El sistema de defensas de Puerto Rico (1493-1898) | Nuria Hinarejos Martín

El estudio de la historia de la ingeniería militar tiene una larga trayectoria en España, aunque su estudio desde el campo de la historia del arte o de la arquitectura es mucho más reciente. En este sentido, los trabajos de Alicia Cámara y su equipo resultan claves y han definido líneas de trabajo aún activas. Mientras que estos autores se han focalizado principalmente en el ámbito peninsular o mediterráneo, otros investigadores como González Tascón o Capel y su equipo se han concentrado en la relación de la ingeniería peninsular con la realizada en América durante la época virreinal, ámbito que ha vivido una revitalización muy significativa en los últimos años a ambos lados del Atlántico, siendo escasos ya los países caribeños que no cuentan en las últimas dos décadas con al menos una monografía sobre el tema escrita por autores nacionales y extranjeros. En este sentido, habría que destacar los trabajos y la dirección académica de Miguel Ángel Castillo Oreja, tutor de la tesis que sirve de base a la monografía que se reseña. Leia Mais

A história ambiental do capitalismo no mundo colonial, séc. XV-XIX | Tempo | 2022

Colonizacao extinguiu metade das cobras e lagartos de arquipelago no Caribe Jose Francisco Dos Santos EyeEmGetty Images
Colonização extinguiu metade das cobras e lagartos de arquipélago no Caribe | Jose Francisco Dos Santos / EyeEm/Getty Images

História ambiental

Um espectro ronda a formação da história ambiental como campo disciplinar: o espectro da crise ecológica planetária. Ao longo de um pós-guerra marcado pela crescente hegemonia do capital financeiro ocidental, a intensificação de processos de extração e industrialização e o aumento exponencial da população mundial, certos movimentos sociais de cunho “ambientalista” se consolidaram com base em grupos da classe média e alta em países industrializados norte-americanos e europeus. Porta-vozes, polemistas e manifestantes ambientalistas no pós-guerra conscientizaram seus públicos sobre questões de biodiversidade e sustentabilidade, pressionando a elite político-administrativa de vários órgãos governamentais a legislar e estabelecer ordens regulatórias voltadas à “proteção ambiental”, como foi o caso nos Estados Unidos. Com exceção dos movimentos mais diversos e radicais de Environmental Justice (cf. Pellow, 2017), inicialmente as manifestações principais do movimento ambientalista norte-americano, tendo em conta obras de referência como as de Rachel Carson e Garrett Hardin, articulavam seus objetivos dentro das estruturas do Estado-nação. Com frequência, medidas rumo à sustentabilidade ecológica foram imaginadas tanto por ambientalistas quanto por governantes como formas de remediar danos perpetrados por coletivos humanos nem sempre claramente definidos, reconhecidos, porém, como ameaças à viabilidade de conglomerações não humanas imaginadas como “natureza”, separadas ontologicamente da esfera humana. Tais ameaças à ordem ecológica eram vistas – e continuam sendo vistas – em múltiplas escalas temporais e cronológicas: o choque de um cataclismo nuclear, o desgaste nocivo da poluição agroindustrial, a extração desinibida de recursos naturais precipitando extinções de espécies diversas, o esgotamento de recursos naturais necessários para o sustento da vida no planeta. Ao movimento ambientalista do pós-guerra, por fim, não faltavam narrativas de declínio ou apocalipse planetário; faltavam historiadores. Não foi por acaso, portanto, que o campo conhecido como história ambiental se cristalizou na historiografia internacional ao longo das últimas décadas do século XX. Leia Mais

Las conexiones del mundo y el Atlántico/ 1450- 1850 | Marcello Carmagnani

El libro Las conexiones del mundo y el Atlántico, 1450- 1850, es una novedad editorial de la pluma de Marcello Carmagnani. En español, es una coedición de El Colegio de México, el Fideicomiso Historia de las Américas y el Fondo de Cultura Económica. 1 Es una contribución necesaria de una interpretación de la historia mundial que toma como escenario central el océano Atlántico. Lo hace mediante una serie de elementos que se constituyen en ejes de análisis de un problema extenso, complejo, diverso, con diferentes aristas y de gran aliento. Se ocupa de un espacio de amplias dimensiones, en el que se involucran de manera directa, tradiciones culturales de varios orígenes como las europeas, africanas y americanas; pero junto con ellas, también, las del continente asiático, sin dejar de ver las especificidades. Leia Mais

O Poder Naval e as disputas pelo território no Brasil Colonial (1500-1808) | Navigator | 2021

O volume 17, número 33, 2021, da Revista Navigator traz para os leitores textos sobre eventos históricos dos séculos XVI e XVII que, em conjunto, integram o dossiê “O Poder Naval e as disputas pelo território no Brasil Colonial (1500-1808)”. O dossiê teve por objetivo trazer contribuições que cobrissem conflitos entre portugueses, espanhóis, franceses e neerlandeses pelo território do Brasil, com foco nos aspectos navais, econômicos e políticos.

