A crise na América Latina em tempos de pandemia da Covid-19 | Intellèctus | 2021

Covid 19 na America Latina Covid-19
Covid-19 atinge uma América Latina economicamente fraca e profundamente desigual | Foto: Chatterjee Debarchan/ABACA/ABACA/PA Images

No ano de 2020 o mundo se deparou com um vírus ainda desconhecido para a ciência. A pandemia se alastrava atingindo, aparentemente, da mesma forma, todos os países. Ao longo dos meses, a ciência foi buscando soluções para a trágica situação que assolava a humanidade, enquanto o COVID-19 demonstrava não ser um vírus democrático. As desigualdades se fizeram ainda mais latentes nos países pobres, os problemas se potencializaram nos locais sem infra-estrura adequada para lidar com a doença, e a crise sanitária imiscuiu-se com crises políticas, miséria, feminicídio, migrações em massa e a exclusão digital.

Os efeitos da pandemia na América Latina foram diagnosticados pela Comissão Econômica para América Latina e Caribe (CEPAL), que criou, em março de 2020, o Observatorio COVID-19 en América Latina y el Caribe. 1 Os estudos cepalinos demonstraram a degradação socioeconômica da região e sugeriu políticas públicas para atenuar os efeitos do COVID-19 sobre os mais variados segmentos populacionais latino-americanos, em especial, os mais vulneráveis. Para constatar a realidade, segundo dados da Comissão, no ano de 2020, 209 milhões de latino-americanos, o que representa 1/3 da população, encontrava-se em condição de pobreza, e 78 milhões vivendo na mais extrema miséria. Além do caos sócio-econômico, a América Latina foi afetada por uma série de crises políticas que dificultaram lidar com a pandemia. Os resultados dessas crises não serão bem conhecidos até que o vírus desapareça no continente ou se estabilize como endêmico entre a população. Leia Mais

Intellèctus em seus 20 anos: os desafios das ideias e da intelectualidade no mundo contemporâneo | Intellèctus | 2022

Vinte anos se passaram desde a primeira edição! Aquela publicação inicial, ainda com cinco artigos, contou com a presença de professores queridos, integrantes dos Programas de Pós-Graduação em História e em Ciências Sociais da Universidade do Estado do Rio de Janeiro; e de uma então pós-graduanda do PPGH/UERJ. Maria Emília Prado, o saudoso Antônio Carlos Peixoto, Antônio Edmilson Rodrigues, Fabiana Santos e Norma Côrtes foram autores que publicaram no número 1 de 2002, com os respectivos artigos: “A Unidade do Império ameaçada: Alberto Sales e a elaboração de um projeto em defesa do separatismo das províncias”; “O positivismo e os projetos de reestruturação da Hispanoamérica em direção à modernidade”; “Política e letras: a pátria e a nação em Atravez do Brasil”; “Oliveira Vianna e Monteiro Lobato – O Americanismo e Iberismo em diálogo”, e “Católicos e autoritários – Breves considerações sobre a sociologia de Alceu Amoroso Lima”. Hoje, depois de duas décadas, comemorarmos o aniversário da Revista com um número temático que conta com artigos livres, resenha e o dossiê: “Intellèctus em seus 20 anos: os desafios das ideias e da intelectualidade no mundo contemporâneo”. Antes de apresentarmos o número, faz-se importante um breve intróito, que procurará rememorar o seu percurso.

A revista eletrônica Intellèctus foi fundada pelo Grpesq/CNPq “Intelectuais e Poder no Mundo Ibero-Americano”, coordenado pela professora Dra. Maria Emília da Costa Prado, titular da área de História do Brasil do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da UERJ. Em 2004, a revista passou a ser também um canal vinculado aos Colóquios Internacionais “Tradição e Modernidade no Mundo Ibero-Americano”, frutos do convênio entre a UERJ e a Universidade de Coimbra. Cadastrada como projeto de extensão no Departamento de Extensão (Depext), da Sub-Reitoria de Extensão e Cultura da UERJ, desde a sua fundação, configura-se como um periódico semestral, e que pode ser acessado pelo Portal de Publicações Eletrônicas da UERJ. Leia Mais

