Dicionário Gramsciano (1926‐1937) | Guido Liguori e Pasquale Voza

Organizado pelos italianos Guido Liguori e Pasquale Voza, o Dicionário Gramsciano se inscreve, sem demora, entre as obras de referência para os pesquisadores, do campo marxista ou fora dele, mas também como um incentivo para os iniciantes das obras do autor, a partir das expressões de Antonio Gramsci.

Publicado na Itália em 2009 e no Brasil em 2017, no octogésimo aniversário da morte do pensador marxista, conta com mais de 600 verbetes dispostos em 831 páginas. Com a colaboração de estudiosos de Gramsci, a produção é prova do vigor dos estudos desenvolvidos e pesquisas especializadas no autor1 e revela a importância do seu pensamento para compreender o nosso tempo, o momento extremamente complicado, em termos de contexto político regional e mundial. O seu léxico produziu fascínio por décadas e os adeptos das idéias desse importante intelectual e político do século XX comemoram a vinda desse importante manual. Leia Mais

O Século XX em Goiás: O advento da modernização | Cristiano A. Arrais, Eliéser Oliveira, Tadeu A. Arrais

A história explica o passado, ajuda a entender quem somos hoje e, para os leitores mais atentos, pode dar pistas importantes sobre caminhos a seguir. O livro O Século XX em Goiás: O advento da modernização apresenta, de forma sóbria e objetiva, o processo histórico de formação do estado goiano e sua modernização recente. Fatos cruciais nessa trajetória são apresentados com base em documentos, mapas e imagens escrutinados pelos autores Cristiano Arrais, Eliéser Oliveira e Tadeu Arrais. A modernização de Goiás é contextualizada a partir do estudo da infraestrutura construída, das transformações em setores dinamizadores da economia e das mudanças sociais e populacionais ocorridas no último século.

O primeiro capítulo, Circulação, detalha o desenvolvimento do sistema de transporte em Goiás e sua influência na configuração atual do espaço. O capítulo seguinte, Economia, retrata o desenvolvimento econômico do estado, ressaltando o desenvolvimento da agropecuária moderna e o recente progresso industrial. O capítulo Sociedade descreve o desenvolvimento dos sistemas de saúde e educação e o capítulo Urbanização analisa a expansão urbana recente. Essa evolução histórica resultou em avanços importantes para a modernização inicial do estado. Leia Mais

História da República Romana | Henrique Modanez Sant’Anna

Ao analisar a obra The Cambridge Ancient History: The Last Age of the Roman Republic, 146–43 B.C. (BOWMAN; CHAMPLIN; LINTOTT, 1992), uma das obras mais influentes sobre o período, e que lida apenas com os acontecimentos da segunda metade do período da República Romana (509 a.C. – 31 ou 27 a.C.), fica claro a qualquer leitor bem informado que ele estará diante de uma cadeia quase interminável de acontecimentos importantes que não só serão importantes para a compreensão do mundo romano, mas também para todas as reinterpretações históricas decorrentes destes eventos. Afinal, este período abrange acontecimentos diversos e muito complexos, como as guerras entre Roma e Cartago pela hegemonia mediterrânica, os processos de lutas sociais pela aquisição da cidadania pelas populações da Itália, a questão agrária defendida pelos irmãos Graco, a revolta de Espártaco, a expansão do Império romano e a consequente corrupção nos tribunais para controlar o envio de magistrados que iriam extorquir as províncias, Pompeu e os piratas no Oriente, César e a Gália no Ocidente, os triunviratos e, por fim, as guerras civis entre César e Pompeu, mas também aquelas que tiveram lugar com Otávio e Antônio, entre eles, mas também contra Brutus e Cássio, além da guerra contra o filho de Pompeu. Isso somente para enumerar alguns dos acontecimentos que possivelmente serão lembrados por qualquer curioso sobre o período que venha a ter contato com esse imenso compêndio. Leia Mais

Do Pacto e Seus Rompimentos: os Castros Galegos e a condição de traidor na Guerra dos Cem Anos | Fátima Regina Fernandes

O princípio da territorialidade começa a ser delineado na Baixa Idade Média, ainda que a experiência jurídica medieval, segundo Paolo Grossi (2014), possa ser caracterizada pela existência de um pluralismo no âmbito do direito. “Pluralidade de tradições e de fontes de produção no interior de um mesmo ordenamento jurídico” (GROSSI, 2014, p. 65). Ciente desta complexidade de tradições e de interpretações jurídicas coexistentes, é que Fátima Fernandes se propõe a discutir a condição de degredados e de traidores em um contexto específico, ou seja, durante as guerras entre Portugal e Castela, iniciadas em 1369. Após o assassinato do legítimo rei de Castela, Pedro I (23 de Março de 1369), por seu irmão bastardo, Enrique de Trastâmara (Henrique II), o rei português D. Fernando apoiado por várias cidades da Galiza e por partidários de Pedro, o Cruel, reivindica a coroa castelhana alegando ter-lhe direito por ser bisneto de Sancho IV. Essas guerras representavam, portanto, quadros da Guerra dos Cem Anos (1337-1453), pois Pedro de Castela era partidário dos ingleses e seu meio-irmão Enrique, inicialmente dos franceses (NASCIMENTO, 2011). Leia Mais

El futuro es un país extraño: una reflexión sobre la crisis social de comienzos del siglo XXI | Josep Fontana I Làsaro

A tópica do imperativo da esperança do mundo melhor remonta ao Gênesis, ao dilúvio e aos tempos imemoriais. Mas foi a partir do século 18, no torvelinho da corrente de dessacralização do fluxo da vida, que essa categoria ganhou o sentido de progresso e evolução permanente que sugere que dias melhores sempre virão. A leitura retroativa indicava que a vida das pessoas vinha de melhora em melhora desde o êxito dos Otomanos sobre Constantinopla. O século 19 não simplesmente ia amplificar os ganhos da revolução industrial do ferro, do algodão e da especialização do trabalho como avançaria sobre diversos campos de inovação científica e tecnológica que desembocaria na belle époque da fin-de-siècle. Esse tempo sublime, eivado de sentimentos de identificação e de necessidades de reconhecimento, levaria os mandatários germânicos após Bismarck a querer contar para além de suas fronteiras impondo aos demais a outorga de seu lugar ao sol. Leia Mais

DIctablanda: works, politics and culture | Paul Gillingam e Benjamin Smith

Dictablanda: works, politics and culture (2014) é o novo livro dos mexicanistas Benjamin T. Smith1 (Universidade de Warwick, Coventry, Reino Unido) e Paul Gillingham2 (Universidade da Pensilvânia, Filadélfia, EUA). Ambos são professores de História da América Latina, mas possuem uma trajetória acadêmica voltada à reflexão das políticas socioculturais do Estado mexicano no período pós-revolução (1940-1988). Sendo assim, no começo de 2013, juntaram-se com o intuito de organizar uma obra cuja premissa fosse a síntese de suas percepções e apreensões sobre o momento mencionado.

