Politics of temporalization: medievalism and orientalism in nineteenth-century South America | Nadia R. Altschul

Nádia Altschul é uma estudiosa que atua no campo do neomedievalismo. Com doutorado na Universidade de Yale, é autora de livros como La literatura, el autor y la critica textual, de 2005, e Geographies of philological knowledge: postcoloniality and the transatlantic national epic, de 2012, e coeditora de Medievalisms in the postcolonial world, de 2009. É também professora na Universidade de Glasgow, onde se dedica à pesquisa sobre os efeitos colonialistas do medievalismo e do orientalismo na América Latina.

Seu mais novo livro, Politics of temporalization: medievalism and orientalism in nineteenth-century South America, lançado em 2020 pela University of Pennsylvania Press, traz novas perspectivas aos estudos de neomedievalismo, enfatizando uma abordagem que incorpora o olhar da América Latina. Se pensarmos no conjunto da produção da autora, este estudo marca seu posicionamento teórico em relação aos estudos sobre o neomedievalismo, posto que, embora já tivesse realizado trabalhos sobre autores sul-americanos, em Politics of temporalization ela se dedica exclusivamente à região, considerando especificamente o Chile, a Argentina e o Brasil. Leia Mais

Blood Matters: Studies in European Literature and Thought/ 1400-1700 | Bonnie Lander Johnson e Eleanor Decamp

Sangue Imagem Classen Rafael EyeEmGetty ImagesSuperinteressante

Sangue | Imagem: Classen Rafael / EyeEm/Getty Images/Superinteressante

This interdisciplinary collection of essays, emerging from a conference held at Oxford University and edited by scholars with interests in literature and medicine in early modern England, seeks to establish how the inhabitants of late medieval and early modern Western Europe defined blood, and to uncover how references to blood were deployed in descriptions of the human condition across various literary forms.  The volume is divided into five thematic sections. As will be discussed later in this review, though, there are connections between essays in different parts of the volume, and around two-thirds of the contributors (11) hold positions in departments of English or Literary Studies, while a smaller number define themselves as cross-disciplinary scholars or reject disciplinary labels completely. Many authors focus on English-language texts produced in England, but several essays draw on evidence from other parts of Western Europe, or incorporate material from texts translated into English from other languages, particularly French, German, and Italian.

Section one, on circulation, begins with Margaret Healy critiquing the work of Christopher Hill, who argued that William Harvey ‘dethroned’ the heart in his writings after 1649 and afforded primacy to ‘democratic’ blood. Healy demonstrates that Harvey in fact emphasised the importance of both heart and blood throughout his career; that ideas about circulation as a beneficial phenomenon dated back to ancient Egypt and were promoted in the Renaissance by Hermetic and Platonic philosophers; and that circulation as a political concept featured in the writings of diverse philosophers, such as Thomas Hobbes, James Harrington, Gerrard Winstanley, and Daniel Defoe. Jumping back in time to Renaissance Italy, Heather Webb explores how the movement of blood and blood-based spirit through and out of the bodies of late medieval Christians was imagined in the writings of Dante and Catherine of Siena as a means of binding individuals into spiritual and social communities, while Katherine Craik uses evidence from 2 Henry IV and Henry V to demonstrate how characters in these plays reinforce and undermine differences of class, with notions that noble blood was more refined and precious being challenged by the ways in which the blood shed by different sorts of men was depicted intermingling on imagined battlefields. Leia Mais

Forbidden Passages. Muslims and Moriscos in Colonial Spanish America | Karoline P. Cook

