Histórias, memórias e narrativas dos movimentos sociais LGBTQIA+/Historiæ/2022

No primeiro número de 2022 Historiæ apresenta o dossiê “Histórias, memórias e narrativas dos movimentos sociais LGBTQIA+”, como o próprio título indica abarca estudos que trabalham questões vinculadas aos movimentos sociais LGBTQIA+.

Ao entendermos “movimento social” como sendo coletivos de sujeitos que mobilizam ações que objetivam alcançar alterações sociais, culturais e/ou econômicas por meio de embates político-ideológicos em contextos permeados de tensões, disputas e valores. Este dossiê preocupou-se em reunir resultados de pesquisas acadêmicas que tenham as categorias “narrativas”, “memórias” e “histórias” das atuações de Organizações da Sociedade Civil de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais, Queers, Intersexos, Assexuados + no Brasil como eixos de produção de conhecimento. Para tanto, o dossiê reuniu artigos resultantes de pesquisas, amparadas nas múltiplas possibilidades teórico metodológicas de estudos, imbricadas com a memória, a história e suas narrações, já que as entendemos enquanto elementos centrais aos direitos humanos e componentes indispensáveis ao aprimoramento da democracia e cidadania. Leia Mais

Tópicos em História | Historiæ | 2021

No segundo número de 2021 Historiæ apresenta o dossiê “Tópicos em História” buscando compreender o fazer histórico e o fazer historiográfico por parte de historiadoras e historiadores e, igualmente, estabelecer um diálogo com pesquisadores de outras áreas que contribuem para a construção da História.

O objetivo deste número é apresentar uma diversidade de objetos, temas, metodologias e teorias que compõe a riqueza da pesquisa histórica. Assim, subvertemos a lógica de um dossiê temático para compor um “dossiê multitemático”, valorizando as pesquisas de fluxo contínuo submetidas na plataforma da revista. Leia Mais

Patrimônio Cultural: relações entre História, Políticas Públicas, Turismo e Sustentabilidade | Historiae | 2021

Canoa Quebrada1 Patrimônio Cultural
Símbolo inscrito em falésia da Praia de Canoa Quebrada, CE | Foto: Ministério do Turismo / Plano Nacional do Turismo

Na contemporaneidade, o campo do patrimônio cultural tem se mostrado multidisciplinar e voltado a uma polifonia de sentidos. Contudo, talvez oaspecto que mais chame a atenção, seja o dele ter se tornado um campo de disputas, não só de representatividade mas, principalmente, de questões ligadas à história e à memória.

Com este horizonte em vista, o presente dossiê traz à tona as relações e as interfaces entre patrimônio cultural, história e educação patrimonial, evidenciando não somente práticas de acautelamento mas, também, atividades desenvolvidas em espaços educativos formais e não formais. Além disso, também oportuniza uma ampla discussão sobre as articulações entre a preservação do patrimônio e as políticas estruturadas na área do turismo cultural no Brasil e no mundo, enfocando ainda as políticas relacionadas à sustentabilidade dos bens culturais tangíveis e intangíveis, bem como os limites da gestão do turismo na salvaguarda do patrimônio. Leia Mais

Epistemologia e Escrita da História | Historiae | 2020

O presente dossiê da Revista Historiæ, possui como objetivo apresentar estudos que estão sendo realizados atualmente por pesquisadores e pesquisadoras que abordam, a partir de variados ângulos, questões relacionadas com a Epistemologia e a Escrita da História. Logo, os estudos em Epistemologia e Escrita da História solidificaram-se, a partir segunda metade do século XX, como um dos principais campos de pesquisa da historiografia. Desse modo, em diálogo com a Teoria Literária, a Filosofia Analítica e Hermenêutica, a Antropologia e as Ciências Sociais a indagação epistemológica e, também, sobre a escrita da História atravessou distintas transformações que suscitaram complexos caminhos e perguntas, em uma ampla variação de propostas metodológicas aprofundaram a investigação histórica.

Carlos Prado, no texto Braudel e a pluralidade do tempo: a história entre o estrutural e o factual, aborda como Fernand Braudel responde ao avanço do estruturalismo lévi-straussiano na década de 1950 a partir do tema da longa duração e de uma abordagem plural do tempo, buscando superar a oposição entre o estrutural e o factual. Primeiramente, apresenta o estruturalismo antropológico, ressaltando suas características e considerações diante do pensamento histórico. Num segundo momento, evidencia-se como Braudel se apropria do estruturalismo de Lévi-Strauss ao mesmo tempo em que o nega e apresenta a História como a ciência capaz de permanecer hegemônica entre as Ciências humanas, além de tratar do conceito de longa duração e da pluralidade temporal. Por fim, são traçadas algumas considerações sobre a ampliação da história estrutural, destacando sua diversidade e seus riscos, especialmente, o de produzir uma história imóvel. Leia Mais

História das Relações Internacionais | Historiae | 2020

Em tempos de uma pandemia em escala global, parece muito apropriado refletir sobre certos temas de uma forma mais ampla. Diante da escala da crise que enfrentamos, com os seus possíveis desdobramentos, se torna bastante claro que apenas soluções globais serão capazes de promover a reconstrução econômica e social tão necessária ao mundo pós-pandemia. Dessa forma, o olhar histórico sobre as relações internacionais pode oferecer insights bastante valiosos para que possamos perceber como as relações entre os países e os atores não-estatais moldaram soluções para os dilemas do seu tempo. Assim sendo, este dossiê pretende proporcionar este espaço de reflexão, através de artigos que trabalham com a análise internacional.