A obra recém-publicada pondera, sobretudo, acerca do poder no México após o turbulento estrondo da Revolução Mexicana (1911-1920) e, por essa mesma razão, sua reflexão vai muito além da altercação dicotômica (e também um lugar comum) que envolve as noções de democracia e ditadura. Oferecendo, em seu lugar, uma nova perspectiva aos estudiosos desse período tão complexo: a “dictablanda” (ou, em português, a ditabranda, referindo-se ao longevo regime do Partido Revolucionário Institucional (PRI; 1930-2000) e às suas posturas ditatoriais relativamente brandas). Leia Mais

Oder Auschwitz Vor Gericht | Ronen Steike

Ronen Steinke’s essay is characterised by the journalistic style the author chose for his work, which however is supported by a wide array of documents as evidence of his reading of Fritz Bauer’s life and work. The subtitle of the book is quite a different matter, though, as it sounds restrictive compared with the contents and in fact with the Attorney General himself.

His work is not just about the Auschwitz-Prozess, even if that was the highlight and maybe also the beginning of a downward parabola in Bauer’s legal career, but there were also another two key events, as also perfectly recalled by Steinke’s book, such as his decisive cooperation with the Israeli secret service in finding Adolf Eichmann ‑ in order to have him tried in Israel, and not in Germany, where, due to the magistracy’s compromised position with the earlier regime, he would not have been fairly tried – and the Remer-Prozess which rehabilitated Claus Schenk von Stauffenberg and all those who had made an attempt on Hitler’s life on July 20th 1944. Leia Mais

As ideias conservadoras – Explicadas a revolucionários e reacionários | João Pereira Coutinho

João Pereira Coutinho é formado em História pela Universidade do Porto, Doutor Teoria Ciência Política pela Universidade Católica Portuguesa, na qual atua como professor convidado. Entre suas publicações destacam-se “Jaime e Outros Bichos” e “Avenida Paulista” (2007). Iniciou mais tarde uma carreira na área jornalística como colunista d’ O Independente (1998-2003), da revista Atlântico e do jornal Expresso (2004-2009). Atualmente é colaborador do Correio da Manhã e da Folha de S. Paulo (Brasil).

O seu livro “As ideias conservadoras – Explicadas a revolucionários e reacionários” constitui um ensaio sobre o tema do conservadorismo, conquanto alguns temas secundários – a exemplo do pensamento reacionário e revolucionário – também estejam incorporados à sua análise. O texto divide-se em seis partes ou capítulos, além, é claro, da introdução, da conclusão e das referências bibliográficas, acrescido das notas (inseridas ao final do texto) e de um índice remissivo. Leia Mais

Cristianismo e relativismo. Verdade ou fé frágil? | René Girard e Gianni Vattimo

No campo semântico da pós-modernidade palavras como niilismo, relativismo e pluralismo ocupam uma posição central. Conquanto se conteste, amiúde, a novidade desta centralidade – que seria por sua vez, desde sempre, moderna – ou, pelo contrário, se afirme a sua especificidade pós-industrial e globalizada, alguns temas recorrentes, no discurso das ciências humanas, permitem que se lance luz sobre esta “zona obscura” de sentido – e um deles, não resta a menor dúvida, é a religião.

Em que sentido o pensamento sobre a pós-modernidade, ou, antes, o pensamento pós-moderno, pode contribuir acerca das relações entre sociedade secularizada e religião? Como uma tradição que se quer niilista, relativista e pluralista poderá se ocupar do propalado “autoritarismo das religiões”? Que poderá ela dizer? De que instrumentos se servirá? Leia Mais

O trabalho escravo contemporâneo: a degradação do humano e o avanço do agronegócio na região Araguaia-Tocantins | Paulo Henrique Costa Mattos

O fenômeno da escravidão rural contemporânea brasileira vem sendo denunciado em âmbito nacional e internacional, pelo menos, desde o início da década de 1970. Na década seguinte, surgiu a primeira onda de estudos sobre o tema ou que o incluem. De certa forma, entretanto, a simples existência da expressão “trabalho análogo ao de escravo”, no artigo 149 do nosso Código Penal de 1940 (este Código é ainda o atual, apesar das inúmeras alterações sofridas), mesmo que efetivamente bem pouco operante como instrumento de coibição, já refletia a admissão de que algo ocorria em nosso território.

Desde o final da década de 1980, mudanças começam a se avizinhar em função do êxito dos protestos de organismos da sociedade civil brasileira, os sindicatos, a Comissão Pastoral da Terra e as entidades de defesa dos direitos dos trabalhadores. Além das mudanças no quadro das representações político-partidárias nacionais, as denúncias contra o trabalho escravo lograram encontrar eco em instituições internacionais. Assim, o governo brasileiro foi pressionado, na década de 1990, pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), a conduzir reformas que aperfeiçoassem o aparato do Estado para o combate à prática do trabalho rural forçado. Leia Mais

Os cangaceiros: ensaio de interpretação histórica | Luiz Bernardo Pericás

Muitos trabalhos sobre o cangaço, principalmente sobre Lampião, já foram publicados. O cangaço serve e serviu de tema para diversas pesquisas acadêmicas ou de intelectuais não vinculados aos centros universitários, cordelistas, romancistas e cineastas. Em 2010 foi publicado o livro “Os cangaceiros: ensaio de interpretação histórica” do historiador Luiz Bernardo Pericás. Apesar de ter uma trajetória de pesquisa aparentemente um pouco distante dos cangaceiros, Pericás foi mais um que se encantou com o tema e realizou uma brilhante pesquisa cujo resultado é o excelente livro citado.

