Smoking and Culture: The Archaeology of Tobacco Pipes in Eastern North America | Sean Rafferty e Rob Mann

A obra Smoking and culture ou, em português, “Fumo e Cultura”, em livre tradução, faz uma arqueologia dos cachimbos e da cultura do fumo, enfocando o leste dos Estados Unidos. Contendo onze capítulos, o livro pode ser dividido em três partes a partir de uma perspectiva temporal: período pré-colonial, a época do contato e o período histórico, ou pós-contato.

O livro é resultado dos trabalhos apresentados na reunião anual da Society for American Archaeology, em 2001, na mesa intitulada “The Sot Weed Factor”, em que pesquisas recentes sobre cachimbos foram apresentadas. Ao organizarem esse simpósio, Sean Rafferty e Rob Mann reagiam a uma tendência nas pesquisas sobre cachimbos, mas também, de uma maneira geral, a uma tendência nos estudos de cultura material em arqueologia: o foco nas descrições dos objetos arqueológicos e as preocupações de pesquisa que se restringem a cronologias e tipologias. Apesar dessa tendência produzir grandes contribuições no campo do conhecimento tecnológico do material em si, pouco informam sobre as pessoas e as sociedades que o criaram e usaram. Outra questão é que mesmo que os pesquisadores e pesquisadoras, tanto de arqueologia pré-colonial como de arqueologia histórica, considerem os cachimbos como marcadores culturais e cronológicos, há poucos estudos comparativos sobre o papel deles nas sociedades nas quais estão inseridos e sobre como podemos aprender a respeito de determinada sociedade através do uso de cachimbos, ainda que essa perspectiva venha mudando nos últimos dez anos. Portanto, nesse livro, os autores buscam superar essas perspectivas altamente descritivas e tipológicas. Leia Mais

Going Underground: The Meanings of Death and Burial for Minority Groups in Israel | Talia Shay

Talia Shay es una arqueóloga sumamente experimentada, activa desde su licenciatura en 1965 en Israel, que ha realizado estadías en Estados Unidos y México. Su amplia gama de intereses académicos incluyen un sinfín de temas, desde el mundo precolombino hasta la arqueología de los enterratorios, pasando por el arte rupestre paleolítico y la etnografía. Su volumen editado, Limitations of Archaeological Knowledge (Liège, Universidad de Liège, 1992, coeditado junto a Jean Clottes) resultó novedoso, al reunir algunos de los trabajos y autores más innovadores y desafiantes, tales como E. Kofi Agorsah, Paul Bahn, Peter Ucko y Marcel Otte. Shay estuvo por varias décadas con Peter Ucko en el World Archaeological Congress, WAC, hasta la muerte de este último, después de la cual siguió siendo activista del WAC. Entre otros múltiples temas, el volumen incluyó discusiones sobre objetividad y subjetividad, nacionalismo, ética, chauvinismo, etc. Ahora, Talia Shay publica una obra maestra: Going Underground: The Meanings of Death and Burial for Minority Groups in Israel (Oxford, Archaeopress, 2021, ISBN 9781789696202). Allí reúne diversos enfoques, fundamentalmente filosóficos pero también históricos, antropológicos y arqueológicos, de una variedad de autores como Philippe Ariès, Marc Augé, Zygmund Bauman, Homi Bhaba, Michel de Certeau, Gilles Deleuze, Jacques Derrida, Michel Foucault, Felix Guattari, Alfredo González-Ruibal, Maurice Halbawchs, Cornelius Holtorf, Bruno Latour, Emmanuel Lévinas, Claude Lévi-Strauus, Pierre Nora, Mike Parker Pearson y Eduardo Viveiros de Castro.

Su postura surge de una perspectiva crítica del conocimiento y la sociedad que pone a prueba y supera la objetivación, y que apunta a incluir a la gente viva, desafiando la exclusión de las alteridades sin voz. Su ética del encuentro incluye una apertura humanista al Otro, poniendo en relación el pasado y el presente, o el patrimonio y el futuro fundado en las diferencias y la posibilidad de vivir juntos. Este posicionamiento teórico se combina con un diagnóstico de las relaciones sociales contemporáneas en un mundo de supermodernidad que devasta a los seres humanos, a los otros seres vivos y a las cosas mismas. El capitalismo tardío o la modernidad líquida pueden ser desafiados al dar voz a las alteridades, tomando en cuenta los rasgos mezclados de la hibridez que resulta de los encuentros etnográficos con la gente viva. Shay estudia cómo la muerte y lidiar con la muerte son considerados por diferentes personas en el Israel actual, tanto en sus prácticas y narrativas como en la evidencia arqueológica, material. Su postura sobre los enterratorios y cementerios también se contrapone a las teorías antropológicas universalistas y esencialistas, fundadas en el supuesto de compartir normas y comportamientos, y el control del estado y la violencia. La crítica postcolonial desafía las afirmaciones de objetividad y la violencia simbólica. Los enterratorios pueden ser considerados desde diferentes miradas, incluyendo a los intereses locales, el factor histórico y colonial, y las políticas de identidad, entre otros. Leia Mais