Se faz muito importante reafirmar a importância do estudo da História das Relações Internacionais no contexto do século 21. Quarenta anos atrás, a história política foi declarada ultrapassada e pouco relevante, especialmente no âmbito da academia europeia. Olhando com o distanciamento que apenas o tempo proporciona, a história política (diplomática) estava realmente fossilizada em comparação aos métodos mais dinâmicos de análise empregados pela história cultural / social. Assim sendo, essa crítica feita por outros setores da História, proporcionou uma reflexão importante sobre a renovação da História Política. Leia Mais

Estudos africanos: problemas de pesquisa e perspectiva de análise | Historiae | 2019

O campo dos Estudos Africanos se consolidou a partir de uma perspectiva abertamente interdisciplinar e que, por isso mesmo, objetiva a análise dos mundos sociais que compõem o vasto continente africano em um viés plural e criativo. Este dossiê filia-se a este diapasão e o faz duplamente: i) para pensar, problematizar e interpretar as diversas camadas de significados que são partilhados quando se foca a “África” enquanto problema de pesquisa e ii) para propor e discutir suas diferentes possibilidades hermenêuticas enquanto fenômeno aberto.

Afinal, como ficará evidente nas páginas a seguir, os fenômenos sociais africanos – como quaisquer outros, aliás – possuem como característica fulcral uma historicidade radical e uma multi-escalaridade temporal que faz com que tempos, memórias (orais ou escritas) e experiências sociais se intercalem em âmbitos diversos e à partir de suportes factuais distintos. Assim sendo, não é difícil perceber a interconexão entre demografia, história social, crítica literária e história política em um mesmo dossiê. Sabemos todos – e lá já vai tempo! – que o humano, como experiência viva e como desafio hermenêutico, não é redutível à demarcação (política) de campos do saber historiográfico. Pensar a África como problema histórico é, necessariamente, abrir-se para uma dimensão em que conhecimentos transitam por patamares outros, diferentes dos quais a ciência histórica (ainda resilientemente eurocêntrica) foi construída. Problematizar a historicidade das experiências e saberes oriundos ou vivenciados na ou sobre a África é, por certo, um convite para a originalidade do enfoque interpretativo e para um cuidado mais denodado com a documentação e seu trato. Leia Mais

Rosa Luxemburgo, mulheres, liberdade e revolução | Historiae | 2019

Por um mundo onde sejamos socialmente iguais, humanamente diferentes e totalmente livres. Rosa Luxemburgo

O Convite à propositura desse dossiê se nutriu da tarefa político-acadêmica desafiadora de honrar a memória da revolucionária judia-polaco-alemã Rosa Luxemburgo, assassinada pelas mãos do partido socialdemocrata alemão, em 15 de janeiro de 1919, em Berlim, Alemanha, aos 47 anos de idade.

Sobre o assassinato de Rosa Luxemburgo, George Lukács assim analisa: Leia Mais

Culturas Políticas / Historiae / 2018

No segundo número de 2018 Historiæ apresenta o dossiê “Culturas Políticas”, como o próprio título indica abarca estudos que trabalham dentro desta perspectiva e / ou refletem sobre este conceito dentro de uma perspectiva histórica.

Da terminologia de uso corrente na Ciência Política, até as discussões e interpretações nos domínios historiográficos, o conceito de cultura política fornece uma matriz interpretativa de grande riqueza para as interfaces entre a História Política e História Cultural, em torno de temas como as representações sociais, os imaginários políticos, entre outros. O dossiê temático aqui organizado reúne trabalhos que se dedicam aos estudos das culturas políticas, com ênfase em pesquisas que busquem estabelecer relações entre a efeméride e os longos processos, em perspectiva que vão desde estudos de caso, até abordagens comparatistas e transnacionais.

Este dossiê foi organizado pelos Professores Doutores Leandro Pereira Gonçalves, da Universidade Federal de Juiz de Fora e Odilon Caldeira Neto da Universidade Federal de Santa Maria.

Rodrigo Santos de Oliveira – Professor Doutor. Editor


OLIVEIRA, Rodrigo Santos de. Apresentação. Historiae, Rio Grande- RS, v. 9, n. 2, 2018. Acessar publicação original [DR]

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Documentos e Pesquisa / Historiae / 2018

No primeiro número de 2018 Historiæ apresenta o dossiê “Documentos & Pesquisa” tentando refletir sobre o historiador e suas fontes e pesquisas históricas.

O estudo dos documentos ainda constitui uma das etapas fundamentais da pesquisa, notadamente quando os trabalhos se voltavam a temáticas culturais, como as histórico-literárias. O documento deixou de ser analisado como um ente indubitável, acima do bem ou do mal e código absoluto da verdade, mas isso não retirou a sua relevância, tornando-se a sua própria construção um objeto de pesquisa.