O livro aqui resenhado teve como meta analisar as diversas explicações dadas ao fenômeno do cangaceirismo. Assim, algumas generalizações são desconstruídas rompendo com interpretações românticas, fatalistas e deterministas acerca do tema. Um dos elementos mais importantes do livro (e talvez a contribuição mais positiva) foi o de tirar (ou ao menos contestar) os cangaceiros do enquadramento do banditismo social, defendido por Eric Hobsbawm. Além disso, não podemos deixar de lembrar que Pericás procurou analisar o que foi escrito sobre outros cangaceiros que circularam no sertão nordestino antes de Lampião: Antonio Silvino, Sinhô Pereira, Jesuíno Brilhante e Lucas da Feira. Leia Mais

Protestantismo Ecumênico e Realidade Brasileira: Evangélicos Progressistas em Feira de Santana | Elizete Silva

Investigar a diversidade do mundo protestante não é tarefa fácil para historiadores. É comum encontrar preconceito, por parte das lideranças, contra a própria realização da pesquisa. Prefere-se as efemérides e os registros comemorativos, ao invés da análise histórica, mesmo que compreensiva. Outro problema são as fontes existentes, nem sempre disponibilizadas. Na verdade, boa parte delas foi sequer conservada, sendo comum as igrejas jogarem fora os “papéis velhos” para liberar espaço. Há ainda as grandes divergências internas, as vezes por motivos aparentemente pequenos, só perceptíveis para quem observa de perto o campo evangélico.

Foi o que fez a autora dessa obra, tanto em termos de escolha do movimento pesquisado quanto em termos de escala geográfica. A cidade de Feira de Santana, segundo município em presença populacional e em importância econômica no estado da Bahia, oferece um micro-cosmo para a análise local das tendências históricas mais gerais. O protestantismo brasileiro entrava em sua terceira geração quando buscou fincar raízes sociais e culturais, já não era uma proposta trazida por estrangeiros, e esse é o tema da obra: o protestantismo progressista. Leia Mais

Templars and Hospitallers as Professed Religious in the Holy Land | Jonathan Simon Christopher Riley-Smith

As relações entre templários e hospitalários, assim como a explicitação de suas especificidades, suscitaram discussões e debates cuja relevância é demonstrada, sobretudo, tanto pelas fontes papais relativas aos conflitos e concórdias estabelecidos entre eles, quanto pelo exame comparativo da documentação normativa de ambas as instituições. Tendo em mente essa pertinência, o historiador inglês Jonathan Simon Christopher Riley Smith se propôs a realizar uma comparação entre a Ordem do Hospital e a Ordem do Templo, estabelecendo uma discussão a partir do que chamou de “seu papel primário como ordens religiosas” (Riley-Smith, 2009, p. 2).

Riley-Smith utilizou, como suporte para seu estudo, crônicas, os textos normativos das instituições, além da arquitetura dos edifícios das duas ordens na Palestina. Segundo o autor, a valorização do aspecto militar do Hospital de São João nos séculos XII e XIII decorreria de uma projeção da efetiva participação militar dos hospitalários em Rodes e Malta, no mar Mediterrâneo, contra os turcos nos séculos posteriores. Essa observação coaduna-se com uma diferenciação entre as atividades e as responsabilidades dos templários e dos hospitalários, como religiosos professos, nos séculos XII e XIII. Leia Mais

LTI: A linguagem do Terceiro Reich | Carlos Fonseca

“La hora era inusual…” É assim que Fonseca inicia sua narrativa, referindo–se à última noite de 13 prisioneiras, que horas depois seriam fuziladas pelo regime franquista (1939-1975), que há poucos meses – 28 de Março de 1939 -havia conquistado Madrid. Seu livro – Trece Rosas Rojas – La historia más conmovedora de La guerra civil – narra a história das treze jovens que foram presas e condenadas à morte por fuzilamento, ocorridas na madrugada de 5 de agosto do mesmo ano. Carlos Fonseca promove um diálogo entre inúmeros documentos do período com o forte desejo de conhecer mais uma das tragédias da perseguição promovida pelo ditador Franco. A morte do grupo de jovens, sendo sete delas menores, e as demais com pouco mais de vinte um anos que, devido a idade, foram chamadas de rosas, converteu-se em uma das piores tragédias da guerra civil espanhola.

O autor preocupa em ser fiel aos relatos históricos, no entanto procura conduzir o leitor à tentativa de tornar as treze jovens, não apenas personagens de um evento histórico, mas torná-las pessoas comuns que lutavam por uma causa, naquele momento, perdida. Procura também levar o leitor a ver em cada uma das jovens a filha dedicada, a mãe amorosa, a esposa, a namorada apaixonada, mas, ao mesmo tempo, mulheres que sabiam o que faziam e que lutavam da forma que podiam contra o regime ditador que se havia se instalado na Espanha. A história de vida de cada uma se mistura à história da defesa da Madrid sitiada, de uma Espanha dominada e depois de uma Madrid conquistada. Leia Mais

Hermeneutics, Politics and History of Religions | Christian Wedemeyer e Wendy Doniger

Assim como na área da Sociologia, da Arquitetura, da Economia e da Crítica Literária, pode-se dizer que existe uma “Escola de Chicago”, no estudo da história das religiões. Seus fundadores foram exilados europeus que trabalharam e permaneceram nos Estados Unidos até o final de suas vidas.

O primeiro deles, o alemão Joachim Wach, é pouco conhecido no Brasil, tendo sido publicada aqui apenas sua obra de Sociologia da Religião. São Paulo: Paulinas, 1990. O segundo, o romeno Mircea Eliade, foi um escritor profícuo, com suas obras editadas por várias editoras do país. Ambos possuem histórias bem distintas, peso acadêmico diferente, o que se reflete, inclusive, na organização do livro em apreço, são duas partes dedicadas a Eliade e uma para Wach. A importância do legado deixado por esses pesquisadores é enfatizado pelos dezesseis autores reunidos, mas a principal contribuição é a avaliação crítica feita através de diversos ângulos e perspectivas. Leia Mais

Le gouvernement de soi et des outres | Michel Foucault

A presente resenha, prestando uma homenagem ao lançamento do curso Le Gouvernement de Soi e des Autres, de Michel Foucault, na França, em 2008 (ainda sem tradução para o português), busca, inicialmente, localizar o problema da relação entre a verdade, o governo e a constituição do sujeito nos estudos de Michel Foucault, a partir das noções básicas de arqueologia e de genealogia. Busca também acompanhar brevemente a evolução do interesse de Foucault pelo tema do sujeito e das práticas de si, sempre referidas à noção de governo e de verdade. Busca também verificar as razões, no desenrolar da obra de Foucault, e em sua relação com a filosofia crítica de Kant para, assim, justificar a escolha de Foucault pela análise de um texto de Kant na primeira e na segunda hora de aula do Le Gouvernement de Soi e des Autres, fazendo ainda uma breve exposição dos demais assuntos tratados neste curso. Leia Mais