Perspectives on the Archaeology of Pipes/Tobacco and other Smoke Plants in the Ancient Americas | Elizabeth Bollwerk e Shannon Tushingham

Publicado em 2016 na versão e-book pela editora Springer, o livro “Perspectives on the Archaeology of Pipes, Tobacco and other Smoke Plants in the Ancient Americas” é uma obra que merece divulgação e destaque na Arqueologia nacional. Com edição e organização de Elizabeth A. Bollwerk e Shannon Tushingham, traz importantes contribuições de diversos autores empenhados em desvendar o universo dos cachimbos e as dinâmicas do fumo na América pré-colonial. Trata-se da primeira publicação que converge, de forma sistemática, para estudos sobre tais temas.

Dividido em 14 capítulos independentes, organizados ao longo de 267 páginas, este volume apresenta pesquisas históricas, arqueológicas, químicas e etnográficas sobre questionamentos acerca de cachimbos e plantas relacionadas ao fumo. A partir de metodologias distintas, técnicas de análises interdisciplinares e uma impressionante abordagem tecnológica, os artigos fornecem significativas contribuições e abrem caminhos para investigações futuras. Leia Mais

Cultural Heritage and the Future | Cornelius Holtorf, Anders Högberg

A obra Cultural Heritage and the Future, editada pelos arqueólogos Cornelius Holtorf e Anders Högberg, conta com a contribuição de 19 autores especializados em diversas áreas das Humanidades relacionadas ao estudo de patrimônio e tem como público-alvo profissionais, acadêmicos e estudantes dos campos de museologia e estudos patrimoniais, arqueologia, antropologia, arquitetura, estudos de conservação, sociologia, história e geografia. Embora esses campos estejam citados na primeira página do livro, o seu conteúdo vai além, podendo ser lido por qualquer pessoa que se interesse pela memória humana e o futuro dela: mesmo não tomando para si essa responsabilidade, o livro também pode ser lido como uma contribuição (muito relevante) aos estudos sobre o Antropoceno. Leia Mais

Conservação em Arqueologia Histórica/Vestígios – Revista Latino-Americana de Arqueologia Histórica/2020

Com satisfação, apresento a Edição Especial de 2020 da Revista Vestígios. Ela reuniu artigos sobre Conservação-Restauração em Arqueologia, colocando em primeiro plano a práxis dessa área de especialização. Quando recebi o convite para fazer parte de sua organização, encarei com motivação a oportunidade de dar centralidade, por primeira vez na revista, à temática sobre como ocorrem os processos de tomada de decisão nos tratamentos de Conservação-Restauração em Arqueologia. Leia Mais

Arqueología del pasado contemporáneo: una mirada desde la Península Ibérica/Vestígios – Revista Latino-Americana de Arqueologia Histórica/2019

La arqueología del pasado contemporáneo es un campo emergente pero cada vez más consolidado dentro de la disciplina. En su forma actual, se puede situar su nacimiento en torno al año 2001, cuando se publica el libro ya clásico de Victor Buchli & Gavin Lucas (2001) Archaeologies of the Contemporary Past. En este volumen colectivo se recogían contribuciones procedentes de diversos países: además de las potencias académicas hegemónicas en arqueología (Estados Unidos y Reino Unido), había también capítulos de arqueólogos argentinos (Doretti & Fondebrider, 2001) y franceses (Olivier, 2001). Francia y los países sudamericanos, de hecho, han tenido un papel fundamental en la emergencia de las arqueologías contemporáneas y han contribuido decisivamente a su diversidad teórica, metodológica y temática. En el primer caso ha primado la reflexión teórica (Olivier, 2008) y la práctica arqueológica más convencional, sobre todo a través de la arqueología de gestión (Journot & Bellan, 2012), en el segundo caso las aproximaciones al pasado traumático más reciente, marcado por las dictaduras (Funari & Zarankin, 2006). Una de las características de la arqueología contemporánea ha sido, de hecho, la aparición de diferentes escuelas con sus propias agendas, determinadas en buena medida por las realidades históricas y políticas nacionales. Leia Mais

Arqueologia da Religião: um convite – GUIMARÃES (V-RLAH)

GUIMARÃES, Felipe de Oliveira. Arqueologia da Religião: um convite. São Paulo: Digital Publish & Print, 2013, 58 p. Resenha de: PEREIRA, Rodrigo. Revista Latino-Americana de Arqueologia Histórica, v.9, n.2, jul./ dez., 2015.