O Populismo no século XXI: a emergência de novas formas/Intellèctus/2022

O presente dossiê organizado por Isabel Valente (Un.Coimbra) Maria Emilia Prado ( Un. do Estado do Rio de Janeiro) e Manuel Loff ( Un. do Porto e UNL) tem por objetivo apresentar artigos que discutem o significado histórico do populismo no Ocidente. Especial atenção será dada as experiências da Ibero-América, mas, também será importante discutir conceitualmente populismo. O tema adquire relevância ímpar uma vez que neste alvorecer do século XXI se assiste ao surgimento e o ressurgimento de governos autoritários de cunho populista. Que impacto pode ter este fenómeno na qualidade da democracia e na sua simples vigência? Até que ponto a crise pandêmica do Covid-19 terá facilitado e facilita ainda as ações autoritárias de governos populistas? Através dos artigos aqui reunidos pretende-se levantar considerações sobre as implicações e os possíveis desdobramentos sociais desse cenário político. Leia Mais

Uma apresentação ou das cartografias decoloniais no ensino de História | Intellèctus | 2021

Mapa Mundi invertido Covid-19
Mapa Mundi invertido | Imagem: Pixabay

Neste dossiê sobre pensamento decolonial e suas interfaces com diversos aspectos do ensino de História cartografamos possibilidades de diferentes trabalhos e pesquisas de matriz curricular decolonial e intercultural crítica, quer em espaços educativos formais, quer em espaços educativos não formais. Os artigos apontam caminhos teórico-metodológicos para o enfrentamento e combate de preconceitos, discriminações, racismos, epistemicídios e outros tipos de opressões e silenciamentos construindo memórias e histórias insurgentes. Assim, por meio de aprendizagens mais plurais e inclusivas lutam pela efetivação de maior justiça epistemológica ou cognitiva numa perspectiva de uma educação intercultural crítica.

Organizamos este dossiê dispondo inicialmente os artigos de caráter mais conceitual sobre o pensamento decolonial na relação com o Ensino de História. Na sequência aqueles que apresentam pesquisas e experiências educativas numa perspectiva decolonial. Sendo assim, reunimos treze textos que abordam aspectos do pensamento decolonial e ensino de história em múltiplos espaços e formas. Estes traduzem estudos de caráter teórico sobre o pensamento decolonial, pesquisas e experiências de atividades docentes em escolas, universidades e espaços não formais. Leia Mais

Celso Furtado | Intellèctus | 2020

Este Dossiê, composto por nove artigos que abordam o pensamento furtadiano, insere-se no projeto Celso Furtado 100 Anos. Um projeto iniciado em 2019 pelo Núcleo de Identidade Brasileira e História Contemporânea (NIBRAHC) com a realização de uma série de seminários sobre Celso Furtado em razão do seu centenário de nascimento que viria a ser comemorado neste ano de 2020. Os seminários, chamados de “PréCelso”, foram realizados através da parceria do NIBRAHC com a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), com o Centro Internacional Celso Furtado (CICEF), com o Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da UERJ (IFCH), com o Programa de Pós-graduação em História (PPGH) e com o Sindicato dos Trabalhadores das Universidades Públicas Estaduais do Estado do Rio de Janeiro (SINTUPERJ).

A publicação do Dossiê Celso Furtado pela Revista Intellèctus se apresenta como o coroamento do centenário deste pensador, cujas justas homenagens foram realizadas com o Congresso Internacional Celso Furtado 100 Anos, organizado pela Pró-Reitoria de Cultura e Extensão da UERJ (PR3), UERJ, NIBRAHC, IFCH, PPGH e SINTUPERJ. Foram cinco dias de conferências, abordando o pensamento furtadiano e proporcionando reflexões intelectuais sobre a atual situação econômica e social. Reflexões que prosseguirão através da leitura dos artigos deste Dossiê. Leia Mais

Intelectuais, revoluções e independências em um mundo em transição (séculos XIX-XX) / Intellèctus / 2020

Apesar da acepção da palavra intelectual ser relativamente recente na história mundial, ter surgido após meados do século XIX na Rússia, e cerca de cinquenta anos mais tarde aparecer na França com o termo intellectuelles, a existência de sujeitos que discutem ideias ou analisam criticamente a sociedade ultrapassa a época contemporânea e se estende por vários séculos.

Como afirmou Bobbio (1997), ainda que anteriormente tenham sido denominados sábios, filósofos, homens de letras, doutos ou literatos, os objetos por eles debatidos sempre existiram; por isso, a problemática dos intelectuais, e suas relações / atuações na sociedade, se trata de um tema antigo e perene. Utilizando-se ainda desse autor poderíamos defini-los de uma forma geral como “sujeitos a quem se atribui de fato ou de direito a tarefa específica de elaborar e transmitir conhecimentos, teorias, doutrinas, ideologias, concepções do mundo ou simples opiniões, que acabam por constituir as ideias ou os sistemas de ideias de uma determinada época e de uma determinada sociedade.” (BOBBIO, 1997: 110) Leia Mais

Los exilios y el mundo intelectual. Una introducción / Intellèctus / 2019

El dossier que aquí presentamos se ubica en el cruce de dos grandes campos de conocimiento: los estudios referidos al exilio y a los exiliados y el campo intelectual y de transformación de las ideas y lenguajes políticos en la historia del siglo XX.