A dança dos deuses: futebol, sociedade, cultura | Hilário Franco Júnior

Comecemos com um clichê imperdoável: existem 180 milhões de técnicos de futebol no Brasil. Todo mundo pensa que entende do assunto. É uma reconhecida tradição nacional que praticamente a totalidade desse imenso exército de amadores chame o profissional que comanda a Seleção Brasileira de burro. Muitos, mesmo sem entender totalmente a lógica da regra do impedimento, declaram aos berros que podem fazer melhor. Melhor que os técnicos e melhor que os jogadores. Tudo ou nada é o lema. Um segundo lugar na Copa, medalha de prata ou bronze nas Olimpíadas são consideradas campanhas fracassadas. Erros não são permitidos. Perder um pênalti é imperdoável. Sofrer um frango é motivo de vexame eterno. Fazer gol contra é uma heresia.

A cultura do futebol está entranhada na cultura nacional. Seu jargão, seus hábitos, seus mitos. Estranhamente, até mesmo sua história. Não é tão raro que indivíduos que não sabem dizer quem foi Tiradentes ou D. Pedro I sejam capazes de dar a escalação completa do Guarani de Campinas, campeão brasileiro de 1978. O brasileiro médio que, outro clichê, não faz a mínima questão de cultivar a memória nacional, cultiva cuidadosamente sua história futebolística. Diversos programas esportivos de televisão ajudam nessa preservação, passando diariamente cenas de arquivo. Algumas imagens, de tão repetidas, entraram para o imaginário coletivo. Os resultados práticos desse amplo esforço educacional são continuamente comprovados ao final de cada partida de futebol, profissional ou amadora. Os torcedores, por mais simplórios que sejam, destilam orgulhosamente sua erudição esportiva nas rodas de conversa após os jogos. Enfim, todo brasileiro, de modo macunaímico, além de técnico de futebol também é um historiador do futebol. Leia Mais

Atlântida: pequena história de um mito platônico | Pierre Vidal-Naquet

Devolver o mito à imagem e à poesia, depois de ter

destrinchado sua história, é a dádiva que desejo a

todos aqueles que lerão este pequeno livro (VIDALNAQUET, 2008, p. 177).

Pequena obra-prima é como se pode definir este livro (Atlântida) de Pierre Vidal-Naquet (1930-2006), cujo trabalho renovou os estudos sobre a historiografia greco-romana do mundo antigo (mesmo considerando o fato que tenha sido especialista da Grécia clássica e helenística). Autor de uma vasta produção, em que se destacam: Os assassinos da memória (traduzido no Brasil em 1988), O mundo de Homero (2002), Os gregos, os historiadores, a democracia (2003), e em parceria com Jean-Pierre Vernant: Trabalho e escravidão na Grécia antiga (1989) e Mito e tragédia na Grécia antiga I e II (1991; 1999).

Numa pesquisa minuciosa, o que o autor procura identificar nesta obra é a elaboração de uma historiografia sobre o mito da ‘Atlântida platônica’, ao cotejar evidências arqueológicas e dados etnológicos, que ao longo do tempo serviu para justificar interpretações filosóficas, religiosas e políticas, em cujas ambições estavam: a) a de reconstituição de uma civilização perdida; b) de demonstrar as origens de um povo cuja ‘identidade’ havia sido pouco valorizada; c) de empreender jornadas a lugares distantes, com fins políticos e comerciais; d) e ainda de explorar ilhas e territórios desconhecidos. Em todas essas situações, a narrativa mítica foi se adequando aos novos contextos e espaços geográficos, reconfigurando momentos decisivos (como o de seu desaparecimento), ou se transpondo para outros povos, no interior destas novas narrativas e interpretações. Definir quais foram esses momentos, quais seus interpretes e que mutações foi sofrendo, o mito da ‘Atlântida platônica’, foi à tônica da narrativa de Pierre Vidal-Naquet, coberta de análises criteriosas, mas sem dispensar a fina ironia que é comum aos trabalhos do autor. Leia Mais

A história ou a leitura do tempo | Roger Chartier

Qual é a relação entre a ciência histórica e a revolução digital? Gestada e concebida no mundo do impresso, essa disciplina permaneceria impassível diante da emergência do mundo digital e da textualidade eletrônica? Quais são os seus efeitos no interior do campo historiográfico? Até que ponto a transformação radical (e recente) do suporte de existência do escrito produz impactos no trabalho do historiador, no trabalho de produção do saber histórico? Quais seriam os efeitos metodológicos e teóricos da digitalização da cultura – tornada possível por essa nova forma de escrita, a escrita digital2 – no campo historiográfico? Que mutações a entrada na era digital e da textualidade eletrônica impõem à história? Qual a relação entre a escrita das ciências (no sentido de uma poética do saber) e a escrita eletrônica? A emergência do código da informática não transforma o que se definia como documento, o que se compreendia por arquivo e o modo como se alimentava a relação entre história e memória? Assim como falamos na existência de uma memória, também podemos falar em esquecimento digital? Qual é o seu estatuto? Ou será que o processo de epistemologização da história no século XIX teria assegurado a essa disciplina conquistas definitivas e impassíveis à ação do tempo? Ou a relação entre a digitalização da cultura e essa disciplina se caracterizaria apenas por disponibilizar um mero recurso formal (o computador) ao trabalho de escrita (o editor de textos) e de elaboração da história (auxiliando no tratamento de dados quantitativos) e facilitar o acesso e a consulta de acervos remotos? Como esse acontecimento, a revolução digital, acontece na ordem do discurso histórico? Leia Mais

Pequenos poderes na Roma imperial. Os setores subalternos na ótica de Sêneca | Luciane Munhoz de Omena