El nuevo libro de Karoline Cook es más que bienvenido. Su razón es sencilla: hasta la fecha no existía una monografía sobre la inmigración morisca a las colonias hispanas en América durante los siglos XVI y XVII. Su justificación es más compleja, pero enriquecedora a la vez: el tema de los moriscos adquiere para la sociedad hispana y sus colonias de ultramar una relevancia específica, porque para entonces era deplorable tener un antepasado musulmán, judío, indígena o africano. Por tanto, las identidades se convertían en estrategias para camuflar, en la medida de lo posible, un pasado “impuro”. Un musulmán convertido al cristianismo se encontraba en la mira de la Inquisición por posible herejía, quedaba bajo la sospecha de impureza de sangre, lo que, a su vez, entorpecía el acceso al poder y lo hacía blanco de las redes de vigilancia de la Casa de Contratación que, de este modo, podía prohibir su migración a las colonias. El miedo fue el aliado más poderoso de este aparato normativo, que reducía a los moriscos a una categoría peyorativa equiparable con la desconfianza. Los musulmanes habían sido construidos como enemigos del pasado y presente a partir del espíritu medieval de las cruzadas. Con esta herencia, después de la Reconquista (1492), los levantamientos de las Alpujarras (1568-1571) y diferentes expulsiones fueron resignificados, también con ecos transatlánticos, como inasimilables, rebeldes y desleales. Se imaginaron como aliados del imperio otomano, cercanos a los bereberes del norte de África o, incluso, asociados con enemigos protestantes. Leia Mais

The Plantation Machine: Atlantic Capitalism in French Saint-Domingue and British Jamaica | Trevor Burnard e John Garrigus

The Plantation Machine: Atlantic Capitalism in French Saint-Domingue and British Jamaica expõe, por meio de uma história comparada, as similaridades entre São Domingos e Jamaica. A obra, escrita por Trevor Burnard e John Garrigus, – ambos especialistas em Jamaica e São Domingos, respectivamente – mostra como as possessões caribenhas se assemelhavam em sua configuração social e econômica, mesmo que administradas por uma França absolutista e por uma Inglaterra parlamentarista. Escrita a quatro mãos, o livro é o que se tem de mais atual na bibliografia recente sobre as histórias dessas duas colônias e tem aquele ar clássico de uma produção acadêmica que marcará época na bibliografia atual e futura sobre o sistema mercantilista atlântico.

O recorte cronológico escolhido pelos autores cobre o período de 1740 a 1788, momento de acelerado crescimento da produção açucareira nessas duas colônias. Os autores também identificam Jamaica e São Domingos como integrantes de suma importância para suas metrópoles na integração econômica global e sua inserção no funcionamento do Capitalismo Atlântico do século XVIII. Leia Mais

African Kings and Black Slaves: Sovereignty and Dispossession in the Early Modern Atlantic | Herman L. Bennett

Em sua introdução a este importante livro, Herman Bennett começa explicando como ele próprio foi levado ao tema da soberania africana no início do mundo atlântico moderno. Como estudante de pós-graduação que fazia pesquisa no Arquivo Nacional da Torre do Tombo, em Lisboa, Bennett cruzou com uma coleção de mapas e documentos comemorativos dos quinhentos anos de contorno do Cabo da Boa Esperança (1488) por uma esquadra sob o comando de Bartolomeu Dias. Bennett observou que esses velhos documentos revelavam uma história específica da diplomacia renascentista, na medida em que os portugueses receberam como seus iguais emissários de toda a África e Ásia; algo que falava sobre uma história do poder e da soberania que, como Bennett aponta, tem sido pouco abordada pela bibliografia sobre as relações mais remotas entre a África e a Europa. Leia Mais

A Licentious Liberty in a Brazilian Gold-Mining Region. Slavery/ Gender and Social control in Eighteenth-Century Sabará/ Minas Gerais | Kathleen J. Higgins

Resenhista

Ernest Pijning – Historiador brazilianista em professor da Minor State University, Dakota do Norte (EUA).

Referências desta Resenha

HIGGINS, Kathleen J. A Licentious Liberty in a Brazilian Gold-Mining Region. Slavery, Gender and Social control in Eighteenth-Century Sabará, Minas Gerais. University Park, PA: University of Pennsylvania Press, 1999. Resenha de: PIJNING, Ernest. História Revista. Goiânia, v.6, n.1, p.223-225, jan./jun.2001. Acesso apenas pelo link original [DR]