventures), lugares mágicos (magical Places), entre otros – Capítulo 6.

C) La discusión del concepto de “autenticidad” (Aura de W. Bejamin) y como en realidad tiene una base subjetiva que lo transforma en algo dinámico y cambiante a través del tiempo – Capítulo 7.

Los últimos 2 capítulos resultan los más provocativos y originales. Sus propuestas permiten una reflexión profunda sobre las propias bases de la arqueología y la naturaleza del pasado en nuestra sociedad.

Básicamente para Holtorf la popularidad de la arqueología tiene que ver con que posee todos los elementos tradicionales, para despertar el interés de las personas comunes (misterio, exotismo, tesoros, peligro, entre otros). Esto le otorga a la disciplina una “Archeoappeal” y la transforma en “cultura popular”. Lo que importa es el significado del pasado en el presente y la manera en que la gente le da un sentido particular, no necesariamente coincidente con el de los arqueólogos.

De esta manera si el pasado, y sus vestigios “auténticos”, son construidos por las personas en cada presente, entonces éste se transforma en un “recurso renovable”, lo que le permite a Holtorf afirmar: “A certain amount of destruction of archaeological resources is not only unavoidable but can indeed be desirable in order to accommodate fairly as many genuine claims to ancient sites and objects as possible” (p. 148)… “If archaeology is popular culture, then we are all archaeologists” (p. 160).

Salvando las diferencias, este libro tiene mucho en común con “Reconstructing Archaeology” de Shanks y Tilley (1987), sus propuestas radicales invitan a la reflexión. Al cuestionar muchos de los supuestos de la practica arqueológica la primera reacción del lector es sentirse incomodo. Pero es precisamente esta insatisfacción con lo evidente que permite a la arqueología seguir avanzando en un camino sin final.

“Experiencing archaeological practice and imagining the past constitute the magic of archaeology” (p. 155).

Andrés Zarankin – Docente no Depto de Sociologia e Antropologia/ FAFICH-UFMG Doutor em História pelo IFCH-UNICAMP.

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Arqueologia da Amazônia – NEVES (RHAA)

NEVES, Eduardo Góes. Arqueologia da Amazônia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2006. 86p. Resenha de: SCHIAVETTO, Solange Nunes de O. Revista de História da Arte e Arqueologia, Campinas, n.6, p.178-180, dez., 2006.

O livro de Eduardo Góes Neves, Arqueologia da Amazônia, parte da coleção Descobrindo o Brasil, vem somar-se ao quadro de publicações recentes de arqueólogos dispostos a apresentar para o grande público as várias possibilidades (temáticas e teórico-metodológicas) que a disciplina propõe em solo brasileiro.

A exemplo deste volume, podemos citar, da mesma coleção: A arte rupestre no Brasil, de Madu Gaspar, e Palmares, ontem e hoje, de Pedro Paulo Funari e Aline Vieira de Carvalho. Fora da coleção Descobrindo o Brasil, mas ainda da Jorge Zahar, há o recente O Brasil antes dos brasileiros: a pré-história do nosso país, de André Prous. A editora Contexto também tem publicado obras que seguem a mesma linha, como, por exemplo, a Pré-História do Brasil, de Pedro Paulo Funari e Francisco Silva Noelli (2002). São obras importantes para pesquisadores, professores, estudantes e interessados em Arqueologia brasileira, sobretudo porque lançam por terra o caráter pretensamente unilateral do discurso científico, apresentando muitas possibilidades de abordagem da cultura material do passado. No que diz respeito ao livro Resenhado, seu grande desafio reflete-se em sua delimitação geográfica: a extensão de terras amazônicas e o reduzido número de pesquisas arqueológicas realizadas até o momento naquele espaço, dado salientado pelo autor já na introdução.