Assim, em se tratando de registros escritos, os documentos passaram a ser interpretados em sua essência discursiva, com a pesquisa voltando-se às próprias condições de produção de uma determinada documentação, ou seja, as suas inter-relações com o contexto em que foi elaborada, bem como às circunstâncias / conjunturas extra, intra e interdiscursivas de sua criação. Este dossiê busca trazer uma série de estudos de caso que abordam estas interfaces entre a pesquisa e a interpretação documental.

A organização do presente dossiê foi realizada pela Professora Doutora Vania Pinheiro Chaves da Universidade de Lisboa e pelo Professor Doutor Francisco das Neves Alves da Universidade Federal do Rio Grande.

Rodrigo Santos de Oliveira – Professor Doutor. Editor


OLIVEIRA, Rodrigo Santos de. Apresentação. Historiae, Rio Grande- RS, v. 9, n. 1, 2018. Acessar publicação original [DR]

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Mulheres, palcos e letras: evocando os 150 anos do nascimento de Mercedes Blasco / Historiae / 2017

No segundo volume de 2017 apresentamos o dossiê Mulheres, palcos e letras: evocando os 150 anos do nascimento de Mercedes Blasco. Assim, na passagem do 150º aniversário de Mercedes Blasco, pseudônimo pelo qual ficou conhecida a célebre atriz e escritora portuguesa Conceição Vitória Marques (Mina de São Domingos, concelho de Mértola, 1867 – Lisboa, 1961), a presente coletânea de estudos pretende compreender o protagonismo nos diversos “palcos da vida” desempenhado pelas mulheres no mundo, ao longo dos tempos.

No conjunto de artigos agora reunidos assinalamos ainda a passagem dos 50 anos da morte de Virgínia Victorino (1895-1967) e o 600.º aniversário de Isotta Nogarola (1418-1466) expressão da vitalidade da pena feminina. Também o centenário da revolução Russa não foi esquecido trazendo à memória a icónica Zinaida Serebriakova (1894-1967).

Sarah Bernhardt (1844-1923) e Carmen Miranda (1909-1955) são alguns dos nomes que ocuparam por diversas vezes lugares de destaque que a imprensa coeva soube registrar. Artistas conhecidas e admiradas pela sua beleza e elegância, desconhecem-se, na grande maioria das vezes, facetas não menos interessantes do seu percurso que foram preteridas face à mediatização de que foram alvo.

Foram aventureiras e pioneiras aquelas cujo arrojo tantas vezes escandalizou a sociedade da época; a título de exemplo, lembramos Amélia Earhart (1897-1937) nos Estados Unidos da América e Maria de Lourdes Braga de Sá Teixeira (1907-1984) em Portugal. Se no teatro isabelino os papéis femininos eram representados por homens, houve, desde então, toda uma “guerra” para que as mulheres pudessem alcançar a justa visibilidade. Personagens trágicas como a Severa ocupam um lugar de destaque no imaginário cultural ocidental. Que vozes ainda hoje ecoam das figuras que ousaram fazer do palco a sua tribuna? Recuperar biografias e reabilitar a memória tantas vezes obliterada da História mundial é também o propósito do dossiê que organizamos para a Historiæ.

Isabel Lousada – Doutora (Universidade Nova de Lisboa)

Rosa Fina – Doutora (Universidade Nova de Lisboa)

Fátima Mariano – Doutora (Universidade Nova de Lisboa) Organizadoras


LOUSADA, Isabel; FINA, Rosa; MARIANO, Fátima. Apresentação. Historiae, Rio Grande- RS, v. 8, n. 2, 2017. Acessar publicação original [DR]

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Modelos autoritários e totalitários do século XX / Historiae / 2016

No segundo número de 2016 Historiæ apresenta o dossiê “Modelos Autoritários e Totalitários do século XX” tentando compreender a Era dos Extremos sob o prisma de movimentos, partidos e grupos políticos de vieses autoritários e totalitários.

O século XX foi marcado pela expansão de modelos autoritários e totalitários que se universalizaram em praticamente todas as partes do globo. Conflitos internos em países e entre nações auxiliaram para que tais ideologias ganhassem força. Na primeira metade do século XX percebemos a expansão de modelos totalitários, principalmente no período posterior à Primeira Guerra Mundial sob a sombra da pacificação e da remodelação do mapa europeu imposta pelas potências vencedoras. Nesse terreno fértil para o surgimento de nacionalismos exacerbados, a Crise de 1929 colocou os regimes totalitários como alternativas reais aos governos democráticos burgueses no Ocidente.

O impacto deste processo foi a Segunda Guerra Mundial e o alto custo em vidas. Na segunda metade do século XX, observamos o acirramento ideológico da Guerra Fria entre dois blocos opostos – Estados Unidos e União Soviética. Desse conflito, na América Latina – zona de influência dos EUA – surgiu uma série de regimes autoritários dentro do princípio da Doutrina de Segurança Nacional que perpetraram uma série de crimes contra a humanidade dentro da lógica do terrorismo de estado. Além disso, o processo de descolonização levou a uma violenta repressão política na África e Ásia, regiões que sofreram e ainda hoje sofrem com o imperialismo.

No presente dossiê a revista Historiæ, mantendo seu espírito de universalização do conhecimento científico, reúne artigos de especialistas sobre os modelos autoritários e totalitários no século XX. O presente dossiê, por sua vez, surge em um contexto conturbado, onde a sombra do autoritarismo apresenta-se novamente no horizonte do mundo ocidental. Por essa, a difusão desse saber acadêmico torna-se ainda mais importante para que nossa sociedade possa compreender os riscos políticos, econômicos, sociais e culturais que se colocam diante de si e que a democracia possa prevalecer.