A professora da UFG, Luciane Munhoz de Omena, publica livro resultante da sua pesquisa de doutoramento, na Universidade de São Paulo, sob a orientação de Norberto Luiz Guarinello. Como ressalta, logo no prefácio, a professora da UFG Ana Teresa Marques Gonçalves, a autora demonstra como os setores subalternos eram atores políticos relevantes durante o Principado (27 a.C. – 197 d.C.). Omena agencia, em seu estudo, diversos pontos de vista ao corrente das discussões epistemológicas mais recentes, a começar pela crítica aos regimes de verdade, tal como proposto por Michel Foucault, mas também pelo uso do conceito de capital cultural, oriundo de Pierre Bourdieu, destacados pela autora já na introdução. Outros horizontes são apresentados no decorrer da obra, com autores como Peter Burke, Georges Balandier e Mikhail Bakhtin. A autora, de forma muito apropriada, insere sua obra nas discussões brasileiras, com menções a estudiosos como Fábio Faversani, Renata Senna Garrafoni, Norberto Luiz Guarinello, Fábio Duarte Joly e Norma Musco Mendes, entre outros. Ressalte-se, ademais, a consulta de dissertações e teses inéditas, em particular sobre Sêneca (e.g. Ronildo Alves Santos e Ingeborg Braren). Leia Mais

Ensino de História: múltiplos ensinos em múltiplos espaços | Margarida Maria Dias de Oliveira, Marlene Rosa Cainelli e Almir Félix Batista de Oliveira

A obra Ensino de história: múltiplos ensinos em múltiplos espaços, organizada por Margarida Maria Dias de Oliveira, Marlene Rosa Cainelli e Almir Félix Batista de Oliveira, que resultou dos textos apresentados como conferências de abertura e mesas-redondas do VI Encontro Nacional Perspectivas do Ensino de História, realizado em Natal, Rio Grande do Norte, entre os dias 10 e 13 de outubro de 2007, traz contribuições para as reflexões em relação ao ensino e aprendizagem em História, entre professores dos diversos níveis de ensino, no âmbito nacional e internacional.

Segundo os organizadores, a escolha do tema, e título desta obra, teve como referência a questão de que “ensinar história extrapola os limites da sala de aula e que cada espaço coloca a necessidade de refletir sobre esse ensino-aprendizagem” (p.5).

Como a obra está estruturada em blocos temáticos, agrupando os textos que traduzem Leia Mais

América latina no século XXI: em direção a uma nova matriz sociopolítica | Manuel Antonio Garretón

O livro América Latina no século XXI é o resultado de uma série de debates acadêmicos que se iniciaram no seminário Rethinking development theories in Latin America: democratic governance, process of globalization and societal transformations, promovido em 1993 pela University of North Carolina. Esses debates foram retomados em encontros na Universidad de Salamanca e, posteriormente, nos congressos da Latin American Studies Association (LASA) – uma entidade internacional que tem como missão fomentar a discussão intelectual, a pesquisa, o ensino e a “participação cívica através da construção de redes sociais e de debate público”1. A primeira versão desta obra coletiva foi redigida pelo sociólogo Manuel Antonio Garretón (Universidad de Chile) e teve como base vários artigos publicados por ele em revistas acadêmicas. Os demais autores contribuíram com seções e parágrafos ao longo do texto e o cientista político Jonathan Hartlyn (University of North Carolina) coordenou a revisão final.

A obra é dividida em seis capítulos que procuram elaborar um “modelo geral” para a interpretação das transformações sociopolíticas e das tendências históricas da região. A princípio, os autores argumentam que os países latino-americanos estão se dirigindo, ainda que de forma irregular, a novas estruturas políticas e padrões de governança ligados fortemente às mudanças sociais que essas nações têm vivenciado nos últimos anos. Ou seja, ao contrário daqueles que procuram uma análise estrutural fundamentada em grandes paradigmas, os autores defendem um estudo das interrelações entre a economia, a política, a sociedade e a cultura através de hipóteses de médio alcance – capazes, segundo eles, de reagir à “excessiva generalização teórica” e aos modelos que pensavam a América Latina exclusivamente em torno de questões como “desenvolvimento”, “revolução”, “dependência”, “modernização” e “democratização”. Leia Mais

A escravidão na Roma Antiga: política, economia e cultura | Fábio Duarte Joly

Resenhista

Rafael da Costa Campos – Mestrando em História na Universidade Federal de Goiás.

Referências desta Resenha

JOLY, Fábio Duarte. A escravidão na Roma Antiga: política, economia e cultura. São Paulo: Alameda, 2005. Resenha de: CAMPOS, Rafael da Costa. Os escravos na antiguidade. História Revista. Goiânia, v.12, n.2, p. 395-399, jul./dez.2007. Acesso apenas pelo link original [DR]

O Brasil no discurso da antropologia nacional | Mônica Thereza Soares Pechincha

Resenhista

Leandro Mendes Rocha – Professor do Departamento de História da Universidade Federal de Goiás.

Referências desta Resenha

PECHINCHA, Mônica Thereza Soares. O Brasil no discurso da antropologia nacional. Goiânia: Cânone Editorial, 2006. Resenha de: ROCHA, Leandro Mendes. Cultura nacional e identidade. História Revista. Goiânia, v.11, n.2, p.401-402, jul./dez.2006. Acesso apenas pelo link original [DR]

Quilombos do Brasil Central: violência e resistência escrava | Martiniano José Silva

Resenhista

Maria Lemke Loiola – Bacharel e licenciada em história pela UFG.

Referências desta Resenha

SILVA, Martiniano José. Quilombos do Brasil Central: violência e resistência escrava. Goiânia: Kelps, 2003. Resenha de: LOIOLA, Maria Lemke. História Revista. Goiânia, v.10, n.2, p.377-383, jul./dez.2005. Acesso apenas pelo link original [DR]

A Guerra dos Bárbaros: resistência e conflitos no Nordeste colonial | Maria Idalina da Cruz Pires

Resenhista

Anna Maria Ribeiro F. Moreira da Costa – Pesquisadora da Fundação Nacional do índio. Professora do Centro Universitário – UNIVAG, Membro do Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso. Doutoranda em História pela Universidade Federal de Pernambuco.

Referências desta Resenha

PIRES, Maria Idalina da Cruz. A Guerra dos Bárbaros: resistência e conflitos no Nordeste colonial. Recife: Editora da Universidade Federal de Pernambuco, 2002. Resenha de: COSTA, Anna Maria Ribeiro F. Moreira da. História Revista. Goiânia, v.10, n.1, p. 187-193, jan./jun.2005. Acesso apenas pelo link original [DR]

As raízes clássicas da historiografia moderna | Arnaldo Momigliano

Resenhista

Pedro Paulo Abreu Funari

MOMIGLIANO, Arnaldo. As raízes clássicas da historiografia moderna. Trad. Maria Beatriz Borba Florenzano. Bauru: Edusc, 2004. Resenha de: FUNARI, Pedro Paulo Abreu. História Revista. Goiânia, v.10, n.1, p.183-186, jan./jun.2005. Acesso apenas pelo link original [DR]

Os gregos, os historiadores, a democracia, o grande desvio | Pierre Vidal-Naquet

Resenhista

Pedro Paulo Abreu Funari – Professor Titular de História Antiga, Coordenador-Associado do Núcleo de Estudos Estratégicos, Universidade Estadual de Campinas.