Neves introduz suas idéias alertando para a necessidade de se resgatar o caráter cultural da Amazônia, afirmando que há um grande desconhecimento da história de sua ocupação milenar, com uma visão propagada de “natureza intocada”. Esta visão, segundo o autor, reflete-se atualmente nas mentalidades que propõem estratégias voltadas para o desenvolvimento sustentável da Amazônia. Ele chama a atenção, baseado em dados arqueológicos, para a diferença entre a ocorrência de sítios que demonstram ocupação densa no passado e a distribuição atual de terras indígenas.

Segundo uma nova vertente de interpretação da história cultural da Amazônia, essa diferença foi provocada pela colonização do local no século XVIII, intensificada pelo ciclo da borracha, ao fim do século XIX e início do XX.

Há, no livro, a proposta de se olhar para o passado remoto buscando parâmetros para as políticas do presente. Nessa linha, o autor sugere três ações importantes: (1) reconhecer a ocupação densa da bacia amazônica por diferentes povos indígenas no final do século XV; (2) perceber continuidades entre esses povos do passado no presente (apesar dos processos de mudança cultural); (3) reconhecer que a ocupação précolonial guia processos de ocupação no presente.

No tópico que apresenta “O meio físico”, Neves desenvolve suas idéias defendendo a diversidade como conceito-chave para a compreensão da Arqueologia amazônica, questionando a visão que geralmente se tem de um ecossistema homogêneo, ocupado por grupos também homogêneos. Constrói o quadro físico da área pesquisada a partir de alguns temas, tais como a formação do rio Amazonas e seus afluentes, a variação anual das chuvas e do nível dos rios, propiciando dois períodos bem definidos (cheia e seca), a falsa idéia de que os solos amazônicos são totalmente férteis, o contraste entre áreas ribeirinhas (onde os sítios são mais densos) e áreas de terra firme. Todos esses elementos físicos, segundo o arqueólogo, influenciam nos padrões de ocupação da Amazônia, revelando quatro compartimentos: (1) faixa paralela à Cordilheira dos Andes (Bolívia, Peru, Equador e Colômbia); (2) áreas ribeirinhas e alagadas; (3) áreas de interflúvio (ou “de terra firme”); (4) zonas de estuário e litoral (partes dos estados do Amapá, Pará e Maranhão). Neste último compartimento, onde floresceu a civilização marajoara, foram encontrados sítios com a cerâmica mais antiga da América do Sul.

Ainda neste tópico, o autor chama a atenção para o fato de que a biodiversidade do contexto amazônico, além de fornecer alimentos para as sociedades indígenas, também inspirou fortemente suas culturas.

A essa biodiversidade Neves acrescenta a sociodiversidade presente na Amazônia, em termos lingüísticos (com povos falantes de tupi-guarani, arawak, carib, gê e línguas isoladas) e socioeconômicos (povos nômades – caçadores/pescadores/coletores – e sedentários – agricultores), lembrando que a Arqueologia evidencia essa variabilidade no passado. Finaliza o tópico indicando a Amazônia como um contexto de grande variabilidade geográfica, o que teria influenciado o processo de sua ocupação pelos grupos humanos.

No tópico “O início da ocupação humana”, o autor apresenta os principais registros arqueológicos que sugerem a antiguidade da presença humana na bacia amazônica, fixando o início da ocupação em 11 mil anos atrás, apesar de ressaltar que os dados são escassos e que maiores investigações podem modificar o quadro temporal de ocupação da Amazônia. Salienta um padrão de subsistência desses primeiros habitantes (valorização da biodiversidade, não capturavam grandes animais, eram pescadores, coletores e caçadores de animais pequenos). Há, também, a confirmação, a partir de dados arqueológicos, da ocupação da Amazônia antes do advento da agricultura, apontando para tipos de economia diversificados na época pré-colonial.

