María Lugones | Revista Estudos Feministas | 2022

Maria Lugones
María Lugones | Foto: Daily Nous/Reprodução

Homenagear María Lugones no segundo ano após a sua morte é algo pensado a partir do reconhecimento dessa intelectual no reencontro ou na descoberta das feministas brasileiras e latino-americanas com uma teoria própria, que desconstrói o cânone acadêmico e abre para uma virada epistêmica, ao mesmo tempo em que alimenta práticas e utopias.

Pensar Lugones dois anos depois é buscar entender o alcance de sua influência, que vai sendo sorvida em um momento de tensões sociais acirradas, em que o eurocentrismo ainda predomina e se impõe sobre o território latino-americano e o Sul global. E se essa centralidade branco-europeia se perpetua e é sentida, na intersecção entre raça, gênero e situação geopolítica, os esforços intelectuais de Lugones reverberam e não param de abrir novas opções teóricas, outros caminhos de luta e resistência. Leia Mais

Mulheres em Pesquisa/Revista Estudos Feministas/2022

A Revista Estudos Feministas completa 30 anos de publicação ininterrupta em um momento crucial do Brasil. Um momento em que o feminismo enfrenta, por um lado, uma oposição aberta e ferrenha, baseada em uma articulação política de direita, que retoma valores fascistas com discursos inspirados na consigna “Deus, Pátria e Família” (família patriarcal e cisheteronormativa, é claro). Ao mesmo tempo, o feminismo ganhou novo impulso com o engajamento de mulheres jovens, e de articulações anticapitalistas e antirracistas (Heloísa Buarque de HOLLANDA, 2018). As mulheres negras, mulheres indígenas e camponesas se apropriam dessa palavra tão destratada pela direita, e fazem sua a bandeira do Espelho de Vênus (Branca M. ALVES; Jacqueline PITANGUY; Leila L. BARSTED; Mariska RIBEIRO; Sandra BOSCHI, 1981), que antes era identificada pela esquerda como algo um tanto pequeno burguês (Joana PEDRO; Cristina WOLFF; Janine SILVA, 2022). A campanha contra as violências de gênero, que passam a incluir as homofóbicas e transfóbicas, os assédios, os feminicídios e a violência doméstica, sem falar em violências no ambiente virtual, adquire, nesse contexto, um destaque político mais expressivo, ocupando o centro do debate eleitoral. Leia Mais

Estudos Feministas | UFSC | 1992

Estudos Feministas

A Revista Estudos Feministas (Florianópolis, 1992-) é uma revista trimestral indexada que circula nacional e internacionalmente, com o objetivo de divulgar textos cientificamente originais nos idiomas português, espanhol e inglês, na forma de artigos, ensaios e resenhas sobre gênero e feminismos que possam estar relacionados a um disciplina particular ou interdisciplinar em sua metodologia, teoria e literatura. Os artigos publicados contribuem para o estudo de questões de gênero e derivam de diferentes disciplinas: sociologia, antropologia, história, literatura, estudos culturais, ciência política, medicina, psicologia, teoria feminista, semiótica, demografia, comunicação, psicanálise, entre outras.

Trabalha em regime de rotação institucional desde 1992 e foi publicado pela primeira vez pela Coordenação Interdisciplinar de Estudos Contemporâneos da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Posteriormente, o Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais e o Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro assumiram a responsabilidade pela edição da Revista. Desde 1999, o Centro de Filosofia e Ciências Humanas e o Centro de Comunicação e Expressão da Universidade Federal de Santa Catarina abrigam a revista. Atualmente, é incorporado ao Instituto de Estudos de Gênero, órgão que reúne pesquisadores de diferentes disciplinas [áreas de conhecimento e atividade] da UFSC, que têm como denominadores comuns os estudos feministas e as perspectivas de gênero.

Periodicidade quadrimestral

Acesso livre

ISSN 0104-026X (Impresso)

ISSN 1806-9584 (Online)

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