A organização do presente dossiê foi realizada pelos Professores Doutores Rodrigo Santos de Oliveira e Juarez José Rodrigues Fuão, ambos da Universidade Federal do Rio Grande.

Rodrigo Santos de Oliveira – Professor Doutor. Editor


OLIVEIRA, Rodrigo Santos de. Apresentação. Historiae, Rio Grande- RS, v. 7, n. 2, 2016. Acessar publicação original [DR]

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História e Feminismos / Historiae / 2016

No primeiro número de 2016 Historiæ apresenta o dossiê “História e Feminismos” onde são discutidas questões vinculadas aos feminismos dentro de um viés interdisciplinar, tanto na História, Economia, Política, Filosofia, Educação e Literatura.

Na história ocidental sempre houve mulheres que se rebelaram contra a situação de subordinação em que viviam. Entretanto, o início do movimento feminista organizado, conhecido como primeira onda feminista, data do século XIX, quando as mulheres se organizaram em países como a Inglaterra para lutar pelos seus direitos, entre eles o direito ao voto.

Uma das características que o diferencia de outros movimentos sociais é o desenvolvimento de uma reflexão crítica própria, de teorias, que, ao longo do tempo, foram repensando e re-articulando o movimento, tendo como ápice, na segunda metade do século XX, o questionamento acerca do estatuto do sujeito “mulher” e o surgimento dos vários feminismos, que passaram a olhar distintamente a pluralidade das mulheres, levando em consideração fatores como etnia, religião, grupo social, condição econômica, formação cultural, etc.

Desta forma, a produção teórica feminista se estendeu a áreas como a História, a Sociologia, a Filosofia, a Antropologia, a Psicanálise e a Crítica literária, e chega ao século XXI contando com novos e velhos desafios. O presente dossiê tem como objetivo discutir a história do(s) feminismo(s), a produção teórica feminista, a formação dos movimentos feministas, as formas de resistência dos movimentos e os desafios do(s) feminismo(s) no século XXI.

No presente dossiê a revista Historiæ nos traz uma das temáticas mais importantes que surgiu no mundo no pósMaio de 1968 e na historiografia com o advento da terceira geração dos Annales. Os diversos feminismos se tornaram um objeto de análise extremamente importante para a construção de sociedades plenamente democráticas no Ocidente e um dos pontos básicos para a compreensão atual das sociedades ocidentais.

Este dossiê foi organizado pelas Professoras Doutoras Michelle Vasconcelos Oliveira do Nascimento, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Derocina Alves Campos Sosa da Universidade Federal do Rio Grande e Isabel Lousada da Universidade Nova de Lisboa.

Rodrigo Santos de Oliveira – Professor Doutor. Editor


OLIVEIRA, Rodrigo Santos de. Apresentação. Historiae, Rio Grande- RS, v. 7, n. 1, 2016. Acessar publicação original [DR]

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História e literatura / Historiae / 2015

As inter-relações entre História e Literatura constituem um processo inexorável no âmbito das diversas áreas do conhecimento humano. Suas origens são praticamente comuns, quando os representantes da intelectualidade açambarcavam em suas práticas os mais variados conteúdos do saber, de modo que, para tais “homens de letras”, os elementos constitutivos históricos e literários eram praticamente sinônimos. Com o passar do tempo, e a consolidação dos “territórios” de atuação de cada uma das ciências, ficando estes bem melhor definidos, História e Literatura firmaram-se como áreas independentes entre si. Entretanto, ainda que reconhecidos como conhecimentos científicos específicos, com pressupostos teórico-metodológicos próprios, os estudos históricos e literários continuaram guardando entre si diversas similaridades e, mesmo quando discrepantes, deixavam em aberto uma extensa possibilidade de análises interdisciplinares.

De acordo com tal perspectiva a Revista Historiae organizou o Dossiê “História e Literatura”, reunindo diversos especialistas que promovem diálogos entre as duas áreas do saber humano. Esta coletânea foi extremamente profícua, trazendo escritos de vários estudiosos europeus e oriundos de diferentes instituições nacionais, os quais uniram esforços para construir esta edição. Fica o sincero agradecimento, à Profa. Dra. Vania Pinheiro Chaves, sem a qual seria inviável este número especial.

Ao lado dos artigos que apresentam estudos de caso específicos das tantas interações entre História e Literatura, o Dossiê também se compõe de uma seção destinada a Documentos e Recensões que trilham pela temática escolhida para compor a edição. Assim, a Historiae dá continuidade a sua caminhada de mais de três décadas em direção à divulgação da pesquisa acadêmico-científica.

Francisco das Neves Alves – Presidente do Corpo Editorial


ALVES, Francisco das Neves. Apresentação. Historiae, Rio Grande- RS, v. 6, n. 1, 2015. Acessar publicação original [DR]

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Ditadura militar / Historiae / 2014

Mantendo sua caminhada iniciada ao final da década de setenta, com a Revista do Departamento de Biblioteconomia e História, a Historiæ vem a público editando um dossiê acerca dos “Ditadura Militar”, levando em conta que, neste ano, ocorreu a passagem de cinquenta anos da deflagração do golpe que estabeleceu o regime que, perdurando mais de dois decênios, marcou de forma indelével a formação histórica brasileira.