O tópico tem como discussão central a ocorrência de variações climáticas e ecológicas durante o Holoceno. Tais mudanças, de acordo com Neves, podem ter ocasionado o esvaziamento demográfico de algumas regiões amazônicas constatado pelo registro arqueológico. Curiosamente, os sítios anteriores a 6000 a.C. são mais conhecidos do que aqueles que poderiam evidenciar ocupação entre 6000 e 1000 a.C., mas os vestígios mais abundantes são aqueles com datações a partir de 3 mil anos atrás, período em que os dados disponíveis demonstram ter havido um aumento nas condições gerais de precipitação e umidade. As mudanças refletem no vestígio arqueológico, apresentando para este último período sítios muito mais densos. O autor diz, porém, que esta lacuna pode não estar relacionada a um relativo esvaziamento demográfico gerado por modificações climáticas, o que leva a uma segunda hipótese, que diz respeito a problemas nas estratégias de levantamento utilizadas pelos arqueólogos.

No tópico “A transição para a agricultura e o início da produção cerâmica”, Neves desenvolve suas idéias sobre domesticação de plantas, agricultura e advento da cerâmica defendendo uma não-linearidade nos processos de adaptação, sendo a ocupação, segundo ele, muito mais baseada em economias diversificadas, tais como caça, pesca e coleta, do que apenas na agricultura. No que concerne à domesticação de plantas, algumas áreas são vistas como centros e as demais, receptoras de inovações. A Arqueologia postula para as Américas dois principais centros: a Mesoamérica e os Andes centrais. Atualmente, segundo o autor, a Amazônia também tem sido vista como um desses centros de domesticação (da mandioca e da pupunha) na bacia do alto Madeira e seus afluentes (atual Rondônia).

Aqui, Neves levanta um problema referente à técnica agrícola da “coivara”, conhecida também como “de toco” ou “de corte e queima”. Alguns autores defendem a impossibilidade de se manter populações sedentárias com o cultivo realizado por meio da coivara, dada a necessidade constante de mudança de lugar. No entanto, Neves diz que esse argumento é baseado na observação de sociedades contemporâneas, as quais utilizam, para a abertura de roças, machados e facões de metal. Segundo o arqueólogo, pode haver uma diferença entre os padrões de cultivo em roças de coivara do passado e do presente, sugerindo para o passado uma menor mobilidade dos grupos, principalmente pela utilização de machados de pedra, que tornariam mais lento o trabalho de abertura de roças.

No que diz respeito ao início da produção da cerâmica e sua associação ao desenvolvimento da agricultura, Neves diz que os dados amazônicos são mais complexos, pois as cerâmicas mais antigas (5000 e 3500 a.C.) fazem parte de contextos em que a agricultura não havia sido plenamente adotada. Este fator poderia indicar uma não-ruptura com modos de vida anteriores, fortalecendo a idéia de economias diversificadas e de mudanças não lineares.

No penúltimo tópico, “Ascensão e queda das sociedades complexas da Amazônia”, o autor retoma uma das principais hipóteses do livro. Sugere que a ocupação humana da Amazônia não foi um processo regular e cumulativo, podendo a alternância “entre períodos de aparente estabilidade e outros de mudanças relativamente bruscas nos padrões de organização social, econômica e política” ser percebida nos vestígios arqueológicos. A hipótese vai ao encontro das transformações nos padrões ocupacionais notáveis a partir de 2 mil anos atrás (aumento no tamanho, densidade e duração de ocupação nos sítios arqueológicos).

Acrescenta-se a isso o que o autor chama de “verdadeira explosão cultural”, refletida nas diferentes “tradições” arqueológicas definidas pelos pesquisadores que trabalham em contexto amazônico.

Unindo os dados arqueológicos aos paleoclimáticos, Neves considera viável postular uma correlação entre as mudanças climáticas ocorridas a partir de 1000 a.C. e as transformações nos vestígios arqueológicos.

Modos de vida plenamente agrícolas foram possíveis graças a um aumento no índice de chuvas e expansão das florestas.