Los intelectuales han sido conceptualizados de múltiples formas y sus características han sido subrayadas de distinta manera de acuerdo a los contextos históricos en los cuales se inscribieron. Enzo Traverso (2014) ha destacado el papel del intelectual como el de un outsider a la vez que como aquel pensador capaz de “tomar un fusil” y expresar un compromiso político público, saliendo del acto de la escritura para confundirse en las calles con la gente en una protesta o movilización. Pero, por otro lado, la figura del intelectual también ha convivido con las imágenes de los “expertos” o “asesores” que, de algún modo, han convocado un carácter neutral u objetivo del intelectual, refiriéndose a alguien con la facultad de elaborar una opinión crítica sobre un hecho o proceso sin atender a su inscripción personal en ese contexto. En este sentido, consideramos importante retomar los trabajos de Edward Said (2005), para quien la práctica intelectual no puede ser pensada por fuera de las condiciones subjetivas e históricas de cada persona y mucho menos en el caso de los exiliados. El exilio, que conlleva momentos de tristeza, de desdoblamiento y rabia con la patria a la que se debió abandonar, conduce también a un estado de “sospecha” sobre el orden de las cosas, a una instancia de desnaturalización de los sentidos comunes sobre el mundo, a un momento de interrogación y de propuesta para la transformación. Leia Mais

História e literatura: diálogos possíveis / Intellèctus / 2019

As aproximações e dissonâncias entre a história e a literatura tem sido objeto de intensos debates e disputas nos últimos trinta anos, especialmente no que diz respeito à definição das fronteiras entre história e ficção, ou, dito em outras palavras, à possível trajetória autônoma da literatura em relação aos seus contextos de produção. Esse número da revista Intellèctus se propõe a aprofundar tal debate a partir de estudos de autores e / ou obras ficcionais que problematizem as fronteiras entre história e ficção. Acredita-se aqui que, se de um lado cabe historicizar a obra literária, seu autor e seus personagens, também é interessante indagar ao autor e à sua narrativa sobre os conteúdos que tensionam as determinações do tempo. Leia Mais

Intelectuais e cristianismo / Intellèctus / 2018

Como ao Judaísmo, que lhe deu origem, e ao Islã, alguns séculos mais jovem, ao Cristianismo é associada a expressão “religião do Livro”. Religião da palavra ou, para os fiéis, da Palavra inspirada; credo no qual, desde seus tempos primitivos, crer é também interpretar. Busca de sentido que se desdobra, fazendo-se, ela própria, discurso.

Busca de sentido que extrapola o debate sobre o Cânon bíblico e suas múltiplas interpretações. Procura de significado que visa obter adesões e consensos, criando também dissensos. Ponto particularmente polêmico é aquele que diz respeito aos papéis social e político da fé e dos fiéis. E o credo, petrificado em palavras, posto em movimento por discursos e práticas, “transborda”, como rio fervente, para a praça pública. Leia Mais

A imprensa negra e sua intelectualidade / Intellèctus / 2018

Desde as últimas décadas do século XX a imprensa se transformou em importante objeto da pesquisa histórica. Mais do que um repositório de informações jornalísticas sobre o passado, camufladas sob o rótulo da “neutralidade” forjada ainda no século XIX, ela passou a ser entendida como espaço fundamental de batalhas políticas e sociais, simbólicas e discursivas. Intelectuais, jornalistas, literatos e tantos outros escritores fizeram das páginas dos jornais instrumentos de reflexão, intervenção e transformação social, nas quais se publicavam projetos de sociedade e de nação. Nesse sentido, o objetivo deste dossiê se confunde, em grande medida, com o perfil da própria revista em que ele é publicado. Leia Mais

Intelectuais e a relação entre a Ibero-América e a Europa / Intellèctus / 2017

Neste número da revista apresentamos o dossiê Intelectuais e a relação entre a Ibero-América e a Europa. Uma vez mais objetiva-se publicar estudos sobre as reflexões produzidas pelos intelectuais ibero-americanos e em especial as que traduzem temas pertinentes aos laços culturais, à cooperação intelectual e o próprio significado bem como o impasse no tocante à História Intelectual. Afinal, a conformação de um campo de estudo e pesquisa sobre a história intelectual é recente. Muito possivelmente o desenho deste novo terreno esteja relacionado a uma renovação no campo da História das Ideias, ao qual a História dos Intelectuais está associada, bem como à História Política.