A obra de Guimarães, notavelmente correlata a Ciência da Religião, tem como objetivo apresentar o que o autor define como “Metodologia da Arqueologia da Religião (MAR)”. Antes de iniciar a apresentação dos postulados metodológicos, o livro faz uma pequena introdução à formação da arqueologia como ciência, mas sem atentar-se as “escolas arqueológicas” ou mesmo as matrizes históricas e antropológicas que a disciplina possui. Contrariamente, parece-lhe normal que a arqueologia seja um desmembramento natural da história, o que nega à própria arqueologia sua autonomia conquistada como campo de pesquisas e desenvolvimento de conhecimentos com métodos e técnicas próprias. Não descartamos que o labor arqueológico é transdisciplinar, mas é, no mínimo, restritivo pensar que a arqueologia seja apenas um desmembramento da história (que em si possui suas escolas de pensamento e conjunto próprio de analisar o passado).

Seguida esta introdução, o autor afirmar que: “o escrito é fruto da constatação da ausência, território nacional, de literatura que aborde esta área [a arqueologia da religião], sobretudo no campo da Ciência da Religião” (p. 11). Contudo, em páginas subsequentes afirma a presença de obras de arqueologia da religião traduzidas da língua inglesa no país. Assim, o fato é, no mínimo, contraditório, já que, aparentemente, o autor não teve acesso a todos os estudos que centros como o MAE/USP, Museu Nacional da Quinta da Boa Vista, UFMG e UNICAMP têm desenvolvido em áreas como a religiosidade negra ou ameríndia, bem como dos pesquisadores sobre esta área e as teorias que têm se desenvolvido para a análise da religião no âmbito da arqueologia. Leia Mais

Graffitis novohispanos de Tepeapulco, siglo XVI – TINOCO-QUESNEL (V-RLAH)

TINOCO-QUESNEL, Pascual; RODRÍGUEZ-VÉZQUEZ, Elías. Graffitis novohispanos de Tepeapulco, siglo XVI. México: INAH, 2006, 190pp. Resenha de: FUNARI, Pedro Paulo A.  Vestígios- Revista Latino-Americana de Arqueologia Histórica, v.3, n.1, jan./jun., 2009.

Pedro Paul A. Funari

Acessar publicação original

Arquaeology and Colonialism. Cultural contact from 5000 BC to the present – GOSDEN (V-RLAH)

GOSDEN, Chris. Arquaeology and Colonialism. Cultural contact from 5000 BC to the present. Cambridge: Cambridge University Press, 2006. Resenha de> FUNARI, Pedro Paulo A. Vestígios- Revista Latino-Americana de Arqueologia Histórica, v.2, n.2, jul./dez. 2008.

Pedro Paulo A Funari

Acessar publicação original

Vestígios | UFMG | 2006

VESTIGIOS UFMG Vestígios | UFMG | 2006

Em fins de 2006, por iniciativa dos professores Dr. Andres Zarankin e Dr. Carlos Magno Guimarães – ambos da UFMG – foi criada a “Vestígios – Revista Latino Americana de Arqueologia Histórica” (Belo Horizonte). Estes entendiam que a inexistência de publicações específicas em Arqueologia Histórica (no só no Brasil mas também na América Latina) era um problema para o crescimento e interação entre pesquisadores que desenvolviam trabalhos nessa temática.

Desde as primeiras publicações buscou-se seguir os parâmetros estéticos e formais dos principais “jornais” de Arqueologia (nacionais e internacionais). Foi dada ênfase ao controle da qualidade dos artigos e tinha-se como base o princípio de “peer review”. Inicialmente, as ilustrações dos artigos eram coloridas e as publicações tinham periodicidade semestral. O primeiro número da revista foi publicado em Janeiro de 2007. Nos primeiros anos, os dois volumes publicados tinham artigos com temáticas livres, recebidos em fluxo contínuo; posteriormente, criou-se um rodízio entre volumes com artigos recebidos em fluxo contínuo e volumes com temáticas específicas, sendo que os volumes temáticos partiam de propostas sugeridas pelos próprios colegas que desejavam organizá-los. Esse sistema de rodízio mantém-se na atualidade.

As primeiras publicações tiveram seus gastos (layout e impressão) custeadas pelo Laboratório de Arqueologia Histórica da FAFICH-UFMG – coordenado pelo prof. Dr. Carlos Magno Guimarães -; no entanto, 3 anos depois, conseguimos recursos do CNPq e FAPEMIG e, ocasionalmente, da própria UFMG, bem como de iniciativas privadas.

Entre os anos 2007 a 2015 os volumes da Vestígios foram publicados de forma impresso. De 2016 até o presente – seguindo tendências logísticas, normativas de indexadores e agencias financiadoras – as publicações passaram a ser exclusivamente eletrônica, com acesso on line livre.

A periodicidade é semestral e o recebimento dos artigos ocorre em fluxo contínuo

É permitido o download dos trabalhos publicados e o seu compartilhamento desde seja atribuído crédito ao(s) autor(es) e sem que sejam realizadas alterações de nenhuma forma ou utilizá-los para fins comerciais.

ISSN 1981-5875  (Impresso)

ISSN 2316-9699 (Online)

Acessar resenhas

Acessar dossiês

Acessar sumários

Acessar arquivos