Referências desta Resenha

VIDAL-NAQUET, Pierre. Os gregos, os historiadores, a democracia, o grande desvio. Trad. Jônatas Batista Neto. São Paulo: Companhia das Letras, 2002. Resenha de FUNARI, Pedro Paulo A. História Revista. Goiânia, v.10, n.1, 2005.  Acessar publicação original.

Uma história social do conhecimento: de Gutenberg a Diderot | Peter Burke

Resenhista

Raquel Ribeiro R. Castro – Mestranda em História pela Universidade Federal de Goiás. Professora de História no Centro Federal de Educação Tecnológica de Goiás e na Rede Municipal de Ensino de Goiânia.

Referências desta Resenha

BURKE, Peter. Uma história social do conhecimento: de Gutenberg a Diderot. Trad. Plínio Dentzien. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2003. Resenha de: CASTRO, Raquel Ribeiro R. História social do conhecimento. História Revista. Goiânia, v.9, n.2, p. 341-344, jul./dez.2004. Acesso apenas pelo link original [DR]

Anatomie des passions | François Delaporte

Resenhista

Marlon Salomon – Professor do Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal de Goiás.

Referências desta Resenha

DELAPORTE, François. Anatomie des passions. Paris: PUF, 2003. Resenha de: SALOMON, Marlon. Uma história racionalista das emoções. História Revista. Goiânia, v.9, n.2, p.319-329, jul./dez.2004. Acesso apenas pelo link original [DR]

Razão histórica: teoria da história- os fundamentos da ciência histórica | Jörn Rüsen

Resenhista

Arthur O. Alfaix Assis – Doutorando em história pela Universidade Witten-Hcrdeckc (Alemanha); bolsista da Fundação Capes.

Referências desta Resenha

RÜSEN, Jörn. Razão histórica: teoria da história- os fundamentos da ciência histórica. Trad. Estevão de Rezende Martins. Brasília: Editora UnB, 2001. Resenha de: ASSIS, Arthur O. Alfaix. A ciência da história como resposta racional a carências de orientação. História Revista. Goiânia, v.9, n.2, p. 331-339, jul./dez.2004. Acesso apenas pelo link original [DR]

Em busca de El Cid | Richard Fletcher

Resenhista

Ruy de Oliveira Andrade Filho – Professor da Universidade Estadual Paulista, Campus de Assis.

Referências desta Resenha

FLETCHER, Richard. Em busca de El Cid. Trad. Patrícia de Queiroz Carvalho Zimbres. São Paulo: Editora da Unesp, 2002. Resenha de: ANDRADE FILHO, Ruy de Oliveira. História Revista. Goiânia, v.9, n.1, p. 151-156, jan./jun.2004. Acesso apenas pelo link original [DR]

História e ensino de história | Thaís Nívia de Lima Fonseca

Resenhista

Karina Ribeiro Caldas – Mestranda em História na Universidade Federal de Goiás.

Referências desta Resenha

FONSECA, Thaís Nivía de Lima e. História e ensino de história. Belo Horizonte: Autêntica, 2003. Resenha de: CALDAS, Karina Ribeiro. História Revista. Goiânia, v.9, n.1, p.145-149, jan./jun.2004. Acesso apenas pelo link original [DR]

O livro de ouro da história do Brasil | Mary del Priore

Resenhista

Cristiano Alencar Pereira Anais – Doutorando em História pela Universidade Federal de Minas Gerais.

Referências desta Resenha

PRIORE, Mary del; VENÂNCIO, Renato P. O livro de ouro da história do Brasil. Rio de Janeiro: Ediouro, 2001. Resenha de: ANAIS, Cristiano Alencar Pereira. História Revista. Goiânia, v.8, 1-2, p.159-162, jan./dez.2003. Acesso apenas pelo link original [DR]

Il gênio dello storico: le considerazioni sulla storia di Marc Bloch e Lucien Febvre e Ia tradizione metodológica francese | Massimo Mastrogregori

Resenhista

Raimundo Barroso Cordeiro Junior – Professor da Universidade Federal da Paraíba.

Referências desta Resenha

MASTROGREGORI, Massimo. Il gênio dello storico: le considerazioni sulla storia di Marc Bloch e Lucien Febvre e Ia tradizione metodológica francese. Napoli: Edizione Scientifiche Italiane, 1987. Resenha de: CORDEIRO JUNIOR, Raimundo Barroso. História Revista. Goiânia, v.7, 1-2, p.157-167, jan./dez.2002. Acesso apenas pelo link original [DR]

Cartografias dos estudos culturais: uma versão latino-americana | Ana Carolina D. Escosteguy

Resenhista

Eugênio Rezende de Carvalho – Professor da Universidade Federal de Goiás.

Referências desta Resenha

ESCOSTEGUY, Ana Carolina D. Cartografias dos estudos culturais: uma versão latino-americana. Belo Horizonte: Autêntica, 2001. Resenha de: CARVALHO, Eugênio Rezende de. História Revista. Goiânia, v.7, 1-2, p. 169-176, jan./dez.2002. Acesso apenas pelo link original [DR]

O fim da utopia: política e cultura na era da apatia | Jacoby Russell

Resenhista

Ademir Luiz da Silva– Mestre em História das Sociedades Agrárias pela Universidade Federal de Goiás.

Referências desta Resenha

RUSSELL, Jacoby. O fim da utopia: política e cultura na era da apatia. Trad. Clóvis Marques. Rio de Janeiro: Record, 2001. Resenha de: SILVA, Ademir Luiz da. História Revista. Goiânia, v.7, 1-2, p. 177-180, jan./dez.2002. Acesso apenas pelo link original [DR]

O índio brasileiro e a Revolução Francesa: as origens brasileiras da teoria da bondade natural | Afonso Arinos de Melo Franco

Resenhista

Libertad Borges Bittencourt – Professora Doutora do Departamento de História da Universidade Federal de Goiás-

Referências desta Resenha

FRANCO, Afonso Arinos de Melo. O índio brasileiro e a Revolução Francesa: as origens brasileiras da teoria da bondade natural. Introdução de Alberto Venâncio Filho. Prefácio de Sérgio Paulo Rouanet. Rio de Janeiro: Topbooks, 2000. Resenha de: BITTENCOURT, Libertad Borges. História Revista. Goiânia, v.6, n.2, p.179-185, jul./dez.2001. Acesso apenas pelo link original [DR]

Race and the archaeology of identity | C. E. Orser

Resenhista

Pedro Paulo Abreu Funari – Professor do Departamento de História, IFCH-UNICAMP.