A história intelectual, bem como a história dos intelectuais, tem sido um campo de estudo que desde os finais do século XX e tem agregado um maior número de pesquisadores e se tornado objeto constante de pesquisas, estudos e teses. No Brasil, ao longo do decênio de 1990, tomou forma estudos no tocante à história dos conceitos bem como história intelectual na perspectiva dos autores franceses. Entre os principais expoentes desta nova historiografia francesa destacam-se Jean-François Sirinelli, Michel Winock y Roger Chartier. Em Portugal assiste-se desde então à configuração do campo de estudo mais específico dedicado à história intelectual, que em conjunto com a história cultural foi-se impondo ante à predominância da história social. Leia Mais

As alternativas políticas à Democracia no século XX / Intellèctus / 2017

Apresentamos neste número o dossiê As alternativas políticas à Democracia no século XX, de produção historiográfica de autores de diferentes universidades.

O objetivo deste dossiê se confunde com o objetivo da revista: ele “destina-se a publicar estudos em História Intelectual e dos Intelectuais bem como sobre a produção cultural dos países que compõem o universo cultural da Latinidade“, abordando questões pertinentes à: Política, Economia, Sociedade, Filosofia e Artes.

Além disso, a temática do dossiê é dedicada ao pensamento, às organizações e aos indivíduos que durante a época contemporânea se opuseram à Democracia no Ocidente. Este desafio nasceu a partir da leitura do livro de Jan-Werner Müller “Contesting Democracy. Political Ideas in Tewntieth-Century Europe”, editado pela Universidade de Yale em 2011. Esta obra se tornou uma referência para todos os que se dedicam ao estudo das ideias políticas e ao processo de (des)construção da Democracia no século XX, especialmente no entre guerras. Segundo este autor, a esfera política e os indivíduos nunca terão sido tão influenciados por escritores como neste período. Talvez por isso, o século XX é para muitos historiadores “a era das ideologias”, e, que pelas suas características violentas, fanáticas e irracionais, levaram Eric Hobsbawn a batizar os anos de novecentos como a “Era do Extremos”. Leia Mais

Intelectuais e questão nacional no mundo ibero-americano / Intellèctus / 2016

A participação de letrados e intelectuais na vida política da Ibero-América tem se intensificado desde o início da denominada “era moderna”. Na península ibérica os intelectuais precisaram se deparar com os contrastes provenientes de uma nova ordenação do mundo que a pouco e pouco substituía a ordem vigente por uma outra caracterizada pelo advento e fixação de valores como: individualismo, laicismo, mercado, parlamentarismo e economia industrial. A pouco e pouco o mundo existente foi sendo reordenado em direção ao que Weber denominou o progressivo desencanto do mundo. Na Ibero-América o processo de ruptura do estatuto colonial levou os letrados a se debruçarem sobre os formatos políticos e culturais dos novos países que se formavam, herdeiros da cultura barroca característica da Península Ibérica. Engenharia política, economia, atraso, decadência, progresso, identidade foram temas que se tornaram constante na reflexão dos intelectuais ibero-americanos ao longo dos séculos XIX e XX. Já na Península Ibérica temas como atraso, progresso, decadência, aliados a questões de natureza política, como forma de governo, fizeram com que intelectuais portugueses e espanhóis produzissem análises indicando caminhos para mudanças mais ou menos radicais. Leia Mais

História e medicina: os médicos, seus projetos, suas práticas e suas instituições / Intellèctus / 2016

As aproximações entre História e Medicina, que se expandiram fortemente como profícuo veio da historiografia a partir das últimas décadas do século XX, permitiram a exploração de dimensões as mais variadas e a construção de narrativas as mais distintas acerca do atendimento à saúde e da definição das práticas médicas e de suas instituições. O volume que ora apresento aos leitores é boa mostra da pluralidade decorrente das aproximações sugeridas e encetadas aqui em artigos distintos, mas, também, conectados em seus recortes e possibilidades.