A partir dessa hipótese, o autor apresenta o que é conhecido como “terra preta”, estabelece suas conexões com assentamentos sedentários e descreve as principais tradições ceramistas já pesquisadas, que correspondem a esse período em que os dados arqueológicos evidenciam grandes aldeias: Pocó, Marajoara, Polícroma, Incisa e Ponteada (cujas cerâmicas mais conhecidas são a Tapajônica e a Santarém) e Maracá.

Ainda dá exemplos de trabalhos de campo que fizeram uso da tradição oral a partir do contato com indígenas da região (com os índios Palikur, no rio Urucauá, Tariano, rio Uaupés, bacia do alto rio Negro, e Kuikuru, no alto Xingu), alertando para a importância da estreita ligação entre antropólogos, arqueólogos e as comunidades que se sentem diretamente afetadas pelas pesquisas acadêmicas.

O autor finaliza o tópico ponderando sobre o impacto da colonização nessas sociedades indígenas, sugerindo aos pesquisadores que evitem interpretações simplistas quanto à história da Amazônia pré-colonial.

Exemplifica uma dessas interpretações, de que as sociedades indígenas do passado estariam caminhando para um tipo de organização complexa, como um Estado, e que esse “desenvolvimento” teria sido rompido pelo contato com os não-índios. Afirma ainda que os registros arqueológicos evidenciam bases econômicas centradas no grupo doméstico, com autonomia econômica e, conseqüentemente, instabilidade política de longo prazo, ocasionando ocupação e abandono de grandes assentamentos. Finaliza o livro argumentando mais uma vez que os resultados são provisórios e carecem de mais pesquisas na região, além de defender o conhecimento da Amazônia “a partir de seus próprios parâmetros culturais e ecológicos”.

Como colocado no início da Resenha, o livro de Eduardo Góes Neves faz parte de um interessante movimento, por parte dos arqueólogos, dirigido à sociedade em geral e ao público leigo que se interessa pelo passado de seu país. Apresenta, de forma clara, as principais discussões em torno do registro arqueológico pesquisado na Amazônia e demonstra uma preocupação ao esclarecer que o que temos são resultados parciais, resultantes do número reduzido de pesquisas em região tão ampla. Além de mais pesquisas arqueológicas de campo – que, com certeza, são ainda necessárias em várias partes do Brasil –, é também imprescindível criar uma consciência profissional coletiva, entre arqueólogos, para a importância de múltiplas interpretações advindas de variadas vertentes teóricas. Assim, propostas de tornar públicos resultados de pesquisas científicas, como este livro de Eduardo Góes Neves, serão cada vez mais viáveis e muito bem-vindas.

Solange Nunes de O. Schiavetto – Doutoranda em História Cultural, IFCH/Unicamp Docente da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG/Poços de Caldas) Pesquisadora do NEE/Unicamp.

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La mujer en “el origen del hombre” / Maria A. Querol e Consuelo Treviño

O livro diferencia bem suas duas partes: (1) a análise do discurso sobre o evolucionismo em diferentes tipos de publicações – científicas, livros de texto e livros de divulgação – e (2) a análise da influência das idéias evolucionistas nos discursos literários dos finais dos séculos XIX e XX. A obra segue a linha de pesquisa de María Ángeles Querol sobre o papel da mulher nas origens da humanidade a partir das análises discursivas, o que permitiu a publicação de inúmeros artigos ligados ao assunto, bem como o livro Adán y Darwin, no qual analisam-se os mitos da origem do homem durante o último século e meio e o uso que se fez deles. Nesta nova publicação, o foco da análise do discurso são três diferentes temas: o evolucionismo de Darwin, a educação das mulheres e o feminismo e a história do feminismo. Merecem especial destaque as seguintes contribuições do livro: (1) a análise do discurso textual e visual, um âmbito da investigação arqueológica espanhola ainda minoritário ante o predomínio das pesquisas do contexto anglosaxão; (2) a arqueologia feminista; (3) o fortalecimento da divulgação arqueológica pela interdisciplinaridade do texto de uma arqueóloga e de uma jornalista e pelo cuidado na linguagem, visando à clareza, mas também utilizando recursos que facilitam a leitura, como a ironia.