A proposta do dossiê surgiu a partir de uma reflexão feita após a leitura de um dos capítulos de “Os holandeses no Brasil”, escrito pelo historiador inglês Charles R. Boxer em 1957. No texto, intitulado “O mar domina o Brasil”, Boxer, assim como em outros escritos de sua autoria, mostrou a centralidade da guerra naval para o desfecho de conflitos entre portugueses, espanhóis e neerlandeses nas Capitanias do Norte do Estado do Brasil e na sede do governo colonial, Salvador. Parte das lutas entre europeus no Brasil teve origem em fins do século XVI, na sequência da guerra de independência das Províncias Unidas contra o Império Habsburgo e expandiu-se para o ultramar, com grande intensidade, ao longo do século XVII, tendo amplitudes e repercussões locais, regionais, atlânticas e globais. Leia Mais

¡Nunca más esclavos! Una historia comparada de los esclavos que se liberaron en las Américas | Aline Helg

Basado principalmente en bibliografía especializada producida en inglés, francés y español durante los últimos treinta años, este libro de la historiadora Aline Helg estudia la capacidad de acción política de quienes sufrieron la esclavitud en las Américas. Para ello, analiza los esfuerzos de los esclavos para alcanzar la libertad. La obra explora el periodo previo a la consolidación de las doctrinas y políticas abolicionistas del siglo XIX, llevando a los lectores por un recorrido de más de tres siglos entre 1492 y 1838. Si bien las sociedades esclavistas mejor conocidas (Cuba, Brasil, el Sur de Estados Unidos y Haití) cumplen papel protagónico, Helg entra también en detalle sobre las menos estudiadas (incluye a Colombia, Guadalupe, Barbados y Demerara). Se trata, por lo tanto, de una síntesis histórica comparada sobre hombres y mujeres cautivos que “por la fuerza, el sacrificio, la astucia, la paciencia o el azar, consiguieron obtener su libertad” (p. 10). Leia Mais

O comércio de marfim no mundo atlântico: circulação e produção (séculos XV a XIX) | Vanicléia Silva Santos, Eduardo França Paiva e René Lommez Gomes

Lançada em 2018 pela Clio Gestão Cultural e Editora, a obra O comércio de marfim no mundo atlântico: circulação e produção (séculos XV a XIX) integra o sétimo volume da série Estudos Africanos, promovido pelo Centro de Estudos Africanos da Universidade Federal de Minas Gerais (Diretoria de Relações Internacionais). A proposta da série é fomentar um pensamento multidisciplinar e etnicamente diverso ao criar e fortalecer parcerias entre pesquisadores brasileiros e estrangeiros em diferentes áreas de atuação. Sônia Queiroz, professora do departamento de Letras da UFMG e membra do Centro de Estudos Africanos (CEA), na apresentação da série, afirma ser pretensão do volume “dar materialidade à cooperação Brasil-África” (SANTOS; PAIVA; GOMES, 2018, p. 10).

O livro faz parte de uma consistente parceria de pesquisa entre a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a Universidade de Lisboa (UL), que objetiva realizar o levantamento de novas fontes e dados sobre a produção, circulação e usos do marfim no contexto atlântico. Tal parceria foi criada em 2013 e reafirmada em 2015 no projeto Marfins Africanos no Mundo Atlântico: uma reavaliação dos marfins luso-africanos, financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) de Portugal. A intenção do projeto, e das produções acadêmicas financiadas por ele, como o volume em questão, é compreender a circulação atlântica dos marfins africanos e suas articulações com o Índico; investigar a diversidade de centros produtores de objetos de marfim na África e suas linguagens artísticas; complexificar os estudos do marfim africano em seus aspectos cultural, intelectual e material; e trazer novas informações a respeito da multiplicidade de intercâmbios culturais estabelecidos em diversas áreas do Atlântico e do Índico. Os pesquisadores buscam, assim, preencher a lacuna historiográfica sobre o tema em relação ao Brasil, à África em suas diversidades culturais e econômicas e às rotas atlânticas. Leia Mais

Caracterización técnica de la escultura policromada en la Nueva Granada | Yolanda Pachón

Una de las ideas más generalizadas que se ha tenido sobre la escultura de los siglos XVI al inicio del XIX en Colombia es que se trata de un campo poco estudiado, sin embargo, Yolanda Pachón en su imprescindible libro Caracterización técnica de la escultura policromada en la Nueva Granada evidencia el gran trabajo realizado durante décadas por restauradores y alumnos de la carrera de Restauración, tanto dentro del pionero Centro Nacional de Restauración de Colcultura como en su continuación dentro de la Universidad Externado de Colombia.