Os artigos presentes neste dossiê movimentam-se no tempo longo entre o século XVII e o século XXI, evidenciando não apenas a multiplicidade de perscrutações decorrentes da própria natureza do objeto proposto, as aproximações entre História e Medicina, como, ainda, a construção de narrativas históricas referidas a temporalidades mais afastadas e a temporalidades nomeadas como da História do Tempo Presente. Leia Mais

Intelectuais e cidade / Intellèctus / 2015

A Revista Intellectus vem sendo publicada ininterruptamente há quatorze anos, desde o seu primeiro número, em maio de 2002, fruto de um denodado trabalho realizado pela Professora Maria Emilia Prado, Titular de História do Brasil da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Contando com a colaboração de historiadores e pesquisadores das mais diversas áreas de Ciências Humanas da América Latina, Portugal e Espanha, a Intellectus vem, desde então, apresentando uma clara vocação para a discussão acerca dos intelectuais, sobretudo no que tange a sua atuação política, projetos e ideias. Poderíamos dizer que essa proposta está no DNA da revista e, como tal, vem se afigurando como a sua característica mais marcante nesses 14 anos de presença na vida acadêmica brasileira.

Em acréscimo a essa vocação, o dossiê temático que ora apresentamos vem adicionar o tema das cidades àquele dos intelectuais e, assim, enriquecê-lo, posto que insere um agente que atua de maneira pró-ativa na composição dos formuladores de ideias, objeto maior de análise da revista. Assim, temos aqui a cidade não somente como cenário, como palco de atuações sociais e construção de ideias e conceitos por um grupo de indivíduos ilustrados, mas antes como sujeito que porta uma historicidade toda idiossincrática, e que atua na própria composição de uma coletividade e de suas ideias. Leia Mais

Intelectuais e educação na América Latina / Intellèctus / 2015

A melhor astúcia do demônio é nos persuadir que ele não existe.

Charles Baudelaire

Por vezes, recebemos em nossa trajetória de vida presentes. Presentes que na vida acadêmica estão cada vez mais raros. Alguns deles alegram nossas almas, revigoram nossas esperanças, potencializam o nosso caminhar pessoal e profissional e, porque não, sensível. Este presente, o qual muito nos alegrou, nos foi ofertado pela professora Maria Emilia Prado, líder do Grpesq / CNPq Intelectuais e Poder no Mundo Ibero-Americano: coordenar o dossiê “ Intelectuais e Educação na América Latina”.

Chartier nos alertará que a escrita de um livro possui a intencionalidade de quem o escreve, produz efeitos para quem o livro é escrito – seus possíveis leitores -, sua circulação, e as diversas maneiras como é apropriado, muitas vezes, produzem outras intencionalidades dentre as quais a do autor é mais uma. “Cada leitor, a partir de suas próprias referências, individuais ou sociais, históricas ou existenciais, dá um sentido mais ou menos singular, mais ou menos partilhado, aos textos de que se apropriar” (2002: 20). Leia Mais

Intelectuais, ciência e modernidade / Intellèctus / 2014

A revista Intellèctus (Uerj), em seu segundo número do volume XIII, dá início a uma nova fase de seu projeto editorial, passando a incluir dossiês temáticos organizados por especialistas convidados, como este que temos o prazer de apresentar sobre o tema “Intelectuais, ciência e modernidade”.

Os artigos que reunimos trazem resultados de pesquisas originais, vinculadas às distintas matrizes no campo da história intelectual, na sua especial interface com a história da ciência. Voltam-se a temáticas como a circulação de ideias e saberes – por meio da formação de redes de interlocução, leituras e correspondência entre intelectuais –, e o surgimento dos espaços formais e informais a partir dos quais, no Brasil e no espaço ibero-americano, de modo mais amplo, se constituíram os campos científicos na modernidade. Leia Mais

Intellèctus | UERJ | 2002

Intellectus2 Covid-19

A revista Intellèctus (Rio de Janeiro, 2002-) é originária das atividades dos Grpesq/CNPq Intelectuais e Poder no Mundo Ibero-Americano e Grupo de Estudos e Pesquisas Intelectuais, Sociedade e Política, sediados, respectivamente, no Instituto de Filosofia e Ciências Humanas e na Faculdade de Formação de Professores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

Destina-se à publicação de pesquisas originais, estudos de historiografia e reflexões teórico-metodológicas relativas à História dos Intelectuais e à História Intelectual, bem como à divulgação de análises sobre a produção cultural dos países que compõem o universo da “Latinidade”. Volta-se, assim, às diversas interfaces envolvidas nessa temática nas Ciências Humanas e Sociais.

Periodicidade semestral.

Aceso livre

ISSN 1676-7640

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