Metodologicamente há dois aspetos criticáveis: (1) o papel secundário das imagens – poucas e com um tratamento mais ilustrativo do que analítico – e (2) a adoção do critério cronológico, tanto para as imagens quanto para os textos, com ênfase no contexto histórico, sem levar em conta as características e dinâmicas de funcionamento próprias de cada tipo de texto, incluindo indistintamente produções escolares, universitárias, de divulgação etc.

Ana Maria Mansilia Castaño – Doutora em Geografia e História pela Universidad Complutense de Madrid (Espanha) Pesquisadora do Departamento de Prehistoria da Universidad Complutense de Madrid (Espanha).

QUEROL, María Ángeles; TREVIÑO, Consuelo. La mujer en “el origen del hombre”. Barcelona: Bellaterra Arqueología, 2004. 333p. Resenha de: CASTAÑO, Ana Maria Mansilla. Revista de História da Arte e Arqueologia, Campinas, n.6, p.174-175, dez., 2006. Acesso somente pelo link original

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Excavating Jesus: Beneath the Stones, Behind the Texts – CROSSAN (RHAA)

CROSSAN, John Dominic; REED, Jonathan L. Excavating Jesus: Beneath the Stones, Behind the Texts: Revised and Updated. Sn.: Harper Collins,  2009. 368p. Resenha de: FUNARI, Pedro Paulo A. Revista de História da Arte e Arqueologia, Campinas, n.5, dez., 2005.

Paulo Paulo A Funari

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Recherches archéologiques Franco-Tunisiennes à Bulla Regia, II, Les architectures, 1. Les thermes memmiens – BROISE; THÉBERT (RHAA)

BROISE, Henri; THÉBERT, Yvon. Recherches archéologiques Franco-Tunisiennes à Bulla Regia, II, Les architectures, 1. Les thermes memmiens. Tunis: Institute National d’Archéologie et d’Art de Tunis; ROME: École Française de Rome, 1993. 386p. Resenha de: MIERSE, Willian. Revista de História da Arte e Arqueologia, Campinas, n.4, p.127-129, ago., 2000.

William E. Mierse – Department of Art – University of Vermont. Burligton, VT 05405.

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Dressel 20 Inscriptions from Britain and the Consumption of Spanisch Olive Oil with a Catalogue of Stamps – FUNARI (RHAA)

FUNARI, Pedro Paulo A. Dressel 20 Inscriptions from Britain and the Consumption of Spanisch Olive Oil with a Catalogue of Stamps. Oxford: BAR British Series 205, 2006. Resenha de: MIERSE, Willian. Revista de História da Arte e Arqueologia, Campinas, n.3, p.139-140, fev., 2000.

Willian Mierse – Universidade Federal de Alagoas.

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Born to Die: Diease and New World Conquest / Noble D. Cook

COOK, Noble David. Born to Die: Diease and New World Conquest, 1492-1650. Cambridge: Cambridge University Presss, 1998. 248p. Resenha de: NOELLI, Francisco Silva. Revista de História da Arte e Arqueologia, Campinas, n.3, p.140-141, fev., 2000.

Francisco Silva Noelli – Universidade Estadual de Marigá.

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Pré-História do Nordeste do Brasil – MARTÍN (RHAA)

MARTÍN, Gabriela. Pré-História do Nordeste do Brasil. 2ed. Recife: Editora da UFPE, 1997. Resenha de: ALLEN, Scott Joseph. Revista de História da Arte e Arqueologia, Campinas, n.4, p.131-132, ago., 2000.

Scott Joseph Allen – Universidade Federal de Alagoas. E-mail: [email protected].