Por ocasião da passagem destas cinco décadas, a Universidade Federal do Rio Grande organizou o Congresso Internacional “1964-2014 – o cinquentenário do golpe que ceifou o processo democrático: história & memórias”, atividade desenvolvida entre 16 e 19 de setembro de 2014, com o objetivo de promover o debate acadêmico e testemunhal sobre esse processo histórico, sob os mais variados vieses e enfoques e levando em conta um prisma multidisciplinar.

Em tal evento estiveram reunidos especialistas no assunto oriundos de várias regiões do Brasil e ainda palestrantes de instituições estrangeiras que analisaram múltiplas abordagens acerca dos Governos Militares, desde a sua instauração, passando pela consolidação e pela crise, até a chegada ao processo de redemocratização. Dos trabalhos apresentados no Congresso resultaram vários textos que foram publicados nesta edição da Historiæ. Apesar da ampla abrangência do dossiê, a Revista não deixou de abrir espaço para um escrito voltado à temática livre.

A passagem das chamadas “datas redondas” tem servido para que as universidades promovam, por ocasião de tais efemérides, profundos estudos reflexivos sobre determinados temas, levando não só à comunidade acadêmica, mas também a em geral, um repensar histórico-historiográfico acerca de tais questões. O registro dessas discussões em uma publicação imprensa e eletrônica serve para uma ampliação da divulgação de tais análises, além de perpetuá-las muito além da realização de um evento.

Nesse sentido, a Historiæ – Revista de História da Universidade Federal do Rio Grande se propôs a difusão dos enriquecedores debates ocorridos durante o Congresso Internacional que abordou o cinquentenário da instauração de um dos mais duros regimes ditatoriais pelos quais passou o Brasil.

Francisco das Neves Alves – Presidente do Corpo Editorial


ALVES, Francisco das Neves. Apresentação. Historiae, Rio Grande- RS, v. 5, n. 2, 2014. Acessar publicação original [DR]

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Guerra do Paraguai / Historiae / 2014

Herdeira da Revista do Departamento de Biblioteconomia e História, fundada em 1978, a Historiæ chega a seu primeiro lustro com a nova denominação e traz ao público o dossiê “Guerra do Paraguai”. O ano de 2014 demarca a passagem de cento e cinquenta anos da deflagração deste conflito bélico que sacudiu a América do Sul do século XIX, constituindo mais um momento oportuno para o debate acadêmico sobre o tema.

A Guerra da Tríplice Aliança teve suas raízes vinculadas a fatores profundos tais como os interesses do capital internacional, a busca da hegemonia no contexto sul-americano, as disputas territoriais, a questão da navegação fluvial e refletiu a política intervencionista adotada pelo império brasileiro em relação a seus vizinhos platinos. A circunstancial aliança entre Brasil, Argentina e Uruguai para empreender um enfrentamento bélico contra o Paraguai trazia em si também a contraposição de modelos de organização dos Estados nacionais latino-americanos. Tal guerra e todas as suas sequelas constituíram elementos constitutivos que vêm gerando uma profunda discussão historiográfica ao longo do tempo que se seguiu ao embate pelas armas.

Os artigos inclusos nessa edição visam promover uma colaboração em relação a tal debate, abordando temas variados e enfoques múltiplos acerca do assunto. Diversificada documentação foi comentada, envolvendo fontes como a imprensa, a caricatura, os diários, a legislação e a bibliografia, entre outras, bem como foram abordadas questões de amplitude, envolvendo do cotidiano ao estrutural em torno da Guerra do Paraguai. Ainda que os trabalhos referentes ao dossiê sejam os predominantes, este número da Revista não deixou de abrir espaço para um escrito de temática livre.

Assim, a Historiæ – Revista de História da Universidade Federal do Rio Grande mantém seu papel de divulgação da produção acadêmico-científica, trazendo colaborações de autores de variadas regiões do país e mesmo do exterior, destinando-se, primordialmente, nesta edição, a discutir variadas abordagens em torno da Guerra do Paraguai por ocasião da passagem do sesquicentenário do seu início.

Francisco das Neves Alves – Presidente do Corpo Editorial


ALVES, Francisco das Neves. Apresentação. Historiae, Rio Grande- RS, v. 5, n. 1, 2014. Acessar publicação original [DR]

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O olhar dos viajantes estrangeiros / Historiae / 2013

Em seu primeiro número de 2013, a Historiae publica o Dossiê “O olhar dos viajantes estrangeiros”, buscando enfatizar a relevância dos relatos oriundos de visitantes como fontes históricas. A presença de estrangeiros no Brasil foi uma constante desde os primeiros tempos da colonização, pois, apesar dos empecilhos criados pela metrópole, não faltaram viajantes de outras nacionalidades que deixaram seus testemunhos sobre os trópicos. Ao passo que os portugueses intentavam evitar uma divulgação mais ampla de informações sobre suas possessões coloniais na América, os estrangeiros se encarregaram de levar à Europa as peculiaridades do Novo Mundo. A partir das transformações do início do século XIX, desencadeadas desde a Abertura dos Portos e aprofundadas a partir de então, uma enorme quantidade de visitantes esteve no Brasil, elaborando registros sobre sua formação humana e territorial. Com a edificação do estado nacional, primeiro monárquico e depois republicano, não escassearam os viajantes que continuaram mostrando suas perspectivas in loco acerca da terra e da gente brasileira.