Referências desta Resenha

ORSER, C. E. (Ed). Race and the archaeology of identity. Salt Lake City: The University of Utah Press, 2001. Resenha de: FUNARI, Pedro Paulo Abreu. História Revista. Goiânia, v.6, n.2, p. 187-190, jul./dez.2001. Acesso apenas pelo link original [DR]

A Licentious Liberty in a Brazilian Gold-Mining Region. Slavery/ Gender and Social control in Eighteenth-Century Sabará/ Minas Gerais | Kathleen J. Higgins

Resenhista

Ernest Pijning – Historiador brazilianista em professor da Minor State University, Dakota do Norte (EUA).

Referências desta Resenha

HIGGINS, Kathleen J. A Licentious Liberty in a Brazilian Gold-Mining Region. Slavery, Gender and Social control in Eighteenth-Century Sabará, Minas Gerais. University Park, PA: University of Pennsylvania Press, 1999. Resenha de: PIJNING, Ernest. História Revista. Goiânia, v.6, n.1, p.223-225, jan./jun.2001. Acesso apenas pelo link original [DR]

A modernização seletiva: uma reinterpretação do dilema Brasileiro | Jessé Souza

Resenhista

Artur Oliveira Alfaix Assis – Graduado em História pela UFG e mestrando em História na Universidade de Brasília.

Referências desta Resenha

SOUZA, Jessé. A modernização seletiva: uma reinterpretação do dilema Brasileiro. Brasília: Editora UnB, 2000. Resenha de: ASSIS, Artur Oliveira Alfaix. História Revista. Goiânia, v.6, n.1, p.227-235, jan./jun.2001. Acesso apenas pelo link original [DR]

Projeto emissão: o movimento folclórico brasileiro 1947-1964 | Luís Rodolfo Vilhena

Resenhista

Maria Amélia Garcia de Alencar – Professora dos Departamentos de História da Universidade Federal de Goiás e da Universidade Católica de Goiás. Doutoranda em História no Programa de Pós-Graduação da Universidade de Brasília – UnB.

Referências desta Resenha

VILHENA, Luís Rodolfo. Projeto emissão: o movimento folclórico brasileiro 1947-1964. Rio de Janeiro: Funarte; Fundação Getúlio Vargas, 1997. Resenha de: ALENCAR, Maria Amélia Garcia de. História Revista. Goiânia, v.5, n.1-2, p.193-196, jan./dez.2000. Acesso apenas pelo link original [DR]

Pompei. I volti dell’amore | E. Cantarella

Resenhista

Lourdes M. G. C. Feitosa – Doutoranda em História pela Universidade Estadual de Campinas e bolsista da FAPESP.

Referências desta Resenha

CANTARELLA, E. Pompei. I volti dell’amore. 2ª ed. Milano: Mondadori, 1999. Resenha de: FEITOSA, Lourdes M. G. C. História Revista. Goiânia, v.5, n.1-2, p. 197-202, jan./dez.2000. Acesso apenas pelo link original [DR]

Negros e brancos em São Paulo (1888-1988) | George Reid Andrews

Resenhista

Heliane Prudente Nunes – Professora do departamento de História da UFG. Doutora em História Econômica pela USP em 1996.

Referências desta Resenha

ANDREWS, George Reid. Negros e brancos em São Paulo (1888-1988). Trad. Magda Lopes. Revisão técnica e apresentação de Maria Lígia Coelho Prado. Bauru, São Paulo: EDUSC, 1998. Resenha de: NUNES, Heliane Prudente. História Revista. Goiânia, v.4, n.1-2, p.133-136, jan./dez.1999. Acesso apenas pelo link original [DR]

As formas do mesmo: ensaios sobre o pensamento historiográfico de Varnhagen e Oliveira Viana | Nilo Odália

Resenhista

João Alberto Costa Pinto – Professor Assistente do Departamento de História da UFG.

Referências desta Resenha

ODÁLIA, Nilo. As formas do mesmo: ensaios sobre o pensamento historiográfico de Varnhagen e Oliveira Viana. São Paulo: Fundação Editora UNESP, 1997. Resenha de: PINTO, João Alberto Costa. História Revista. Goiânia, v.4, n.1-2, p. 137-143, jan./dez.1999. Acesso apenas pelo link original [DR]

Caminhos de Goiás: da construção da “decadência” aos limites da “modernidade” | Nasr Nagib Fayad Chaul

Resenhista

José Carlos Sebe Bom Meihy – Professor livre-docente do Departamento de História da USP.

Referências desta Resenha

CHAUL, Nasr Nagib Fayad. Caminhos de Goiás: da construção da “decadência” aos limites da “modernidade”. Goiânia: Editora da UFG; Editora da UCG, 1997. Resenha de: MEIHY, José Carlos Sebe Bom. História Revista. Goiânia, v.3, n.1-2, p.127-130, jan./dez.1998. Acesso apenas pelo link original [DR]

Estado e Agricultura no Brasil | Wenceslau Gonçalves Neto

Resenhista

Barsanufo Gomides Borges – Doutor em História Econômica pela USP e Professor Titular do Programa de Mestrado em História das Sociedades Agrárias da Universidade Federal de Goiás.

Referências desta Resenha

NETO, Wenceslau Gonçalves. Estado e Agricultura no Brasil. São Paulo: Hucitec, 1997. Resenha de: BORGES, Barsanufo Gomides. História Revista. Goiânia, v.3, n.1-2, p.131-137, jan./dez.1998. Acesso apenas pelo link original [DR]

O universo indistinto: Estado e sociedade nas Minas setecentistas (1735-1808) | Marco Silveira Antônio

Resenhista

Ramir Curado – Mestrando do Programa de Mestrado em História das Sociedades Agrárias da Universidade Federal de Goiás.

Referências desta Resenha

SILVEIRA, Marco Antônio. O universo indistinto: Estado e sociedade nas Minas setecentistas (1735-1808). São Paulo: Hucitec, 1997. Resenha de: CURADO, Ramir. História Revista. Goiânia, v.3, n.1-2, p. 139-142, jan./dez.1998. Acesso apenas pelo link original [DR]

Terras devolutas e latifúndio | Lígia Osório Silva

Resenhista

Barsanufo Gomides Borges – Professor Titular do Departamento de História da Universidade Federal de Goiás.