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Mith into Art: Poet and Painter in Classical Geece – SCHAPIRO (RHAA)

SCHAPIRO, Harvey Alan. Mith into Art: Poet and Painter in Classical Geece. Sn.: Routledge, 1994. 196p. Resenha de SARIAN, Haiganuch. Revista de História da Arte e Arqueologia, Campinas, n.2, p.355-357, 1995/1996.

Haiganuch Sarian – Universidade de São Paulo, Brasil.

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Tratado de Pintura / Leonardo Da Vinci

DA VINCI, Leonardo. Tratado de Pintura. Resenha de: BARONE, Juliana. O Tratado da Pintura de Leonardo da Vinci e suas principais edições em acervos brasileiros.  Revista de História da Arte e Arqueologia, Campinas, n.2, p.358-362, 1995/1996.

Juliana Barone – Universidade Estadual de Campinas, Brasil.

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Las ánforas fenício-púnicas del Mediterráneo Central y Occidental – TORRES (RHAA)

TORRES, Joan Ramon. Las ánforas fenício-púnicas del Mediterráneo Central y Occidental. Barcelona: Publicacions de la Universitat de Barcelona, col. Instrumenta, n.2, 1995. 661p. Resenha de: KORMIKIARI, Maria Cristina Nicolau. Revista de História da Arte e Arqueologia, Campinas, n.2, p.373-377, 1995/1996.

Maria Cristina Nicolau Komikiari – Universidade de São Paulo, Brasil.

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L’ultimo Caravaggio: dalla Maddalena a mezza figura ai due San Giovanni (1606-1610) – PACELLI (RHAA)

PACELLI, Vincenzo. L’ultimo Caravaggio: dalla Maddalena a mezza figura ai due San Giovanni (1606-1610). Todi: Ediart, 1994. Introdução de Maurizio Calvesi. Resenha de CABRERA, Galia Daniela. Revista de História da Arte e Arqueologia, Campinas, n.2, p.371-372, 1995/1996.

Galia Daniela Cabrera – Universidade Estadual de Campinas, Brasil.

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The Romanization of Britain, an Essai in Archaeological Interpretation – MILLETT; Vindolanda – BIRLEY; The Roman Documents form Vindolanda – BIRLEY (RHAA)

MILLETT, Martin. The Romanization of Britain, an Essai in Archaeological Interpretation. Cambridge: Cambridge University Press, 1992. 255p. BIRLEY, Eric. Vindolanda, Reports on the auxiliaries, the wriing tablets, inscriptions, brands and graffiti. Volume II. The Early Wooden Forts. [Sn.]: Roman Ary Museum Publications, 1993. 126p. BIRLEY, Robin. The Roman Documents form Vindolanda. Newcastle upon Tyne: Roman Army Museum Publications, 1990. 34p. Resenha de: FUNARI, Pedro Paulo A. Estudos recentes sobre a Arqueologia da Bretanha Romana. Revista de História da Arte e Arqueologia, Campinas, n.1, p.249-252, 1994.

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História da Arte e Arqueologia | Unicamp | 1994-2015

hISTORIA DA ARTE E ARQUEOLOGIA1 História da Arte e Arqueologia | Unicamp | 1994-2015

A Revista de História da Arte e Arqueologia  (1994 – 2015) é uma publicação do Centro de História da Arte e Arqueologia, da Universidade Estadual da Campinas.

Publicada desde 1994, seu principal objetivo é promover um maior desenvolvimento da História da Arte e Arqueologia no Brasil, relacionando-as com a produção internacional da área. A RHAA é uma das mais importantes revistas científicas brasileiras que trata essas duas disciplinas correlatas, e é indexada internacionalmente.

RHAA tem por objetivo a publicação de trabalhos de especialistas brasileiros e estrangeiros sobre qualquer assunto de História da Arte e Arqueologia, e ainda alcançar um público amplo e interessado.

Acesso livre.

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