Tais visões peculiares ressaltaram diversificados fundamentos acerca da sociedade brasileira, abrangendo desde o mais comezinho aspecto até a mais basilar conjuntura. O testemunho ocular dos estrangeiros focava desde as cenas do cotidiano até os processos de continuidade e ruptura intrínsecos ao devir histórico nacional. Os brasileiros e seu país foram retratados das mais variadas formas pelos visitantes, com ojeriza, receio, preconceito, simpatia, admiração e paixão, num emaranhado de percepções e sentimentos que muito caracterizam tais relatos. Como num espelho os europeus viam o Brasil através de si mesmos e de suas respectivas visões de mundo e suas narrações em muito viriam a influir na própria configuração de algumas das identidades nacionais, à medida que se (re)criavam imagens acerca dos brasileiros, vistos pelo crivo do olhar estrangeiro.

Os escritos referentes ao Dossiê abordam prismas múltiplos sobre o tema, passando pela História local, regional e nacional e enfocando um amplo período que abrange desde os tempos coloniais até o século XX. A Historiae traz ainda neste número vários artigos de temática livre, abordando pesquisas envolvendo também estudos do local ao internacional, desde a antiguidade até a contemporaneidade.

Com este número inaugural de seu quarto volume, a Historiae – Revista de História da Universidade Federal do Rio Grande mantém seu intento de difusão de trabalhos acadêmicos de natureza histórica, dando continuidade a uma caminhada iniciada pelos historiadores da FURG há mais de três décadas.

Francisco das Neves Alves – Presidente do Corpo Editorial


ALVES, Francisco das Neves. Apresentação. Historiae, Rio Grande- RS, v. 4, n. 1, 2013. Acessar publicação original [DR]

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História, memória e patrimônio / Historiae / 2012

Neste número a Historiæ traz ao seu público leitor o Dossiê “História, memória e patrimônio”, abordando prismas diversificados a respeito do tema, tal como foi a proposta fundamental do encontro da ANPUH-RS, neste ano de 2012. A articulação de debates envolvendo as inter-relações entre a ciência histórica, a memória e o patrimônio trazem à tona uma das mais importantes interfaces da contemporaneidade em relação ao papel social do historiador, bem como no que tange à regulamentação de sua profissão.

Dessa maneira, o referido Dossiê reflete muito das discussões travadas durante o Encontro Estadual de História, a mais importante dentre as atividades científicas organizadas pela ANPUH-RS. Tal evento é realizado bienalmente, nos anos pares, contando com um tema central escolhido de acordo com a pertinência historiográfica e social. Nesse sentido, o XI Encontro Estadual de História ocorreu entre os dias 23 e 27 de julho de 2012, nas dependências da Universidade Federal do Rio Grande, tendo por escopo principal “História, memória e patrimônio”.

A Revista publica também artigos independentes que trazem variadas abordagens de natureza histórica, envolvendo temas como a imprensa, o trabalho, o livro didático, a política, o ambiente e o ensino. Compõe também este número uma resenha a respeito de obra voltada à formação histórica latino-americana.

Com o volume 3 / número 3, a Historiæ – Revista de História da Universidade Federal do Rio Grande continua em sua empreitada de promover uma ampla divulgação da produção acadêmico-científica e cultural voltada aos estudos de cunho histórico promovidos mormente no meio universitário.

Francisco das Neves Alves – Presidente do Corpo Editorial


ALVES, Francisco das Neves. Apresentação. Historiae, Rio Grande- RS, v. 3, n. 3, 2012. Acessar publicação original [DR]

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História e gênero / Historiae / 2012

Dando continuidade ao trabalho de divulgação da produção acadêmico-científica vinculada à ciência histórica, iniciado com a Revista do Departamento de Biblioteconomia e História, ao final dos anos setenta, a Historiæ traz ao público nesta edição o Dossiê “História e Gênero”, abordando variados temas voltados às interrelações e interfaces no que tange às identidades / diversidades entre os gêneros, num amplo espectro espaço-temporal.

Dentre as diversas temáticas trabalhadas no Dossiê se fazem presentes a construção de estereótipos femininos junto à imprensa caricata; a mulher artista e professora a partir de memórias expressas por meio da oralidade; os discursos e as pedagogias de gênero e sexualidade tomando por base o Egito Antigo; o homem e o casamento em meio à elite gaúcha à época da Revolução Farroupilha; a normatização de condutas das mulheres através da imprensa feminina baiana; a atuação feminina na educação de meninas pobres no Rio Grande do Sul do século XX; o feminismo na perspectiva das charges no Brasil do início dos anos setenta; representações, sexualidade e transgressão na óptica de romances oitocentistas; as construções e representações do universo feminino entre as décadas de 1920 e 1940; a criação de imagens da infância em um anuário sul-rio-grandense do final do século XIX; a ação docente segundo as memórias de uma professora gaúcha nos anos 1960; a identidade de gênero de Lisboa como forma de afirmação política da Dinastia de Avis; e as representações de masculinidade e feminilidade sob o prisma da literatura no Brasil dos Oitocentos. Além do Dossiê, houve ainda espaço para um artigo acerca de liberdade e criminalidade em regimes ditatoriais e democráticos durante o período republicano brasileiro.