El mérito del libro no solamente se encuentra en la revisión de las historias clínicas de 172 obras que contaban con análisis de laboratorio (de una revisión inicial de 238) trabajadas por las instituciones antes mencionadas y también del archivo personal de la autora, sino en la capacidad de análisis y síntesis de la profesora Pachón para realizar la caracterización de la escultura neogranadina, campo que domina ampliamente. Leia Mais

As margens da liberdade: Estudo sobre a prática de alforrias em Minas colonial e provincial | Andréa Lisly Gonçalves

Reconstituir as trajetórias de mulheres e homens africanos, crioulos e mestiços que experimentaram a transição da condição de escravo para liberto: esta é a pretensão de Andrea Lisly Gonçalves no livro As margens da liberdade. Apresentado como tese de doutorado em 2000 na USP, o volume se insere na produção historiográfica que desde a década de 80 do século XX busca compreender as variadas dinâmicas envolvidas no passado escravista colonial e imperial brasileiro. As ideias de Gonçalves foram concebidas ao longo dos anos de 1990 contemporaneamente e em diálogo com algumas obras que se tornaram referência para o estudo da escravidão.

O ponto central do trabalho é a análise da prática de alforria em Minas Gerais, com ênfase na Comarca de Ouro Preto. O estudo empreendido para o século XVIII usa uma base de documentação por amostragem correspondente aos anos de 1735 a 1740 para o Termo da Vila do Ribeirão do Carmo e 1770 a 1775 para o Termo de Mariana. Já para o século XIX há um aprofundamento maior com o uso de fontes em série produzidas nos âmbitos dos Termos de Mariana e de Ouro Preto. Leia Mais

A corporação que mudou o mundo: como a Companhia das Índias Orientais moldou a multinacional moderna | Nick Robins

Nick Robins seguiu uma opção de carreira pouco comum entre historiadores: entrou para o meio empresarial, envolvendo-se com questões relacionadas à responsabilidade social das corporações e atualmente está dirigindo o Centro de Mudanças Climáticas do HSBC. Esse currículo inusitado deixou- -o especialmente preparado, talvez, para a temática deste livro: a história da primeira grande multinacional que foi, ao mesmo tempo, um capítulo importante na construção do imperialismo britânico.

Sem declará-lo explicitamente, a obra parece estar afiliada à corrente historiográfica da “nova história imperial” inglesa, voltada para a influência recíproca entre metrópole e colônias e destas umas com as outras. Segundo Tony Ballantyne, um dos expoentes dessa linha de pesquisas, o império assemelha-se a uma complexa teia por onde circulam capital, pessoas e ideias e na qual um lugar pode ocupar várias posições – o centro administrativo de uma colônia exercia a função de “centro subimperial”, subordinado à metrópole, mas dominante em relação ao restante da colônia e, por vezes, também em relação a outras colônias2. Robins mostra a Companhia das Índias Orientais como um fio crucial na teia imperial, capaz de exercer um impacto dramático na Inglaterra, Índia, Estados Unidos e China. Leia Mais

Empires of the Atlantic World: Britain and Spain in América 1492-1830 | J. H. Elliot

En esta obra, el reconocido hispanista británico J. H. Elliot se propone como objetivo escribir lo que en 1932 Herbert Bolton llamó una “historia épica de la Gran América”. Esta es una tarea necesaria, ya que, como bien afirma el autor, el diálogo entre los historiadores de las “diferentes Américas” nunca fue cercano. De hecho, queda un lugar muy escueto, en general, para una participación y un intercambio más fluido entre estos investigadores. Los historiadores de México, Andes y Brasil estudian, en general, aisladamente, a la vez que los historiadores que observan las colonias norteamericanas se abocan al análisis de cada colonia por separado. Es importante señalar dos esfuerzos previos que marcan un precedente al estudio de Elliot: el trabajo Señores de todo el mundo. Ideologías del imperio en España, Inglaterra y Francia (en los siglos XVI, XVII y XVIII), de Anthony Pagden (1997) y Los imperios transatlánticos. Las redes del comercio y de las Revoluciones de Independencia, de Peggy K. Liss (1989). Leia Mais