Referências desta Resenha

SILVA, Lígia Osório. Terras devolutas e latifúndio. Campinas: Editora da UNICAMP, 1996. Resenha de: BORGES, Barsanufo Gomides. História Revista. Goiânia, v.2, n.2, p.177-182, jul./dez.1997. Acesso apenas pelo link original [DR]

Liber 1 | Pierre Bourdieu

Resenhista

João Alberto da Costa Pinto – Professor do Departamento de História – UFG. Doutorando em História pela PUC/SP.

Referências desta Resenha

BOURDIEU, Pierre (Ed.), MICELI, Sérgio (Org.). Liber 1. Trad. Mary Amazonas Leite de Barros e Sergio Miceli. São Paulo: Edusp, 1997.Resenha de: PINTO, João Alberto da Costa. História Revista. Goiânia, v.2, n.2, p. 191-196, jul./dez.1997. Acesso apenas pelo link original [DR]

O sertão prometido: o massacre de Canudos | Robert Levine

Resenhista

Candice Vidal e Souza – Mestre em Antropologia Social pela Universidade de Brasília.

Referências desta Resenha

LEVINE, Robert. O sertão prometido: o massacre de Canudos. São Paulo: Edusp, 1995. Resenha de: SOUZA, Candice Vidal e. História Revista. Goiânia, v.2, n.2, p.183-189, jul./dez.1997. Acesso apenas pelo link original [DR]

O livro de Catulo | João Ângelo Oliva Neto

Resenhista

Pedro Paulo A. Funari – Professor Doutor do Departamento de História da Universidade de Campinas.

Referências desta Resenha

OLIVA NETO, João Ângelo. (Tradução, introdução e notas). O livro de Catulo. São Paulo: Edusp, 1996. Resenha de: FUNARI, Pedro Paulo A. História Revista. Goiânia, v.2, n.1, p.157-160, jan./jun.1997. Acesso apenas pelo link original [DR]

Millenarian vision, capitalist reality: Brazil’s Contestado Rebellion, 1912-1916 | Todd A. Diacon

Resenhista

Maria Amélia Alencar – Professora do Departamento de História da Universidade Federal de Goiás.

Referências desta Resenha

DIACON, Todd A. Millenarian vision, capitalist reality: Brazil’s Contestado Rebellion, 1912-1916. Durham and London: Duke University Press, 1995. Resenha de: ALENCAR, Maria Amélia. História Revista. Goiânia, v.2, n.1, p. 161-165, jan./jun.1997. Acesso apenas pelo link original [DR]

Mendigos, moleques e vadios na Bahia do século XIX | Walter Fraga Filho

Resenhista

Danilo Rabelo Rabelo – Professor do CEPAE/UFG e Mestrando em História pela Universidade Federal de Goiás.

Referências desta Resenha

FRAGA FILHO, Walter. Mendigos, moleques e vadios na Bahia do século XIX. São Paulo: Hucitec. Salvador: EDUFBA, 1996.  Resenha de: RABELO, Danilo Rabelo. História Revista. Goiânia, v.2, n.1, p. 167-170, jan./jun.1997. Acesso apenas pelo link original [DR]

ultura portuguesa na Terra de Santa Cruz | Maria Beatriz Nizza da Silva

Resenhista

André Figueiredo Rodrigues – Graduando em História pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo e Bolsista de Iniciação Científica pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP).

Referências desta Resenha

SILVA, Maria Beatriz Nizza da (Coord.). Cultura portuguesa na Terra de Santa Cruz. Lisboa: Estampa, 1995. História de Portugal, 14. Resenha de: RODRIGUES, André Figueiredo. História Revista. Goiânia, v.2, n.1, p. 171-173, jan./jun.1997. Acesso apenas pelo link original [DR]

Escravos e libertos nas Minas Gerais do século XVIII: estratégias de resistência através dos testamentos | Eduardo França Paiva

Resenhista

Tarcísio Rodrigues Botelho – Professor Assistente do Departamento de História da UFG. Doutorando em História Social pela USP.

Referências desta Resenha

PAIVA, Eduardo França. Escravos e libertos nas Minas Gerais do século XVIII: estratégias de resistência através dos testamentos. São Paulo: Annablume, Belo Horizonte: Faculdades Integradas Newton Paiva, 1995. Resenha de: BOTELHO, Tarcísio Rodrigues. História Revista. Goiânia, v.1, n.2, p.135-138, jul./dez.1996. Acesso apenas pelo link original [DR]

Sertanejos que eu conheci | Francisco José Maria Audrin

Resenhista

Maria de Fátima Oliveira – Mestranda do Programa de Mestrado em História das Sociedades Agrárias da Universidade Federal de Goiás.

Referências desta Resenha

AUDRIN, Francisco José Maria. Sertanejos que eu conheci. Rio de Janeiro: José Olympio, 1963. Coleção Documentos Brasileiros. Resenha de: OLIVEIRA, Maria de Fátima. História Revista. Goiânia, v.1, n.2, p. 139-141, jul./dez.1996. Acesso apenas pelo link original [DR]

História de Goiás em documentos I. Colônia | Luis Palacín, Ledonias Franco Garcia e Janaína Amado

Resenhista

Dulce Amarante Oliveira Santos

Referências desta Resenha

PALACÍN, Luis; GARCIA, Ledonias Franco; AMADO, Janaína. História de Goiás em documentos I. Colônia. Goiânia: Editora da UFG, 1995. Documentos Goiano, 29. Resenha de: SANTOS, Dulce Amarante Oliveira. História Revista. Goiânia, v.1, n.1, p.145-146, jan./jun.1996. Acesso apenas pelo link original [DR]

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

História Revista | UFG | 1996

HIstoria Revista 2 História Revista

A História Revista (Goiânia, 1996-) pretende ser um espaço amplo de discussão acadêmica de temas históricos. Tem como objetivo a publicação de artigos originais resultantes de pesquisa científica e outros tipos de textos como Resenhas, Conferências, Depoimentos, Homenagens, In memoriam e Traduções.

A História Revista tem por finalidade publicar e divulgar, preferencialmente, artigos inéditos na área de história.

A História Revista é uma publicação quadrimestral da Faculdade de História e do Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal de Goiás.

Periodicidade anual.

Acesso livre.

ISSN 2316 9141

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