Ao lançar mais este número, a Historiæ – Revista de História da Universidade Federal do Rio Grande permanece em sua constante faina, que tem perpassado as décadas, de levar aos leitores uma variada gama de enfoques e abordagens expressas através de escritos de natureza histórica.

Francisco das Neves Alves – Presidente do Corpo Editorial


ALVES, Francisco das Neves. Apresentação. Historiae, Rio Grande- RS, v. 3, n. 2, 2012. Acessar publicação original [DR]

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Ensino de História e formação de professores / Historiae / 2012

Prosseguindo em sua caminhada de difundir os saberes relacionados à ciência histórica, abordando temas específicos, ao reunir especialistas para promover o debate em torno de um determinado fio condutor, com a apresentação de variados enfoques, a Historiae publica em seu primeiro número do volume três o Dossiê “Ensino de História e formação de professores”. Até algum tempo atrás o Ensino da História vinha sendo de certo modo negligenciado ou ao menos menoscabado no campo da pesquisa histórica, mas tal situação tem sido cada vez mais contornada e / ou sobrepujada, de modo que ele vem progressivamente ganhando um fértil terreno. Essa retomada tem se dado através de estudos amplos em torno de temáticas como a renovação das fontes para promover tal ensino, a ampliação e o aprofundamento das interfaces e inter-relações entre a pesquisa realizada nos meios acadêmico-universitários e as práticas de ensino na educação escolar, a necessidade da pesquisa histórica para fundamentar as aulas a respeito de tal ciência, a introdução de novas tecnologias para promover o ensino da História, a ação das políticas governamentais, entre tantos outros.

Muitos desses enfoques se encontram presentes direta / indiretamente neste Dossiê que traz pontos de intersecção variados com o Ensino da História, através de trabalhos versando acerca de concepção do tempo, fontes, ação docente, políticas públicas, material didático, relações de ensino-aprendizagem e formação de professores. A temática livre não foi deixada de lado, mantendo a Revista sua característica de divulgar produções científicas a respeito das mais variadas investigações de cunho histórico, por meio de artigos e entrevista envolvendo a História Política, o Patrimônio Histórico, a História Ambiental e a Teoria e a Metodologia da História.

Através desse conjunto de trabalhos, a Historiae – Revista de História da Universidade Federal do Rio Grande prossegue em sua trajetória com o sempre presente objetivo de promover a difusão das pesquisas de natureza histórica, por meio de um intercâmbio continuamente crescente.

Francisco das Neves Alves – Presidente do Corpo Editorial


ALVES, Francisco das Neves. Apresentação. Historiae, Rio Grande- RS, v. 3, n. 1, 2012. Acessar publicação original [DR]

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História Política: entre as práticas e as representações / Historiae / 2011

Em seu segundo número do segundo volume, a Historiae dá continuidade à publicação de dossiês temáticos, voltando-se tal edição à abordagem da História Política. Tantas vezes negligenciada, desprestigiada ou tratada com significativo preconceito, tal matriz histórica viria a progressivamente recuperar seu status de prática reconhecida no campo do fazer histórico. Esse menosprezo deveu-se essencialmente à confusão estabelecida entre a História Política e a história dita factual, à deliberada intenção de sonegar os resultados provenientes das análises realizadas pelo prisma político e as amplas implicações daí advindas e / ou tendo em vista as dificuldades em enquadrar as interpretações históricas de natureza política em modelos preestabelecidos, uma vez que, volátil, tal enfoque nem sempre se molda a explicações de caráter apriorístico.

Vencidos os desprezos advindos das visões reducionistas e / ou dos modismos historiográficos, renovada em sua essência teórico-metodológica e em contato íntimo e intenso com os mais variados segmentos do conhecimento humano, a História Política vem perpassando uma etapa de notória aceitação no seio da produção do saber histórico. Nesse contexto, a Historiae promove a publicação do Dossiê “História Política: entre as práticas e as representações” trazendo abordagens diversificadas envolvendo análises centradas nas relações entre história e política.

Dentre esses temas são apresentadas interfaces entre a política e a interpretação histórica no que tange à historiografia, à imprensa, à numismática, à memória, ao cotidiano, ao pensamento político, à guerra, às estruturas governamentais, ao jacobinismo e à justiça. Os trabalhos independentes em relação ao fulcro desta edição também têm seu espaço, com abordagem de questões em torno do feminismo, da teoria, da escravidão e as relações entre academia e industrialização.

Assim a Historiae – Revista de História da Universidade Federal do Rio Grande permanece em seu percurso, inaugurado ainda ao final dos anos setenta do século vinte, de divulgar a produção científica, acadêmica e cultural oriunda da pesquisa de natureza histórica.

Francisco das Neves Alves – Presidente do Corpo Editorial.


ALVES, Francisco das Neves. Apresentação. Historiae, Rio Grande- RS, v. 2, n. 2, 2011. Acessar publicação original [DR]

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História e imprensa / Historiae / 2011

Mais uma vez trazendo ao público uma temática específica nos estudos de cunho histórico, a Historiae edita o Dossiê “História e imprensa”, intentando apresentar variadas facetas entre a análise histórica e as práticas jornalísticas. Como um dos meios de comunicação mais eficazes na difusão de informações e opiniões, a imprensa teve e tem um papel significativo na formação dos hábitos, dos gostos, das atitudes, dos desejos e, enfim, da opinião pública, desencadeando-se a partir daí a sua relevância como fonte / objeto da pesquisa histórica. A construção do conhecimento articulada a partir da imprensa se dá através de um processo de duas vias, quer seja, de um lado os jornais influenciam a sociedade, estimulando ou construindo modos de agir e pensar, e, ao mesmo tempo, são influenciados pelo próprio entorno social, uma vez que pretendem atingir determinados interesses inerentes às demandas de leitura. Dessa forma, o desvendar das relações inter, intra e extradiscursivas constitui ponto crucial da ação dos pesquisadores que voltam suas atenções para os periódicos, numa análise indissociável não só do jornal, mas também do contexto social no qual ele foi produzido.

Nesse sentido, vários são os temas abordados no citado dossiê, como a construção de imagens caricaturais para a arte estatuária, a cultura e as representações artísticas expressas por meio da imprensa, a retórica política impressa no jornalismo, as interfaces entre a história e a imprensa literária, as relações entre intelectualidade e jornalismo, a edificação de uma identidade caricatural a um evento político, as intersecções entre história e imprensa no caso brasileiro, o jornal como forma de expressão da cultura negra e a análise da história política pelo viés do jornalismo. Além dessa seção especial, a Historiae não deixou de publicar textos atinentes a uma temática livre com estudos de caso acerca do coronelismo no Rio Grande do Sul, a importância da história comparada para a construção do conhecimento historiográfico, a relevância do sindicalismo no quadro português e brasileiro, a gênese do Estado Novo em Portugal e um enfoque acerca da colonização alemã sul-rio-grandense.

Com o dossiê “História e imprensa” e os artigos de tema livre, a Historiae – Revista de História da Universidade Federal do Rio Grande completa o seu segundo ano de edição na atual configuração e dá continuidade a sua caminhada de mais de três décadas, iniciada com uma das revistas departamentais mais antigas da FURG, mantendo-se o espírito da constante e cada vez mais ampla difusão do conhecimento acadêmico-científico de natureza histórica.

Francisco das Neves Alves – Presidente do Corpo Editorial


ALVES, Francisco das Neves. Apresentação. Historiae, Rio Grande- RS, v. 2, n. 3, 2011. Acessar publicação original [DR]

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O ofício do historiador: fontes e lugares da memória / Historiae / 2011

Prosseguindo uma trilha demarcada deste o final dos anos setenta, com a antiga Revista do Departamento de Biblioteconomia e História, com este número a Historiae – Revista de História da Universidade Federal do Rio Grande chega ao seu segundo ano de existência em sua nova fase, dedicada exclusivamente às abordagens de natureza histórica.

Buscando sempre aperfeiçoar-se, a Historiae, a partir desta edição, lançará alguns dossiês, sobre temáticas específicas relevantes à produção histórico-historiográfica. Nesse sentido, esta primeira coletânea traz ao público leitor a questão do ofício do historiador, com ênfase às fontes e aos lugares de memória. Tal enfoque cristaliza uma das grandes preocupações da ciência histórica, com discussões em torno do métier do historiador, suas áreas de atuação, os “domínios” do conhecimento histórico, os objetos de pesquisa e os pontos de intersecção entre história e memória.

Nessa linha, no âmbito do dossiê são abordados temas como o fazer histórico e a historiografia e as fontes históricas advindas das interfaces e conexões com a fotografia, os diários pessoais, o teatro, os manuscritos, a história oral e a memória. Apesar desse segmento mais específico, a Historiae mantém a sua tradição de também publicar artigos com diversificados assuntos, como o ensino da história, a história econômica a partir da análise da imprensa e as relações entre política, retórica e biografia.

Segue assim esta publicação dedicada à ciência histórica editada pela Universidade Federal do Rio Grande em seu intento de divulgar, através de significativo intercâmbio, a produção científica, acadêmica e cultural em torno do mais amplo prisma do saber histórico.

Francisco das Neves Alves – Presidente do Corpo Editorial


ALVES, Francisco das Neves. Apresentação. Historiae, Rio Grande- RS, v. 2, n. 1, 2011. Acessar publicação original [DR]

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Historiae | FURG | 2010

HISTORIAE FURG Patrimônio Cultural

Historiæ (Rio Grande, 2010-) é uma publicação semestral da Universidade Federal do Rio Grande (FURG), aceitando trabalhos inéditos de professores, pesquisadores, acadêmicos na área de História.

Ela é uma das mais antigas publicações científicas da FURG (Rio Grande-RS), tendo sua gênese em 1978 como Revista do Departamento de Biblioteconomia e História, título ao qual, posteriormente, foi acrescido o nome Biblos – Revista do Departamento de Biblioteconomia e História, para finalmente, em 2010, tendo em vista as próprias mudanças institucionais no seio da Universidade, passar a denominar-se Historiæ.

Periodicidade semestral.

Acesso livre.

ISSN 1519 08502

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